Depois de demitir Conselho de Ética, Dilma intervém e manda arquivar acusações contra ministro mineiro.

Após intervenção da presidente Dilma Rousseff, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira, 22, arquivar os dois processos em tramitação que tinham como alvo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O ministro é um dos interlocutores mais próximos de Dilma. A comissão analisou dois casos: os negócios da empresa de consultoria de Pimentel, antes de ele assumir o cargo de ministro; e o fretamento de jatinho para viagem na Europa, quando ele já despachava na Esplanada dos Ministérios.

Em junho passado, o então conselheiro Fábio Coutinho havia defendido a aplicação de uma advertência a Pimentel por conta dos negócios de consultoria, voto acompanhado de Marília Muricy. Os dois conselheiros não foram depois reconduzidos ao cargo pela presidente Dilma Rousseff, o que levou ao pedido de renúncia do então presidente da comissão, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence. Com a nova composição, formada atualmente por quatro conselheiros, a Comissão de Ética arquivou os processos em tempo recorde - a discussão dos negócios de consultoria se arrastava no órgão desde fevereiro.

"A questão do uso do avião, não tem problema nenhum, ele não tinha outra opção, ou ele ia ou não ia e faltava ao compromisso. Tem uma resolução da Comissão de Ética dizendo que as autoridades poderão em certos casos usar os aviões dos patrocinadores dos eventos, desde que não tenham interesse sob julgamento dessa autoridade, e no caso não tinha", afirmou o conselheiro Américo Lacombe, que assumiu interinamente a presidência da Comissão de Ética. No voto, Lacombe considera o Lide - Grupo de Líderes Empresarias uma "instituição cultural", "voltada à difusão e fortalecimento dos princípios éticos de governança corporativa e à promoção e incentivo de relações empresariais".

Questionado sobre o andamento dos trabalhos, o presidente interino negou que a presidente Dilma Rousseff esteja intervindo na atuação da comissão. "Isso não existe, ninguém me pediu nada, não tem essa, não. A renovação é faculdade da presidente, pode renovar ou não, eu pretendo não ser reconduzido, já antecipo pra vocês", disse Lacombe.

A oposição via semelhanças entre a situação de Pimentel e a do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, que saiu do governo devido à denúncia de ter o patrimônio ampliado em 20 vezes após a prestação de serviços de consultoria. Pimentel tornou-se alvo de denúncias de que sua empresa, a P-21 Consultoria e Projetos, teria faturado mais de R$ 2 milhões com consultorias entre 2009 e 2010. Havia suspeitas de conflito de interesses.

De acordo com o conselheiro Mauro de Azevedo Menezes, novo relator do processo de consultoria, Pimentel "providenciou a anexação de farta documentação comprobatória do recolhimento de tributos devidos pela referida empresa de consultoria, bem como da sua regularidade fiscal, demonstrada por meio de certidões".

Sobre um contrato de R$ 1 milhão firmado entre a P-21 e a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), o relator diz que foram apresentados documentos que atestam que os serviços de consultoria foram efetivamente prestados. "Dadas as características do vínculo temporário e finito que se estabeleceu e se encerrou entre a empresa gerida pelo denunciado e a Fiemg, (...) não haveria (...) razão alguma para a exigência (...) de inclusão dessa informação em sua Declaração Confidencial de Informações", sustenta Menezes. "A atuação prévia no setor em que o ministro de Estado irá posteriormente atuar, longe de ser uma inconveniência administrativa, pode facilitar a compreensão dos meandros da atividade ministerial, guardados, evidentemente, os devidos cuidados com a isenção na futura tomada de decisões."

Para Lacombe, Pimentel era um "economista no exercício da sua profissão, nem era mais prefeito". "A quantia que recebeu foi pequena, não é nada assim extraordinário, não multiplicou seu patrimônio por 20", afirmou, em referência ao escândalo que derrubou Palocci. (Estadão)

9 comentários

e o STF, com suas futuras substituições sera a próxima vitima!

esse conselhão ai já era, não serve pra mais nada...

só pra pagar salario pra turma...

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Muito oportuno o texto de RA:

O MAIÚSCULO STF SOB RISCO… DUAS SUCESSÕES O ESPREITAM!

(...)
Jorge Viana, do Acre, disse com todas as letras:

“SÓ NÃO VALE NOSSOS GOVERNOS INDICAREM MINISTROS DO SUPREMO E ELES CHEGAREM LÁ E VOTAREM CONTRA POR PRESSÃO DA IMPRENSA”.

(...)
Que a sociedade brasileira fique vigilante! Os petistas consideram que foram malsucedidos até aqui em controlar o Supremo. E é grande a pressão em favor de ministros comprometidos com a causa. Não fosse assim, não se diria com tamanha ligeireza e desfaçatez que José Eduardo Cardozo é candidato a integrar a Casa.

Lula já andou cochichando por aí que só restam dois inimigos aos petistas: a “mídia” e o Judiciário. Não é o primeiro a ter essa sacada. Os fascistas originais já achavam isso, é óbvio, antes dos epígonos…

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-maiusculo-stf-sob-risco-duas-sucessoes-o-espreitam/


Chris/SP

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Do jeito que as coisas caminham, em breve a Dilma vai estar despachando também no STF, Câmara, Senado, etc. Cagliostro

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Sem mais delongas:

IMPEACHMENT na Mulher Tomate!!!!

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Esse Pimentel foi companheiro de terrorismo / guerrilha da Dilma, queriam o que, que ela não defendesse a figura ?
O Brasil ainda não se deu por conta nas mãos de quem efetivamente está entregue, a coisa tende a ficar cada vez pior.
Vejam a atitude do Dirceu, simplesmente não aceita e contesta decisão da mais alta corte do país, ou seja, ninguém presta, só eles.
Tempos perigosos esses.

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É a ditadura petista...

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Isto ,Esta é a moral do PT! Do Lulão da Dilmona! Arquivem, declarem que nada aconteceu.
Esqueçam o STF. Mas um cargo para o Pimentel.
Pilnatrada!

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Fernando Pimentel e Dilma eram companheiros nas BOMBAS e ASSALTOS a bancos!
A amizade, ou melhor, a FORMAÇÃO d QUADRILHA, vem de longa data!

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Coronel,
Estou organizando um "aparelho" e vou cair na clandestinidade, para combater na "porrada" essa ditadura esquerdopata que se instalou no País.
Sigam-me os bons!
Chapolin Verde-Oliva nº 609.

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