Ao discriminar Serra, Lula fere o Estatuto do Idoso que ele mesmo promulgou.


Em 1 de outubro de 2003, Lula sancionava o Estatuto do Idoso. Vejam o que diz o artigo 100:

Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa:
I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade;

Ontem, de forma criminosa, Lula afirmou que José Serra está velho para ser prefeito de São Paulo. O fez em cima de um palanque, em público, diante de centenas de pessoas, muitas delas idosas. Desdenhou, humilhou, menosprezou e discriminou um cidadão brasileiro. Mostrou mais uma vez que é um covarde da pior espécie, um imbecil em estado latente, um ser humano desprezível.

José Serra tem 70 anos, apenas três anos a mais do que Lula. A mesma idade de Marta Suplicy, outra desavergonhada, que foi excluída da eleição porque São Paulo precisava do "novo", mas que estava ali, ao seu lado no palanque, pois recebeu um ministério de presente para dar apoio aquele que a desdenhou.

Lula fere a Constituição de forma sistemática. Nunca houve na história deste país um presidente que desrespeitasse tanto as leis. Aliás, no caso de dois candidatos terminarem empatados na primeira colocação, o eleito será o mais velho, segundo a legislação eleitoral. 

Os paulistanos devem mostrar a Lula que ele não pode tudo. A começar pelos idosos, vítimas, na pessoa de José Serra, de uma das campanhas mais preconceituosas e mais sujas movidas por esta quadrilha de mensaleiros que tomou o Brasil de assalto. Não votar em Lula e sua camarilha é um ato de respeito humano. Também.

Greve do Metrô: Kassab deveria decretar feriado em São Paulo na quinta e sexta.

PT prepara uma greve geral no Metrô para alavancar a candidatura de Haddad, às vésperas da eleição. Kassab deveria dar um presente aos paulistanos, decretando feriado de dois dias na cidade. Se vale tudo, vale tudo. Basta convocar a Câmara Municipal onde o prefeito tem maioria. Vejam notas abaixo do Painel da Folha.

Prevendo uso eleitoral da greve do metrô, marcada para quinta-feira, Geraldo Alckmin recorrerá preventivamente à Justiça do Trabalho para assegurar o funcionamento pleno do sistema nos horários de pico. Tucanos temem que Celso Russomanno e Fernando Haddad usem eventual paralisação dos trens, que afetaria quatro milhões de passageiros, para ilustrar o "apagão dos transportes" na capital, trazendo prejuízo à candidatura de José Serra a três dias do primeiro turno.

Meritocracia O governo paulista informou ao sindicato que não cederá à pressão para pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos metroviários de forma igualitária, como pleiteia a categoria. Alega que não mudará as regras da bonificação, que incluem metas de desempenho. 

Filme velho Aliados de Alckmin classificam o movimento de "chantagista". "É uma mobilização claramente política", diz um secretário, lembrando do colapso gerado pela greve de maio último, que parou São Paulo.

Lula, chefe do Mensalão, alquebrado pelo câncer, ataca de forma preconceituosa e covarde os seus adversários.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou ontem que o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, 70, se aposente da vida pública. No palanque do petista Fernando Haddad, Lula disse que o tucano "deve estar desesperado porque não tem mais idade para disputar a Presidência"."Agora volta para São Paulo como se São Paulo fosse um cabide de emprego. Ai, meu Deus, requere a aposentadoria que é melhor" ironizou o ex-presidente.

Sem citar o nome de Serra, ele afirmou que um dos adversários de Haddad elegeu-se prefeito e "se mandou"."Depois, ficou três anos no governo e se mandou para disputar a Presidência. Tomou uma chulada [uma surra]", discursou. Contra o líder da disputa pela prefeitura, Celso Russomamno (PRB), Lula insistiu na ideia de que administrar São Paulo exige experiência.(Folha de São Paulo)

Mensalão II vai pegar Pimentel, Benedita e Vicentinho do PT.

O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema para pessoas ligadas ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e a outros políticos petistas.O novo inquérito, a ser instaurado na Justiça Federal em Belo Horizonte, também vai investigar repasses a pessoas que trabalharam com os deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Vicentinho (PT-SP), além de dezenas de outras pessoas e empresas que receberam dinheiro do esquema. 

Essas pessoas não são parte do processo que está em julgamento no Supremo desde o início de agosto, porque os repasses só foram descobertos pela Polícia Federal quando a ação principal já estava em andamento no STF.A nova fase do caso foi inaugurada há pouco mais de um mês, após pedido da Procuradoria-Geral da República para que fossem aprofundadas as investigações sobre o destino do dinheiro distribuído pelo PT com a colaboração do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. 

O requerimento cita nominalmente Pimentel, um dos principais auxiliares da presidente Dilma Rousseff, Benedita e Vicentinho, dizendo que, como eles têm foro privilegiado, a investigação deverá voltar ao Supremo "caso surjam indícios concretos de que os valores arrecadados" destinavam-se aos três. A PF só conseguiu concluir o trabalho de rastreamento de dinheiro distribuído por Marcos Valério em 2011, cinco anos após a Procuradoria apresentar a denúncia que deu origem ao processo que está em julgamento no STF. 

Seguindo o caminho do dinheiro distribuído pelo empresário, a polícia chegou a Rodrigo Barroso Fernandes, em Belo Horizonte. Na época do repasse, em 2004, ele era coordenador financeiro do comitê da campanha de Fernando Pimentel à Prefeitura de Belo Horizonte, diz a PF.O inquérito, conduzido pelo delegado federal Luís Flávio Zampronha, apontou que Fernandes recebeu R$ 247 mil da agência SMPB, de Marcos Valério, em agosto de 2004.Em depoimento, ele afirmou que só daria declarações em juízo, segundo a polícia. Num relatório sobre a investigação, Zampronha escreveu que Fernandes agiu assim para "encobrir o verdadeiro beneficiário" do dinheiro. 

As investigações também apontaram repasses para Carlos Roberto de Macedo Chaves, que teria feito dois saques no valor de R$ 50 mil em agosto e setembro de 2003. Ele disse à PF que trabalhou como contador da campanha de Benedita em 2002.De acordo com a polícia, a origem desse dinheiro foi o fundo Visanet, controlado pelo Banco do Brasil e por outras instituições financeiras. O fundo é apontado pela PF e pela Procuradoria-Geral da República como a principal fonte dos recursos que alimentaram o mensalão, e a maioria dos ministros do STF já concordou com essa tese. 

Em relação a Vicentinho, a PF descobriu que o produtor audiovisual Nélio José Batista Costa recebeu R$ 17 mil da empresa Estratégia Marketing, de Valério, em agosto de 2004, "devido aos serviços prestados durante a campanha eleitoral do candidato Vicentinho para a Prefeitura de São Bernardo do Campo".O pedido de abertura do novo inquérito foi feito em fevereiro e acolhido pelo ministro Barbosa em 24 de agosto. A Justiça Federal de Minas já recebeu ofício do STF, mas pediu à corte novas informações para definir qual vara criminal cuidará do caso.(Folha de São Paulo)

Juiz julga ser degradante a companhia de Maluf e José Dirceu.

A Justiça Eleitoral determinou a suspensão, na sexta-feira (28), de uma propaganda de TV que associa Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, à réus do mensalão.A peça, de autoria da campanha do adversário José Sera, mostra a imagem de Haddad, com uma música de fundo, seguida por imagens do ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, e outros políticos ligados ao partido.

De acordo com o juiz eleitoral Henrique Harris Júnior, a propaganda veiculada na televisão "é passível de enquadramento, em tese, como degradante". A propaganda foi suspensa em caráter liminar e ainda pode ser substituída. O PSDB pode recorrer da decisão no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo).O pedido de suspensão foi feito pela coligação de Haddad.(Folha Poder)

Aécio volta a "pagar pau" para Lula.

Depois de classificar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "chefe de facção", o senador Aécio Neves (PSDB-MG) amenizou o discurso contra o principal líder petista, mas voltou à carga contra o partido da presidente Dilma Rousseff. Segundo Aécio, as críticas a Lula foram uma "posição reativa" aos ataques que o ex-presidente tem feito a tucanos que disputam as eleições municipais, mas ele "é uma figura que está na história do Brasil" e "vai estar permanentemente no coração de muitos brasileiros".

Segundo o senador, o PT considera que ser derrotado em uma eleição é "um crime de lesa pátria" e o partido opta por ataques na iminência de uma derrota. "Certamente, a marca do PT é o que estamos vendo. Quando estão perdendo, a posição do PT é sempre de muita virulência, de muito ataque pessoal, como se derrotar o PT fosse um crime de lesa pátria", declarou. Aécio se referia a ataques sofridos por adversários do PT em diversas capitais, como o prefeito Marcio Lacerda (PSB), em Belo Horizonte, Arthur Virgílio (PSDB), em Manaus, e o ex-governador José Serra, em São Paulo.

Mas o tucano preferiu abrandar as declarações contra Lula. Na sexta-feira (28), durante uma das viagens que faz para apoiar correligionários nas eleições municipais, o tucano afirmou que o ex-presidente age como "líder de facção" quando defende os réus no processo do mensalão e ataca adversários. Hoje, porém, Aécio disse que se referia a uma "facção política" e negou que a declaração tivesse alguma referência com grupos criminosos. 

"Falei que ele opta por ser chefe de uma facção política. Não estou me referindo a nada além disso", afirmou. "O ex-presidente da República é ex-presidente de todos os brasileiros. É absolutamente legítimo que peça votos para seus candidatos. (Mas) no momento em que ele vem para o palanque atacar pessoalmente o adversário, como exclusivista do sentimento de solidariedade com os mais pobres, não me parece a postura mais adequada a um ex-presidente da República", acrescentou o senador.

Aécio ressaltou que Lula "tem no mundo um prestígio extraordinário" e que a postura "raivosa" adotada pelo petista nos comícios dos quais tem participado não condiz com sua posição. Para o tucano, que se "coloca como amigo do presidente", o petista "estará de forma ainda mais profunda no sentimento dos brasileiros se ele souber separar um pouco a disputa política das questões pessoais". "Quando ele vem fazer ataques pessoais, acho que não está à altura do que ele é, da história dele, que é uma história belíssima, tanto pessoal quanto política. Gostaria de vê-lo no papel de ex-presidente da República, rodando o mundo, representando o Brasil. Não há uma figura importante do mundo político que eu encontre que não pergunte pelo presidente Lula", declarou. (Estadão)

A sofisticada organização da mulher do Delubio.

Exonerado do cargo de professor da rede pública de Goiás e vivendo oficialmente da renda de uma imobiliária virtual, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares costuma dizer que depende da mulher para honrar suas despesas. Mas não deve ser com os rendimentos do ofício de psicóloga que Mônica Valente tem conseguido ajudar o marido. Desde a militância à frente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na década de 90, Mônica aprofundou sua atuação profissional no mundo dos sindicatos de servidores.

Membro do diretório nacional do PT, a mulher de Delúbio comanda o escritório brasileiro da Internacional do Serviço Público (ISP), entidade que desempenha o papel de intermediário entre os sindicatos de funcionários públicos e organismos globais, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A adesão das confederações à ISP custa um euro por filiado. Em conjunto, as 26 confederações filiadas à associação comandada por Mônica Valente repassam para ela R$ 7 milhões por ano das receitas obtidas com o imposto sindical. As informações foram confirmadas à ISTOÉ por dirigentes de entidades ligadas a esse braço brasileiro da organização internacional.Leia mais aqui.

Mensalão: prevalecendo voto de Joaquim Barbosa, José Dirceu vai mofar na cadeia.

O relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, vai impor penas mais duras a três figuras centrais do escândalo: o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, considerado o "mentor" do esquema de pagamento de parlamentares no governo Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, considerado o "organizador", e o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, chamado de "operador" do mensalão.

Outros réus terão tratamento mais brando. Segundo dois ministros do tribunal ouvidos em conversas reservadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, por exemplo, poderá ter pena mais leve por ter prestado depoimentos que contribuíram para o Ministério Público embasar as acusações.

Ainda segundo os ministros ouvidos pela reportagem, o ex-presidente do PT José Genoino, apesar de ter assinado os empréstimos bancários considerados fraudulentos e que serviram para financiar o esquema e tentar ocultar a origem pública do dinheiro, poderá ter tratamento mais brando caso venha a ser condenado. Ministros argumentam que Genoino não agia como presidente de fato do PT, função que seria ocupada na verdade por Dirceu.

A atuação desses réus apontados como os corruptores do esquema do mensalão será analisada a partir de segunda-feira (1/10), na semana que precede as eleições municipais de 7 de outubro, pelo plenário do Supremo.

O voto de Barbosa com a condenação de réus por lavagem de dinheiro em etapa anterior do julgamento mostrou como ele deve calcular as penas. Na ocasião, a dosimetria foi divulgada por engano por sua assessoria. Ao calcular a pena de Marcos Valério, Barbosa considerou que o empresário dirigiu "a atividade dos réus integrantes do chamado núcleo publicitário" e recordou que ele prestou "inestimável apoio empresarial" à estrutura do esquema. Por isso, estabeleceu a pena em 12 anos e 7 meses de reclusão.

A definição das penas, conforme ministros da Corte, deve gerar debates tão intensos quanto as discussões do julgamento do mérito. A dosimetria pode definir se um réu cumprirá a pena em regime fechado ou em liberdade. Pelo Código Penal, quem for condenado a mais de oito anos começa a cumprir a pena em regime fechado, os que receberem penas entre quatro e oito anos podem ser enquadrados em semiaberto e quem ficar abaixo de quatro anos pode cumprir a punição em regime aberto ou até conseguir convertê-la em pena alternativa. Não contarão para este cálculo penas aplicadas que já estiverem prescritas.

A fixação das penas é a última etapa do julgamento. Depois que todos os réus forem condenados, o relator julgará qual a pena mais adequada para cada réu, levando em conta os antecedentes dos crimes, o volume de dinheiro envolvido, o motivo do crime e a reprovabilidade da conduta. Antes de iniciarem esta definição, os ministros deverão discutir se aqueles que votaram pela absolvição participarão ou não deste cálculo das penas.

No entendimento de alguns ministros, quem absolveu deve votar, sim, na dosimetria, aplicando a pena mais baixa. Outros, no entanto, entendem que isso não seria possível por não ser racional "absolver fixando pena". O ministro Luiz Fux, que tem seguido a maioria das condenações de Barbosa, é um dos que já defenderam publicamente a exclusão de quem votou pela absolvição do cálculo das penas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

"Cabeças" do Mensalão devem continuar no PT, apesar do estatuto mandar expulsar.

José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino terão que enfrentar, se condenados no STF (Supremo Tribunal Federal), como já foi João Paulo Cunha, um novo julgamento. Aprovado em fevereiro pelo Diretório Nacional, o estatuto do PT determina que sejam expulsos filiados condenados por crime infamante ou prática administrativa ilícita, com sentença transitada em julgado. No caso de Delúbio, seria a segunda expulsão. Ele se refiliou em 2011, após deixar a legenda em 2005.

Letra morta O trio de ex-dirigentes da sigla será julgado por formação de quadrilha e corrupção ativa a partir da semana que vem. Petistas descartam mudar o estatuto. Avaliam que o mais provável é que a legenda deixe de aplicar a cláusula de expulsão.(Do Painel da Folha)

Datafolha: Mensalão já tira 10% de votos de Haddad.

Segundo o Datafolha, 19% dos paulistanos mudaram seus votos por causa do Mensalão. Destes, a metade deixou de votar em Haddad. Se não houvesse o julgamento, Haddad estaria próximo daqueles históricos 30% que o partido sempre teve em São Paulo. O número é um indicador do que pode ocorrer na próxima semana em termos de lucros e perdas em votos. De um lado, Lula, Dilma e todo o PT em cima dos palanques. De outro, José Dirceu, Genoíno e Delubio, os "cabeças" do PT sentados no banco dos réus.

Código Florestal: hora de respeitar o Brasil Rural.

As duas casas do Congresso Nacional, em votações praticamente unânimes, aprovaram a versão final da medida provisória editada pela presidente da República para eliminar as lacunas que decorreram do veto presidencial a alguns dispositivos do Código Florestal.

Chega-se ao fim de um longo processo de discussão e votação democrática, que durou mais de uma década e que, sem dúvida, faz da nossa lei florestal a mais debatida de nossos estatutos legais.Os temas foram objeto de amplo e transparente contraditório, refletido em larga escala pelos meios de comunicação.É hora de darmos por findo esse debate e nos prepararmos para por em prática a nova lei. A busca interminável pela perfeição em matéria de questões humanas é a maior inimiga dos bons resultados.

Há, no entanto, quem ainda sugira novos vetos e novas rodadas de discussões e conflitos parlamentares, como se quase 15 anos não fossem ainda o bastante. Como se as indiscutíveis maiorias manifestadas nas casas legislativas representassem menos a vontade da sociedade do que a de algumas minorias organizadas de ativistas.

A democracia somente funciona quando a vontade da maioria é devidamente respeitada. Em caso contrário, não há estabilidade nem segurança jurídica. É disso que se trata agora. Tenta-se, insistentemente, propagar a versão que o texto final da medida provisória e até mesmo o próprio Código, sancionado pelo Poder Executivo, é uma vitória dos produtores rurais. Nada pode estar mais longe da verdade.

A lei que temos agora é a mais rigorosa e restritiva legislação existente no mundo, sob o ponto de vista da utilização da terra para a produção agrícola, sem falar nas restrições severíssimas ao aproveitamento dos recursos naturais em geral. Em nenhum país do mundo, os proprietários rurais têm a obrigação de deixar sem uso de 20% a 80% de suas terras. Em nenhum país relevante, como os Estados Unidos, a China e mesmo a União Europeia, os produtores têm de manter preservada a vegetação nativa ao longo das margens dos seus rios.

O Mississipi, o Colorado, o Reno, o Danúbio, o rio Amarelo, ou qualquer grande corrente fluvial no mundo têm suas margens ocupadas economicamente sem restrição e servem, também, irrestritamente como vias navegáveis e fontes de energia. Tenta-se no momento criar um falso impasse: se além dos 15 metros que serão obrigatoriamente reflorestados, às margens dos rios com até dez metros de largura, devemos recompor cinco metros adicionais.

Cálculos que realizamos na CNA indicam que esses cinco metros a mais representam, em números médios, em torno de 1,8 milhão de hectares, o que elevará a cobertura vegetal do Brasil dos atuais 517 milhões de hectares para 518,8 milhões de hectares. Esse aumento de apenas 0,3% da área preservada poderá custar cerca de R$ 10 bilhões, a serem pagos em mudas e insumos por mais de 200 mil médios produtores. E outros R$ 6 bilhões serão perdidos em produção agrícola, a cada ano.

No mundo da realidade e da razão, toda privação de liberdade produtiva e interferência regulamentar têm de ser vistas sob a perspectiva de seus custos e benefícios, ao contrário do que proclamam os que colocam a natureza acima do homem. Cada limitação legal à liberdade de produzir sacrifica um setor que tem sido, há décadas, o mais dinâmico e resistente da economia brasileira. Não podemos legislar sem fazer as contas na ponta do lápis.

A legislação que está pronta para ser posta em prática já vai custar muito caro aos produtores brasileiros. Muitas áreas terão que ser abandonadas. Outras terão que ser recompostas exclusivamente por conta dos produtores. Será que o benefício para a natureza e a vida das pessoas vai compensar esse custo?

O melhor que temos de fazer é encerrar de vez essa discussão. O Brasil merece que essa novela chegue ao fim. O nosso sonho, agora, é que a presidente ouça essa última voz do Congresso brasileiro e deixe-nos, pessoas e instituições, aprender a executar a nova lei. Sem mais capítulos.

Coluna publicada hoje por KÁTIA ABREU, 50, senadora (PSD/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), na Folha de São Paulo, com o título original "Código Florestal: a busca da perfeição".

Perdidinhos da silva (2)

Hoje Lula quis bancar o pastor evangélico na sua vã tentativa de alavancar a candidatura de Haddad. Atacou Russomanno usando frases religiosas.E ainda desceu o porrete no marqueteiro. E mais: reconheceu que a eleição está perdida. A matéria abaixo é da Folha:

"Eu fico imaginando 'nossa senhora, como é que pode?', numa cidade que tem o privilégio de ter um companheiro desses como candidato [Haddad], a gente vê pessoas que não têm a qualificação necessária na frente da pesquisa." 
 
E completou: "Algo está errado. E o que é o algo que está errado? Certamente somos nós, que não estamos conseguindo vender o nosso candidato com a grandeza que ele tem". 

Lula disse que "a gente tem que fazer o milagre da multiplicação dos votos". Ao dar conselhos a Haddad, ele disse que já perdeu eleições e que saiu com a cabeça erguida. 

Haddad também fez críticas a Russomanno. Refutou as comparações do candidato com Lula pela falta de experiência administrativa antes de assumir o cargo e disse que, quando chegou à Presidência, o petista tinha um amplo pacto com a sociedade e "estava podendo". Segundo ele, esse não é o caso de Russomanno. 

"É importante saber para quem se governa e com quem se governa", afirmou. Russomanno tem apoio da Igreja Universal do Reino de Deus..

Mensalão: Lewandowski é o relator do B.

A coluna de hoje, de Dora Kramer, com o título de "A hora H", não tem nada a ver com Haddad. Ou tem, dependendo de como se leia o recado dado.  Aborda a semana decisiva que teremos pela frente, com o julgamento dos "cabeças" da sofisticada organização criminosa. O que chama mais atenção é a comparação que ela faz entre Barbosa e o Lewandowski, no julgamento do Mensalão. 
 
Semana que vem o julgamento do mensalão vai pegar fogo. Dentro e fora do Supremo Tribunal Federal, onde começará a ser examinada a parte da denúncia relativa aos personagens que põem o PT direta e nominalmente no banco dos réus: José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.
Até agora só desfilaram coadjuvantes naquela passarela. Operadores financeiros, facilitadores de negócios, espertalhões, aprendizes e professores de feiticeiros.
Gente permanentemente conectada na oportunidade de levar alguma vantagem, para a qual importa pouco quem esteja no comando. Basta que os comandantes liberem a livre navegação pelas águas do poder.
Esse pessoal já está condenado, sem despertar grandes suscetibilidades. A reação às condenações diz respeito ao indicativo de que podem também alcançar os réus que de fato interessam - os representantes mais graduados, entre os citados na denúncia, do projeto beneficiário do esquema de financiamento.
Pois é a partir daí é que os ânimos realmente se acirram.
Quem se espanta com divergências entre ministros do Supremo ou se apavora com o tom mais incisivo de um ou de outro não leva em conta as implicações de uma decisão colegiada envolvendo legislação, doutrina, agilidade de raciocínio, capacidade de encadeamento lógico e muito conhecimento acumulado em trajetórias jurídicas distintas entre si.
De outra parte, quem vê despropósito na acusação de que o STF funciona como tribunal de exceção a serviço de uma urdidura conspiratória, não sabe o que é o furor de uma fera ferida.
Muito mais além do que já houve ainda está para acontecer.
Os ministros do Supremo vão discutir dura, detalhada e por vezes até asperamente todos os aspectos do processo, dos crimes imputados aos réus e das circunstâncias em que foram ou não cometidos, para mostrar as razões pelas quais condenam ou absolvem.
Nada há de estranho, inusitado ou inapropriado nisso. Não é nos autos que os juízes falam? Pois estão falando neles e deles. É o foro adequado para a discussão. Se a interpretação da lei não fosse inerente à função do magistrado, um bom programa de computador que cruzasse a legislação com as acusações daria conta do recado.
Descontados excessos de rispidez de um lado (do relator) e exageros na afetada afabilidade de outro (do revisor), os debates são apropriados e indispensáveis em caso de alta complexidade e grande repercussão como esse.
A peculiaridade aqui é o conflito de temperamentos e da interpretação dada pelo revisor ao seu papel. Ele deveria revisar o trabalho de Barbosa, mas na prática faz uma espécie de voto em separado. O relator que passou cinco anos examinando os autos, conduzindo interrogatórios e acompanhando todas as fases do processo, irrita-se.

Joaquim Barbosa ganha campanha na internet.

O ministro do STF, Joaquim Barbosa, é defendido e apoiado no vídeo acima. O que os autores desconhecidos querem é um "gostei". Faça mais. Mande o link adiante. O Joaquinzão merece.

Um novo Aécio?

Pela notícia abaixo, um novo Aécio vem surgindo... Dá para acreditar que é para melhor ou vai passar depois da eleição?
 
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de agir "como líder de facção" e de manchar a própria biografia, quando defende os réus do mensalão e ataca a oposição "de forma extremamente agressiva" nos palanques eleitorais. "O que nós estamos percebendo é que o lulismo da forma que existia, quase messiânico, que apontava o dedo e tudo seguia na mesma direção, não existe mais", afirmou o senador, para quem os ataques do petista não têm surtido o efeito que ele desejava.
 
De olho na eleição de 2014, Aécio realiza um périplo por cidades nordestinas, como Maceió, onde candidatos tucanos disputam a Prefeitura. O objetivo tem mão dupla: de um lado, ele dá impulso nessas candidaturas na reta final e de outro, fortalece seus laços políticos com lideranças regionais para uma eventual candidatura presidencial. Na passagem por Alagoas, ele fez uma carreata pelas principais ruas de Maceió ao lado do candidato tucano Rui Palmeira, líder disparado nas pesquisas, e depois seguiu para Arapiraca, onde o candidato do partido, Rogério Teófilo, encontra dificuldades.
 
Em entrevista dada nesta sexta-feira num hotel na orla de Maceió, Aécio deu resposta às declarações ácidas de Lula contra os tucanos nos palanques eleitorais, principalmente em São Paulo. Segundo Aécio, o lulismo está enterrado e os ataques mostram desespero do ex-presidente. "Claro que ele (lulismo) sempre terá avaliações positivas em algumas regiões de sua influência, mas da forma como existia no passado, estamos percebendo que não existe mais", enfatizou.
 
Segundo o senador, ao agir com virulência, Lula "está na verdade abdicando da condição de ex-presidente de todos os brasileiros para ser um líder de facção. Não é bom para ele, nem para sua história", afirmou. Ele disse que a tática tem surtido efeito inverso, como no caso de Belo Horizonte, onde Lula fez ataques ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Parece que o incomoda ainda bastante a figura do ex-presidente (FHC), mas sua ida não alterou em nada as pesquisas eleitorais (em Minas)", relatou.
 
Afiado, Aécio disparou também na direção do candidato petista à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que o chamou de despreparado para ser presidente da República e o aconselhou a ler mais - um livro por semana, ao menos. "Acho que ele passou ali um recado ao presidente Lula (que não tem curso superior e tem fama de ler pouco). Ele não me parece satisfeito com o apoio do ex-presidente", observou o tucano, lembrando que, apesar do "tsunami de recursos financeiros investidos", a campanha de Haddad não deslanchou.
 
Aécio disse que preferia ser lembrado por Haddad com mais gentileza. "Achei que ele fosse me cumprimentar, por ter levado Minas Gerais, com mais de 850 municípios, a ser, segundo o Ideb, o Estado que tem a melhor educação fundamental do Brasil", observou. "Se ele me perguntasse a receita, eu lhe diria: é humildade e competência, duas características que ele não demonstrou ter ao longo da sua vida pública. É uma oportunidade de ele perceber que, para avançar na vida pública, não basta apenas um padrinho político", alfinetou. (Estadão)

Uninove, que recebeu Haddad e Lula, está resolvendo em tempo recorde os seus processos no MEC, por irregularidades.

Ontem, Lula e Haddad estiveram na Uninove, uma universidade privada de São Paulo que enfrenta vários processos por irregularidades. Ceder a sua marca e as suas instalações para um ato político e eleitoreiro deve ser em reconhecimento ao excelente tratamento que, nestes casos, recebeu do MEC.

A Uninove está recorrendo contra uma decisão do Conselho Nacional de Educação que reduziu  as vagas do curso de Direito de 1.210 para 800, em 2010, por péssima qualidade e falta das condições mínimas de oferta de tamanho número de vagas. Alguém acha que vai perder?

No último resultado do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), divulgado em janeiro, apenas 166 alunos da Uninove foram aprovados. Ao todo, 989 estava inscritos no processo. Ou seja: 16,8%.  Mesmo assim, o curso recebeu nota 5 (máxima) no IGC (Índice Geral de Cursos), índice do Ministério da Educação que mede a qualidade do curso.

O mesmo tipo de "casualidade" já ocorreu com  o curso de Medicina, que foi condenado a tomar medidas saneadoras e a corrigir sérias deficiências. Em segunda visita, os avaliadores do MEC de Haddad deram por satisfeitas as exigências quanto a falta de professores qualificados e de instalações adequadas para o funcionamento do curso. Para maiores detalhes, leia aqui, clicando em "Ocorrências". Eles não têm vergonha na cara!

Alckmin entra na campanha de Serra como salvador da pátria. E é.

Se já estava no telefone pedindo votos, Alckmin avisou que agora vai colar em Serra e entrar nos palanques, carreatas, missas, velórios e naqueles tradicionais cafezinhos tomados com pastel, para provar que tucano também é gente. O Gonzales, marqueteiro eterno do PSDB, tem uma tese de que comer de boca aberta humaniza o candidato. Com rejeição altíssima, Serra precisa mais do que nunca aparecer com Alckmin e esconder Kassab. Ao que parece, Alckmin também entendeu que está em jogo mais do que a prefeitura paulistana. É a sua reeleição que está ameaçada.

Perdidinhos da silva.

Ao falar para estudantes universitários, ontem, na Uninove, Lula atacou FHC, Serra e Geraldo Brindeiro, voltando aquela lenga-lenga de que no seu governo os crimes foram julgados. O Mensalão demorou sete anos para entrar em pauta no STF e a invenção safada e mentirosa do caixa dois, que já estaria prescrito, feita por ele e Márcio Tomaz Bastos, seu ex-ministro da Justiça, caiu nos primeiros dias do julgamento. O PT roubou dinheiro público para comprar apoio para Lula. Roubou! Isto está ficando claro dia após dia para o povo brasileiro. Por isso, a raiva do chefe do Mensalão. Já Haddad encontrou tempo para atacar Aécio Neves, dizendo que ele tem que estudar, nem que seja em Ipanema. Parece que os dois já jogaram a toalha pela disputa de São Paulo e estão trabalhando por 2014. O que ninguém sabe é se é para Lula ou para Dilma. Conhecendo o caráter dos dois, a Dilma que bote as madeixas de molho.

Lula, que teve a idéia e o comando, agora diz que explorar o Mensalão é baixaria.

Em sua primeira manifestação explícita sobre o julgamento do mensalão, o ex-presidente Lula acusou ontem a oposição de fazer "jogo rasteiro" e se defendeu citando o caso da compra de votos para a aprovação da emenda que permitiu a reeleição do tucano Fernando Henrique Cardoso. "A gente não pode deixar esquecer que no tempo deles o procurador-geral da República [Geraldo Brindeiro] era chamado de 'engavetador'. Não podem esquecer a compra de votos em 1996 [sic] para aprovar a reeleição neste país", disse Lula em ato de apoio a Fernando Haddad (PT) em São Paulo. Lula acusou o PSDB de baixaria por explorar politicamente o mensalão. 

A estudantes e militantes, Lula disse que eles não deveriam se envergonhar, mas ter orgulho de seu governo."Não têm que ficar com vergonha. No nosso governo, as pessoas são julgadas e apuradas. No deles, se escondiam", disse Lula. O ex-presidente recomendou comparação das instituições de combate à corrupção de hoje com as da gestão tucana. "Na nossa casa, quando algum filho é suspeito de cometer algum erro, nós investigamos, não culpamos o vizinho, como eles costumam fazer", afirmou. 

Lula referiu-se a José Serra (PSDB), adversário de Haddad, como "aquele senhor que ofendeu a Dilma" nas eleições de 2010. "Agora, está baixando o nível, tentando vincular o Fernando Haddad ao julgamento", disse o petista, sem em nenhum momento usar a palavra mensalão. O evento foi interrompido por um protesto. Aos gritos de "renovação do mensalão", um jovem, sentado nas primeiras fileiras do auditório, levantou um cartaz que associava Lula e o PT ao caso. Do palco, Lula e Haddad só observaram. 

Do lado de fora da Uninove, palco do encontro, militantes do PSOL fizeram outro protesto. Mas não souberam esclarecer se o jovem do cartaz integrava o grupo. Um estudante da USP, que não quis se identificar, disse que um segurança do PT o ameaçou. A campanha negou. Lula disse que "não ligou" para o protesto. Haddad disse que não viu. Ao discursar diante de Lula, que não tem diploma universitário, Haddad sugeriu que o senador tucano Aécio Neves (MG) estude caso queira concorrer à Presidência. Após lamentar que adversários torçam pelo fracasso do governo Dilma, ironizou. "Se Aécio quer ser presidente, estude um pouquinho, leia um livro por semana. Pode ser na praia de Ipanema". Lula não tem diploma.(Folha de São Paulo)

STF condena Jefferson. Toffoli e Lewandowski enrolam para petistas não serem condenados antes da eleição.

Por maioria de seis votos, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) condenaram ontem o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) e mais sete réus do mensalão por corrupção passiva. Jefferson, que revelou a existência do mensalão em entrevista à Folha em junho de 2005, foi condenado junto com os líderes partidários que acusou de aceitar suborno para votar a favor do governo no Congresso. Ao condená-los, o Supremo confirmou a tese central da acusação no processo, segundo a qual o esquema foi organizado pelo PT para corromper parlamentares e partidos políticos no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Quatro dos dez ministros do Supremo já rejeitaram a principal tese da defesa dos réus, que dizem que o objetivo do mensalão era financiar campanhas eleitorais, e não comprar votos no Congresso. A tese do caixa dois eleitoral foi empregada pelo ex-presidente Lula e pelo PT desde o início do escândalo para explicar os pagamentos feitos pelo esquema, que os petistas organizaram com a ajuda do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Caso o Supremo aceitasse a tese do caixa dois, crime previsto no Código Eleitoral, as eventuais penas já estariam prescritas hoje. 

A sessão de ontem no STF foi suspensa quando faltava colher os votos de quatro ministros. O julgamento será retomado na segunda-feira. Além de Jefferson, os seis ministros que concluíram seus votos condenaram o deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP), que liderava o antigo PL quando o mensalão foi descoberto, e os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e José Borba (PMDB-PR). O STF também condenou por corrupção passiva os ex-deputados Romeu Queiroz (PTB-MG) e Carlos Rodrigues (PL-RJ). Foram condenados por lavagem de dinheiro Costa Neto, Corrêa, o ex-assessor do PL Jacinto Lamas e o dono da corretora Bônus-Banval, Enivaldo Quadrado. 

A maioria dos ministros do STF seguiu o entendimento da Procuradoria-Geral da República, que acusou Jefferson de receber R$ 4,5 milhões para que os integrantes de seu partido votassem a favor do governo no Congresso. Quatro ministros (Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Ayres Britto) deixaram explícita a conclusão de que houve compra de apoio parlamentar no Congresso. Ao fazer um aparte no meio de uma discussão sobre as diferenças entre o uso de caixa dois e a prática de corrupção, o presidente do tribunal, Ayres Britto, comentou: "Se o dinheiro é público, não há como falar em caixa dois".

Nas sessões anteriores do julgamento, o Supremo concluiu que o mensalão foi financiado com recursos desviados dos cofres do Banco do Brasil e da Câmara dos Deputados e empréstimos bancários fraudulentos. Após analisar a coincidência entre alguns pagamentos do mensalão e a transferência de deputados para partidos governistas em 2003, o ministro Gilmar Mendes afirmou: "Vejam a gravidade dessa situação, a obtenção do apoio político mediante o uso de recurso financeiro". O ministro atacou a versão do caixa dois: "Falar em recursos não contabilizados, como se se tratasse de falha administrativa durante o processo eleitoral, é o eufemismo dos eufemismos. Nós estamos a falar de outra coisa".(Folha de São Paulo)

Datafolha desmente Ibope e Vox Populi.

Ontem, o Datacoronel postou este tweet. Sorry, periferia.

O Datafolha fechou nova pesquisa sobre a corrida pela prefeitura de São Paulo. Revela que o líder Celso Russomanno caiu cinco pontos percentuais. Em sondagem divulgada no dia 20, tinha 35%. Agora, amealha 30%. José Serra (PSDB) oscilou um ponto para cima. Foi de 21% para 22%. Aparece à frente de Fernando Haddad (PT), que oscilou dois pontos percentuais para o alto, de 16% para 18%.
 
O blog apurou que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Significa dizer que Serra e Haddad continuam disputando o segundo lugar estatisticamente empatados.
 
O empate se dá nos dois extremos da margem de erro. No seu melhor cenário, Haddad teria, no topo da margem, 20%. No seu pior cenário, Serra teria, no piso da margem, idênticos 20%.
 
Os dados do Datafolha diferem dos números expostos na última sondagem do Ibope, divulgada há dois dias. Nessa pesquisa, Russomanno apareceu com 34% das intenções de voto. Verificou-se um empate técnico entre Serra e Haddad. Porém, o candidato do PT, com 18%, foi acomodado pela primeira vez em posição numericamente superior à de Serra, com 17%. (Blog do Josias)

Petrobras abasteceu o PT.

Entre 2003 e 2008, prefeituras e governos estaduais do PT receberam 46% de R$ 100 milhões de convênios da Petrobras para auxiliar programas de proteção à infância em cidades e estados administradas por grandes partidos políticos. Esta é a conclusão de um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) aprovado na quarta-feira (26) que investigou repasses de verbas da estatal para governos e entidades não governamentais. A empresa nega favorecimento.
 
No período de 2003 a 2006, foram R$ 27 milhões para prefeituras do PT contra R$ R$ 32 milhões para prefeituras de outros três grandes partidos (PSDB, PFL e PMDB), o que equivale a cerca de 45% dessa verba para o partido do governo. Em 2003, o valor chegou a 55%. No período, o PT teve entre 5% (2003 e 2004) e 13% (2005 e 2006) das prefeituras administradas por esses quatro partidos no país. Já em relação aos governos estaduais, a verba para as Fundações de Infância só beneficiaram estados administrados pelo PT, com R$ 4 milhões, até 2006. Os Estados que receberam recursos foram o Pará e o Piauí.
 
Em 2007 e 2008, a Petrobras mudou a forma de distribuição desse tipo de verba --que é uma renúncia de receita do governo federal por poder ser abatida em imposto-- que passou a ter a maior parte da destinação determinada por uma comissão formada por integrantes da Petrobras e de outras entidades de apoio à infância, entre elas o Unicef. Com isso, segundo o órgão, a participação percentual do PT nos R$ 27 milhões distribuídos às prefeituras nesses dois anos se reduziu para 42% com o PT quase triplicando o número de prefeituras. Governos estaduais de outros três partidos dividiram os R$ 10 milhões distribuídos pela estatal à entidades estaduais.
 
A investigação foi pedida pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) para apurar se havia então favorecimento político na distribuição dessa verba da estatal. O relatório aponta que não há como afirmar favorecimento. Isso porque as prefeituras do PT na época contavam um maior número de habitantes que as de outros partidos o que fez com que, analisado pelo critério de recursos dividido pela população do município, o valor para as administrações petistas seja o menor entre os quatro partidos.
 
Já em outro ponto, o relatório foi conclusivo: houve irregularidades em convênios da área social entre a Petrobras e entidades não governamentais, entre elas a CUT (Central Única dos Trabalhadores).Segundo o órgão de controle, houve desvio dos recursos em seis convênios que somam quase R$ 30 milhões, três deles da CUT (somam R$ 25,6 milhões). A diretoria da CUT então era ligada ao PT. Segundo o TCU, não há comprovação de que gastos repassados pela estatal foram efetuados nas ações previstas nos convênios.
 
A decisão do TCU foi pela instauração de uma Tomada de Contas Especial em cada um dos seis convênios com irregularidade para apurar quanto foi desviado e quem são os responsáveis.Serão investigados, além dos diretores das entidades que receberam dinheiro da estatal, três ex-gerentes da Petrobras que, se condenados, poderão receber multas e terem que devolver o que foi desviado.
 
A Petrobras informou em nota que "não existem irregularidades ou beneficiamento político-partidário nos convênios citados, o que será comprovado pela companhia no andamento do processo". A CUT informou que cumpriu todas as etapas do convênio. "No processo de execução, os índices de evasão ficaram abaixo do que tradicionalmente se tem em programas de alfabetização de adultos de longa duração, como o proposto por meio do projeto Todas as Letras, cujo itinerário formativo foi implementado no período de oito meses. Vale ressaltar que foram apresentadas comprovações dos serviços executados durante a vigência do convênio." (Folha Poder)

Brasil Aparelhado: TCU investiga CUT por convênio fraudulento com a Petrobras em programa do MEC de Haddad.

A turma afabetizada em convênios: Marinho, Lula e Haddad. Haja TCU!

De um lado, Luiz Marinho, que presidia a CUT. De outro, José Gabrielli, que presidia a Petrobras. No meio, um convênio fraudulento com o MEC de Haddad, onde uma central sindical iria alfabetizar 200.000 alunos. Agora o TCU abre mais uma caixa-preta da gestão Lula, que deixa um rombo de R$ 26 milhões nos cofres públicos.

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira, 26, a abertura de tomadas de contas especiais para calcular prejuízos e identificar eventuais responsáveis por irregularidades em convênios da Petrobrás com a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Braço sindical do PT, a entidade recebeu R$ 26 milhões da estatal para alfabetizar mais de 200 mil alunos, mas, de acordo com a corte, não provou ter aplicado o dinheiro na realização dos cursos.

Comandada pelo partido desde o início do governo Lula, a empresa não fiscalizou a execução do projeto e aprovou as contas sem exigir provas do cumprimento, diz o relatório técnico do tribunal. O TCU auditou convênios e patrocínios da Petrobrás, identificando em 2009 falhas em diversas parcerias de entidades supostamente ligadas ao PT e outras legendas. As constatações foram apreciadas na terça-feira em plenário.

Além da CUT, serão alvo de processos para apuração de danos o Instituto Nacional de Formação e Assessoria Sindical da Agricultura Familiar Sebastião Rosa da Paz, que recebeu R$ 1,6 milhão; a Cooperativa de Profissionais em Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Colméia), contemplada com R$ 1,7 milhão; e a Cooperativa Central de Crédito e Economia Solidária (Ecosol), cujo patrocínio foi de R$ 350 mil. A área técnica havia sugerido a aplicação de multas a dirigentes da estatal, o que foi aceito pelo relator do processo, ministro Aroldo Cedraz. Mas, após voto revisor de José Múcio, o tribunal decidiu avaliar a aplicação de penalidades somente no julgamento das TCEs.

As parcerias com a CUT foram firmadas entre 2004 e 2006 para ações do Programa Brasil Alfabetizado. Na época, a Petrobrás era dirigida pelo petista José Sérgio Gabrielli, que deixou o cargo este ano. Duas foram assinadas diretamente com a central e uma terceira com uma de suas entidades de apoio, a Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS). Após a inspeção, o TCU apurou que os gestores da estatal aprovaram as medições de serviços, dando as atividades como regulares, sem que fosse demonstrado se os investimentos foram, de fato, feitos e quais os resultados obtidos.

Na documentação analisada pelos auditores, não havia fichas de acompanhamento individual dos alunos, listas de presença nas supostas aulas, acompanhamento das ações dos alfabetizadores, número de estudantes envolvidos e documentos que atestassem que os materiais didáticos foram realmente entregues.

Em nota, a Petrobrás sustentou ontem que "não há irregularidades ou beneficiamento político-partidário nos convênios, o que será comprovado no andamento do processo". A CUT alega ter cumprido integralmente todas as etapas das parcerias com a estatal e que foram apresentadas comprovações dos serviços executados, com base em regras do Brasil Alfabetizado.

O Programa Brasil Alfabetizado, comandado por Haddad, foi uma grande picaretagem. Vejam a noticia abaixo, publicada pelo Globo na saída do ex-ministro para ser candidato do PT em São Paulo.

Um balanço das ações do Ministério da Educação (MEC) divulgado na despedida do ex-ministro Fernando Haddad, na última terça-feira, diz que a pasta alfabetizou 13 milhões de jovens e adultos, desde 2003. A informação é incorreta. Se fosse verdadeira, teria levado o país a dar um salto na redução do analfabetismo, o que não ocorreu. De 2000 a 2010, a redução do número de iletrados foi de apenas 2,3 milhões - deixando o Brasil ainda com 13,9 milhões de analfabetos, conforme o censo do IBGE.

Procurado pelo GLOBO, o MEC admitiu o erro, publicado na página 40 de uma edição caprichada, com páginas coloridas, tiragem de mil exemplares, com o título: "PDE em 10 capítulos - ações que estão mudando a história da educação brasileira." O balanço trata do Plano de Desenvolvimento da Educação, lançado por Haddad e pelo então presidente Lula, em abril de 2007.

O livreto foi distribuído na terça-feira, quando Haddad, que é pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, deixou o governo. Ele reproduz texto de uma outra publicação do ministério, divulgada em setembro de 2011, mas com redação diferente. Na versão do ano passado, o texto falava que aproximadamente 13 milhões de jovens, adultos e idosos tinham sido “beneficiados” pelo programa Brasil Alfabetizado - o que significa que houve matrícula, mas não que aprenderam a ler e escrever. No novo formato, consta que todos foram “alfabetizados”.

Luiz Marinho, depois desta trampolinagem na CUT, virou ministro da Previdência, ministro do Trabalho, prefeito de São Bernardo do Campo, candidato à reeleição, big boss do município que recebeu as maiores verbas de Lula. Está sendo preparado para ser candidato ao Governo de São Paulo, em 2014. Dinheiro não vai faltar para a campanha. Afinal de contas, ele é o amigão de Lula.

Dá para acreditar em pesquisas no Brasil do PT?

Pesquisas de opinião são compradas por um lado e por outro no Brasil. Entidades como a CNI e a CNT organizam sondagens cujo único objetivo é bajular ou pressionar os governos. Em termos de eleições, a Vox Populi é braço estatístico do PT, errando sempre, mas oferecendo munição para elevar o moral da tropa cada vez menor de militantes. 

A esquerda trocou as estrelinhas no peito e as bandeirinhas nos carros por métodos mais sofisticados de mobilização, como a esgotosfera e as pesquisas de opinião. O Ibope é velho conhecido de velhos políticos que contam velhas histórias sobre o instituto que são de arrepiar. Datafolha, ligado a um grupo que possui uma gráfica com fortes interessses no Ministério da Educação também tem lá os seus desvios como, por exemplo, atrasar a divulgação de uma pesquisa que está pronta. Por que não publicou? Veio diferente do Ibope e da Vox Populi?

Não se trata de metodologia. Pesquisas sérias dão resultados corretos. É burrice contestar sondagens com expressões como " 1.200 pessoas, só? Nunca me entrevistaram!". Amostras corretamente calculadas dão resultados certeiros. Mas amostras podem ser manipuladas. Margens de erro de 2%, se jogadas para um lado, significam 4% a mais para determinado candidato. O problema é de honestidade ou não. De isenção ou não. 

Ontem saiu a nova pesquisa de popularidade do governo e os números foram estratosféricos. Dilma é aprovada por 77% dos brasileiros, mas 62% desaprovam a saúde. Pode? Agora, para completar, vemos um IBGE aparelhado, servindo a interesses do governo de plantão, que mascara número dos desemprego. Pelo menos é o que mostram os números do Dieese. Vejam notícia abaixo da Folha de São Paulo.

Ao contrário do que tradicionalmente ocorre no mercado de trabalho no segundo semestre, o desemprego cresceu em agosto, segundo taxa medida pelo Dieese em sete regiões metropolitanas.Passou de 10,7% em julho para 11,1% no mês passado. O que explica esse aumento é que em agosto foram criados menos postos de trabalho (35 mil) do que os necessários para atender as 135 mil pessoas que buscaram uma oportunidade. Com isso, o número de desempregados cresceu 100 mil.O total de desempregados estimado nas sete regiões (Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal) é de 2,5 milhões.

"A desaceleração da economia se refletiu fortemente no ritmo de criação de vagas. Os benefícios fiscais e os estímulos setoriais ainda não surtiram efeito no emprego", diz Lucia Garcia, coordenadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese. Enquanto, em agosto, foram 35 mil vagas abertas, em julho, foram criadas 119 mil. A tendência também já foi mostrada nos dados do Caged, do Ministério do Trabalho. "O cenário econômico de incertezas nos últimos três trimestres fez com que o emprego, principalmente o formal, perdesse o ritmo de crescimento", diz Rafael Bacciotti, da consultoria Tendências.

O levantamento do Dieese também aponta que, no setor privado, a contratação sem carteira assinada foi maior (2,2% em relação a julho) do que a com carteira (0,3%). Por setor, a construção civil foi responsável pelo fechamento de 58 mil vagas. "Estoques elevados, preços aquecidos e readequações nos programas de financiamento pressionam o setor a uma acomodação, que, por sua vez, se reflete no emprego", afirma Garcia. Os dados do Dieese divergem dos divulgados pelo IBGE (desemprego medido pelo instituto passou de 5,4% em julho para 5,3% em agosto) por razões metodológicas. Consideram regiões diferentes, além de o Dieese incluir em sua taxa total pessoas que buscam emprego, não acham e estão fora da população economicamente ativa.

Bons companheiros.

 A Justiça declarou a indisponibilidade dos bens do secretário-geral do PT, Elói Pietá (na foto com Lula e Haddad). A juíza Louise Vilela Leite Filgueiras Borer, titular da 6ª Vara Federal em Guarulhos, determinou o bloqueio por meio de liminar (decisão provisória) devido a irregularidades ocorridas na construção de um complexo viário na cidade da Grande São Paulo no tempo em que o petista era prefeito. O seu antecessor, Jovino Cândido (PV), também teve os bens indisponibilizados.

De acordo com o Ministério Público Federal, autor da ação, modificações realizadas sem justificativa no contrato da obra provocaram prejuízos de cerca de R$ 47 milhões. A juíza destaca na decisão que houve houve omissão dos ex-prefeitos "ao autorizarem pagamentos de serviços executados sem autorização contratual, o que é dizer, de forma ilegal, assumiram o risco de propiciar o locupletamento ilícito de particulares em detrimento da administração.”

Jovino teve os bens indisponibilizados no valor de R$ 3.284.050. Já o bloqueio de bens de Pietá foi de R$ 1.407.450. Outras seis agentes públicos e de um funcionário da empresa contratada, a OAS, para obra também são responsabilizados na ação. A OAS teve os bens bloqueados em R$ 37.532.000.(O Globo)

Barbosa x Lewandowski é perda de tempo. STF indica que vai condenar mensaleiros.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira que está, sim, caracterizada a compra de votos pelo PT, conforme denunciou a Procuradoria-Geral da República na origem do processo do mensalão. Para o ministro, as transferências de dinheiro de Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, ao PL, PP, PTB e PMDB, a mando de ex-dirigentes petistas, são indicações claras do comércio de apoio político. A ajuda financeira não seria altruísmo. O ministro Luiz Fux também deixou claro que não acredita na tese de que os pagamentos eram simples movimentação de caixa dois entre aliados.
— A disputa por caixa é muito grande, e um partido não fortalece o outro, viabilizando, portando, uma melhor campanha eleitoral. A natureza em si, o antagonismo, afasta totalmente a possibilidade de um partido cobrir o caixa um do outro —disse Marco Aurélio ao ser perguntado sobre o trecho do processo relacionado à compra de votos, pouco antes do início da sessão.

Marco Aurélio afirmou ainda que a tendência de condenação de réus acusados de corrupção passiva nesta semana pode ser decisiva na definição da situação dos réus acusados de corrupção ativa, capítulo que entra na pauta de votação na próxima semana. Entre os réus acusados de corrupção ativa estão o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado José Genoíno e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, todos da antiga cúpula do PT.

— Eu penso que, tendo em conta que se está assentando o recebimento, haverá a definição de quem realmente pagou, o corruptor. Uma coisa é a corrupção passiva, considerando o núcleo apenas solicitar. Outra coisa é receber. Quem recebe, recebe alguma coisa de alguém. Aí é que vai ser interessante. Mas nós temos que ouvir (relator e revisor). Vai ser a parte mais eletrizante.

No intervalo da reunião, Fux deixou escapar que, para ele, o mensalão não foi apenas caixa dois. Em conversa com jornalistas, o ministro foi questionado se concordava com a tese da defesa de que os repasses do PT para os partidos da base — usando as empresas de Marcos Valério e o Banco Rural — eram recursos não contabilizados para campanha. — Não — respondeu. Mas, logo em seguida, pensou rapidamente no que tinha acabado de dizer e, rindo, emendou: — Mas aí você (repórter) já me roubou o script. Caí na sua. (O Globo)

Edir Macedo cancela debate na Record para esconder Russomanno.

A TV Record desmarcou ontem o debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo que seria realizado na próxima segunda-feira. A justificativa da emissora foi a de que José Serra (PSDB) não respondeu ao convite e que Celso Russomanno (PRB) não iria por causa do nascimento de sua filha, previsto para o mesmo dia. Serra chamou de "lorota" a explicação e acusou a emissora de agir para favorecer o rival Russomanno, que "não quer debater". Já Fernando Haddad (PT) criticou Serra, chamou de atitude "injustificada" a decisão de Russomanno de não ir ao encontro e disse que outra data poderia ter sido negociada. 

O candidato do PRB, que lidera as pesquisas, rebateu o tucano. Disse que o rival não queria ir ao debate e chamou as críticas de Serra de ataque à sua família. "Não tenho o direito de estar com minha mulher no parto?" Para justificar o cancelamento, a emissora divulgou uma nota em que ressalta que a decisão ocorreu porque "os responsáveis pela campanha de Serra não responderam aos convites". O texto também cita, em trecho mais sucinto, a justificativa de Russomanno. A TV Record pertence ao bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal, cujos integrantes comandam o PRB e a campanha de Russomanno.

A campanha de Serra diz ter mantido contato com a rede por telefone e e-mail, e que ela havia assegurado a realização do encontro. Em nota, os tucanos chamaram o cancelamento de "lamentável" e disseram que ele "foi uma decisão exclusiva da Record". O PSDB listou os debates a que o candidato do PRB ("notoriamente ligado à Record e à Universal") não compareceu e afirmou que ele e o canal paulista "devem assumir a decisão sem tentar jogá-la nas costas de terceiros". Reservadamente, no entanto, tucanos comemoraram o cancelamento antes de saber que ele havia sido atribuído a Serra. Eles temiam que o candidato virasse alvo no encontro e hesitavam sobre sua participação.

Durante a campanha, o tucano faltou a duas sabatinas promovidas pela rede. Serra também criticou a ligação entre a emissora e o candidato: "A Record cancelou o debate para proteger o Russomanno, porque nós não [nos] negamos [a] participar. Naturalmente, teria de ver regra, mas não houve negativa". "Ele agora para fazer campanha precisa estar protegido porque não tem muitas ideias, é despreparado." No início da noite, a campanha de Serra disse que ele aceitaria participar do debate em nova data, desde que observadas as regras discutidas até anteontem. Em nota, Haddad disse que "o candidato do PRB demonstra reiterado desrespeito" ao não ir a debates -ele não foi ao encontro da Igreja Católica e não quis participar do debate Folha/UOL, cancelado.(Folha de São Paulo)

José Dirceu está solto, mas prendemos o chefe do Google.

O diretor-geral do Google no Brasil, Fabio José Silva Coelho, foi preso ontem em São Paulo pela Polícia Federal por descumprimento de uma ordem da Justiça Eleitoral em Mato Grosso do Sul. O mandado foi expedido porque o YouTube, site de vídeos do Google, não acatou decisões judiciais que determinavam a exclusão de vídeos com ataques ao candidato do PP a prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal. A ordem de prisão foi dada semana passada pelo juiz eleitoral Flávio Saad Peron. O Google recorreu, mas a decisão foi mantida. 

Ontem à tarde o próprio Peron expediu alvará de soltura por considerar que o crime cometido é de "menor potencial ofensivo". O executivo foi ouvido durante a tarde na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo e foi liberado à noite após se comprometer a comparecer à Justiça sempre quando intimado. O Google não quis se pronunciar. No início da semana, quando anunciou que recorreria da decisão para a retirada dos vídeos, a empresa disse que, "em sendo uma plataforma, o Google não é responsável pelo conteúdo postado em seu site". A detenção ganhou repercussão internacional em sites como o da TV britânica "BBC" e dos jornais norte-americanos "Wall Street Journal" e "Washington Post".

A Justiça Eleitoral em Mato Grosso do Sul também determinou a suspensão, por 24 horas, do Google e do YouTube no Estado. A Embratel, citada na decisão, informou que irá cumprir a determinação, o que não havia ocorrido até a conclusão desta edição. Um dos dois vídeos mencionados na ação já foi retirado do ar. No entanto, cópia publicada por outro usuário ainda permanecia no site. Os vídeos trazem cópias de supostos documentos da Justiça e associam o candidato do PP à Prefeitura de Campo Grande à prática de aborto e à violência doméstica, entre outras acusações.

"Não posso permitir que gente mal intencionada, agindo criminosamente, use o Google e o YouTube para fazer campanhas difamatórias contra pessoas que estão trabalhando", afirmou Alcides Bernal, que nega as acusações dos vídeos. O Google já é alvo de ações na Justiça Eleitoral em pelo menos 21 Estados. A empresa está envolvida em, no mínimo, 138 ações desde o início da atual campanha. A maioria cobra a retirada de vídeos do YouTube. Levantamento da reportagem identificou 42 decisões contrárias à empresa e que fixam multas em caso de descumprimento das determinações -em todas, ainda cabem recursos. 

O episódio deverá reforçar pressão no Congresso para a votação do Marco Civil da Internet. O texto, que está em comissão especial da Câmara, não prevê que plataformas como o YouTube possam ser responsabilizadas criminal ou civilmente por conteúdo postado por terceiros. Elas só responderiam, civilmente, por desobediência a decisão judicial de retirada de conteúdo. Na semana passada, Google, Facebook e Mercado Livre soltaram uma carta pública conjunta defendendo a aprovação do projeto de lei pelo Congresso.(Folha de São Paulo)

Lamentável Lewandowsky.

No mais recente bate-boca nas sessões plenárias do mensalão – e um dos mais fortes do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) – o relator, Joaquim Barbosa, e revisor, Ricardo Lewandowski, discutiram nesta quarta-feira sobre a relevância e o descarte de depoimentos de algumas testemunhas. Com duras palavras, Barbosa chegou a acusar o colega de tribunal de fazer “vista grossa” a interrogatórios relevantes nos autos, como os de Marcos Valério e de sua funcionária, Simone Vasconcelos, e insinuou que o magistrado usava de “hipocrisia”.
 
O embate começou após Ricardo Lewandowski ter afirmado ter dúvidas sobre a participação do tesoureiro informal do PTB, Emerson Palmieri, no controle das finanças do partido e até na distribuição de recursos do valerioduto. O ministro revisor apoiava seu voto, entre outros, no depoimento do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro, ex-filiado do PTB, sobre os reais poderes de Palmieri na agremiação política. Foi interrompido de pronto por Joaquim Barbosa.
 
O relator disse que, como contraponto a seu voto, Lewandowski poderia ter divergências jurídicas ou filosóficas, mas nunca interpretações factuais opostas, como no caso da participação de Emerson Palmieri no mensalão. “Divergências factuais não (podem). Não podemos fazer vistas grossas”, disse.

Como contra-ataque, o ministro Lewandowski ironizou o colega de plenário e sugeriu que o adversário poderia até encampar uma tese pela abolição da figura do revisor. “Se Vossa Excelência não admite divergência, propusesse à comissão de redação do tribunal que abolisse a figura do revisor. Para que a figura do revisor? Quer que eu coincida em todos os pontos de vista com Vossa Excelência? Vossa Excelência disse com todas as letras que eu fiz vista grossa. Não será Vossa Excelência quem dirá o que tenho que fazer”, rebateu Lewandowski. (Da Veja)

Lula abandona PT para ficar só com Haddad.

Com dificuldade para administrar a crise em candidaturas de outras capitais, como Recife (PE), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT fecharam questão nesta quarta: Lula desiste de viajar e, na reta final do primeiro turno, concentra os esforços para levar o candidato petista à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, ao segundo turno da disputa. Pesquisa do Ibope/TV Globo, divulgada nesta terça (25), apontava o petista com 18% das intenções de voto e pela primeira vez à frente do candidato do PSDB, José Serra, que aparecia com 17%, embora tecnicamente empatados.
 
A decisão foi tomada em reunião com o ex-presidente, no Instituto Lula, com as presenças de Haddad, do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e de outras lideranças petistas. Os coordenadores da campanha consideraram que, estrategicamente, é melhor para o partido usar o cacife eleitoral de Lula para tentar garantir a presença de Haddad no segundo turno na capital mais importante do País. De acordo com Falcão, Lula gostaria de ir a Recife, Fortaleza e outras capitais em que o PT ou aliados estão na disputa, mas não irá fazê-lo por falta de tempo. "Nessa reta final decidimos que é melhor ele ficar no Estado de São Paulo."
 
O presidente do PT negou que a decisão tenha sido tomada por conta do mau desempenho do partido em capitais como Recife - o candidato petista Humberto Costa vem caindo nas pesquisas e corre o risco de não ir para o segundo turno. "Continuamos disputando em Recife com chance de ir para o segundo turno, assim como estamos indo muito bem em Fortaleza e Salvador", disse. O secretário nacional de Organização do PT, Paulo Frateschi, elencou entre os fatores que levaram o partido a demover Lula da ideia de viajar a dificuldade para administrar as crises com petistas e aliados. "Se você vai a um lugar, tem de explicar porque não vai a outro. Então, ele não vai a Recife, nem a Fortaleza e fica em São Paulo. Aqui não tem crise nenhuma."
 
Segundo ele, é possível que Lula participe de comícios em Osasco, Guarulhos e outras cidades da Grande São Paulo e, possivelmente, do interior, mas próximas da capital. Além disso, o ex-presidente continuará gravando mensagens para os candidatos que o procuram. Na presença de Haddad, os petistas discutiram a agenda com Lula até o final da campanha de primeiro turno. "Vamos ter uma série de eventos com ele e, claro, estamos todos animados", disse Haddad. O primeiro evento público dessa reta final está marcado para quinta-feira (27) à noite. Lula e Haddad têm encontro com estudantes e bolsistas do ProUni na Uninove Memorial, no bairro da Lapa.
 
Depois de ser considerado curado do câncer na laringe e liberado pelos médicos para viagens, no início de agosto, Lula foi ao Rio de Janeiro e participou das campanhas de candidatos petistas em Belo Horizonte (Patrus Ananias) e Salvador (Nelson Pelegrino). Em sua mais recente viagem, subiu no palanque da aliada Vanessa Grazziotin (PCdoB) em Manaus. Da capital do Amazonas, o ex-presidente seguiu para agenda institucional na Cidade do México. Na segunda-feira, em comício em Mauá, o ex-presidente revelou que dedicaria mais tempo à campanha de Haddad, mas que ainda iria a Recife, Fortaleza e João Pessoa. (Estadão)

CNI, a casa dos subsídios, informa: popularidade de Dilma bate recorde na pesquisa Ibope que eles patrocinam.

Para oferecer mais subsídios para a análise dos leitores, a CNI é a Confederação Nacional da Indústria...
 
A avaliação positiva do governo Dilma Rousseff atingiu o maior índice desde o início da gestão em 2011, de acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira (26). O percentual dos entrevistados que consideram o governo Dilma "ótimo" ou "bom" subiu de 59% para 62%. O índice de brasileiros que avaliam o governo "ruim" ou "péssimo" caiu um ponto percentual e passou de 8% para 7%.

Saúde no governo Dilma é desaprovada por 65%, diz CNI/Ibope

A aprovação sobre a maneira de governar da presidente Dilma permaneceu em 77%, o mesmo percentual atingido nas duas últimas pesquisas realizadas em março e junho deste ano. Mas houve queda de 16 pontos percentuais entre os entrevistados com renda familiar superior a 10 salários mínimos neste item. Nessa parcela da população, o percentual de aprovação é de 68%, sendo que 29% desaprovam a maneira de Dilma governar.
 
A pesquisa também revela que a popularidade da presidente Dilma também caiu entre os mais pobres, ou seja, com renda familiar de até um salário mínimo. Na comparação com a última pesquisa, o percentual de aprovação passou de 82% para 75%. Com relação às regiões do país, Dilma apresenta os maiores índices de aprovação no Sul e Nordeste com 82% e 81%, respectivamente. No Sudeste, a presidente tem o menor índice de aprovação com 73%.
 
A avaliação do governo Dilma e da atuação da presidente é feita de três em três meses pela entidade.Esse é o primeiro levantamento realizado pelo instituto após o começo do julgamento do processo do mensalão, iniciado no último dia 2 de agosto, no Supremo Tribunal Federal. O julgamento está entre os assuntos mais lembrados sobre o governo Dilma sendo citado por 16% dos entrevistados. Dentro desse quesito, o segundo assunto mais lembrado foi o anúncio da redução nas tarifas de energia previstas para o início de 2013. A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 21 deste mês com 2002 pessoas em 143 municípios. (Folha Poder)

Código Florestal: quem manda é Dilma ou Gilberto Carvalho?

O colunista de Meio Ambiente do Estadão, Wagner Ribeiro, assegura que Gilberto Carvalho, secretário da Dilma, declarou que a presidente vetará o Código Florestal. Gilbertinho, mais conhecido como Coveiro do PT, por sempre estar próximo aos mortos do partido, deu esta declaração em evento de ambientalistas, sem falar com Dilma, que está em viagem ao exterior. Resta saber se Gilbertinho manda mais do que ela. Para ouvir a matéria com o "imparcial" colunista, clique aqui.

Pesquisas eleitorais repetem modus operandi de 2010 favorecendo PT.

Comecemos pelo Rio de Janeiro. Ibope e Vox Populi publicaram duas pesquisas feitas simultaneamente. Pelo Ibope, Paes, do PMDB, tem 52%. Freixo, do PSOL, tem 17%. Pela Vox Populi, Paes tem 56%. Freixo tem 13%. A diferença entre Paes e Freixo, pelo Ibope é de 35%. Pela Vox Populi, é de 43%. 

Já em São Paulo, Ibope e Vox Populi dão praticamente os mesmos resultados, apontando que Haddad empatou com Serra, negando os dois (sim, são dois!) trackings feitos diariamente pelo PSDB, que antes sempre tinham "batido" com as pesquisas. 

Hoje sai Datafolha em São Paulo. Hoje saberemos se existe algo de podre no ar. O modus operandi dos institutos de pesquisa repete 2010. Reinaldo Azevedo fez um post sobre o assunto, ontem. Clique aqui para ler.

José Dirceu diz que é Lula quem está sendo condenado no Mensalão.

José Dirceu, o principal réu do mensalão, está recolhido, mas não está quieto. Enquanto espera a sua vez de ser julgado, o que deve ocorrer somente a partir da próxima semana, o então “capitão do time”, assim definido pelo ex-presidente Lula nos primórdios do seu primeiro governo, tem se movimentado, e muito, entre as duas horas de viagem de carro que separam seus dois centros de operações: seu apartamento na Vila Madalena, bairro de classe média de São Paulo, e o condomínio Santa Fé, na área nobre da próspera cidade de Vinhedo, no interior do estado. 

Além dos advogados, Zé tem conversado com seus companheiros do PT, entre eles José Genoino e o ex-presidente Lula. A definição do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) de que “ o mensalão não é o julgamento de Zé Dirceu, mas de Lula”, antes negada para a conveniência e estratégia de ambos, agora é assumida abertamente pelo ex-ministro e deputado cassado: — Isso está evidente na tentativa de associação de Lula com Marcos Valério, repelida com veemência pelos partidos da base — afirma José Dirceu, ao receber o repórter do GLOBO no fechadíssimo condomínio, onde o visitante, para entrar, é obrigado a fazer um cadastro bem documentado e ser fotografado por uma câmera digital.

Sobre a presidente Dilma, Dirceu ressalta que tem evitado conversar com ela: — Qualquer visita minha, ainda que não tenha esse objetivo, vai ser interpretada como uma conversa sobre o mensalão. Quanto aos ministros de Estado, José Dirceu cita os mais próximos: Fernando Pimentel, do Desenvolvimento; Alexandre Padilha, da Saúde; Miriam Belchior, do Planejamento; Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, e, se deixasse, ele citaria 35 dos 37 ministros. — O senhor não citou aí o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Por quê? — Nossas relações são formais. — Nem a nova ministra Marta Suplicy o senhor citou. — Hoje sou uma pessoa distante dela.

Zé, que sempre conviveu com a família, hoje está mais próximo dos seus quatro filhos, cada um de um relacionamento diferente. Com Clara Becker, viveu cinco anos sem revelar a sua verdadeira identidade, fazendo-se passar por um empresário com o nome falso de Carlos Henrique Gouveia de Melo. Até hoje, a ex-mulher e parentes dela só o chamam pelo nome de clandestinidade: “Carlos”.

Em Passa Quatro, onde mora a sua mãe, dona Olga, não há como fugir das missas dominicais. Ele foi padrinho de batismo, recentemente, de um sobrinho. Na hora da cerimônia, igreja lotada, o padre aproveitou para desejar boa sorte ao filho da dona Olga no julgamento do mensalão.

E sorte é o que Zé Dirceu vai mais precisar. Publicamente, ele se mostra convencido da absolvição e procura sempre transmitir esse otimismo à família e aos amigos. Mas, com o andar da carruagem, no fundo, já começa a trabalhar com o cenário B de pavor: a possibilidade de voltar à cadeia, desta vez dentro de um regime democrático. Estrategicamente, não lhe convém falar neste momento sobre o julgamento. Então, recorro à sua própria trajetória política como recurso estilístico para não comprometer ainda mais a sua situação: em vez de contar o que está pensando José Dirceu, vou relatar as impressões do ex-Carlos Henrique Gouveia de Melo.

Ele surpreende logo ao falar de seu algoz, o ministro Joaquim Barbosa, pois, embora mantenha as críticas mais ácidas ao relator do mensalão, reconhece a competência do relator do processo: — Podemos questionar, e questionamos, os procedimentos de Joaquim Barbosa na condução do seu relatório, mas nunca negando sua formação e sua competência. Muito pelo contrário. O fato de ele ter notório saber jurídico é que torna mais contundente a crítica de que ele sabe, melhor do que ninguém, que não houve lavagem de dinheiro nem crime de peculato.

Carlos Henrique sabe que o seu sucessor José Dirceu corre risco de ser preso. Ele sabe como ninguém o que poderia acontecer numa situação como essa: — Vocês acham que o Zé ficaria quieto na prisão? O Zé não para quieto em lugar nenhum. Nesses anos todos em que está afastado do governo, nunca deixou de fazer política. Viajou para todos os estados, acompanhou todas as alianças eleitorais. Hoje, tem mais força no PT do que antes. E ninguém pense que o PT iria abandoná-lo na prisão.

Absolvido ou condenado, não importa, Carlos Henrique acha que Dirceu e o próprio PT levariam no mínimo seis anos para recuperar a imagem. — Ah, se eu tivesse hoje 46 anos! — lamenta o personagem de Zé Dirceu, sem dizer, contudo, o que faria. ( O Globo)

Um dos artistas que assinaram o manifesto a favor do José Dirceu tem que devolver R$ 2,6 milhões aos cofres públicos.

O ator e diretor Guilherme Fontes foi condenado pela 31ª Vara Cível do Rio a devolver quase R$ 2,6 milhões à Petrobras e à Petrobras Distribuidora por não cumprir contratos de patrocínio relativos a "Chatô - O Rei do Brasil". Os recursos para o filme baseado na obra homônima de Fernando Morais, que segue inédito, começaram a ser captados em 1996. 

Fontes recebeu aportes das empresas, mas não concluiu o longa no prazo previsto. Em 2006, as patrocinadoras entraram com processo para reaver o dinheiro. Ele não foi encontrado para comentar a sentença. Fernanda Lins, sua advogada, disse que recorrerá da decisão do juiz Paulo Roberto Fragoso, divulgada anteontem, mas que não daria declarações por não ter tido acesso ao teor da sentença.(Folha de São Paulo)

Irmão de Genoíno quer censurar a mídia.

Em vídeo publicado no site do PT, o deputado federal José Guimarães (PT-CE), irmão do réu do mensalão José Genoino, disse que depois das eleições o partido retomará o debate sobre a regulamentação da mídia, "quer queiram, quer não queiram". Segundo o congressista, o partido está sendo alvo de uma "ação orquestrada" dos meios de comunicação. "Passadas as eleições, nós do PT vamos tomar uma medida quer queiram, quer não queiram. É a regulamentação da questão da comunicação no país. Vamos ter que enfrentar esse debate porque foi além do limite", declarou. 

Publicado no sábado, o vídeo é uma resposta à reportagem da revista "Veja" que atribuiu ao empresário Marcos Valério afirmações sobre a atuação de Lula no mensalão. Guimarães ganhou destaque nacional em 2005, quando seu então assessor foi detido no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com R$ 200 mil numa mala e US$ 100 mil escondidos na cueca. 

O caso, no auge da crise da mensalão, foi o estopim da saída de Genoino da presidência nacional do PT.No vídeo Guimarães faz um apelo aos militantes: "Temos que mobilizar a militância, fazer um apelo ao democratas deste país porque a mídia não pode ser partido político". "Temos que reagir à altura a essa ação da elite brasileira, de setores da mídia brasileira que querem interditar o projeto vitorioso do PT." Na semana passada, Genoino também se queixou da mídia.(Folha de São Paulo)

Juiz de MS manda prender presidente do Google.

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) determinou a prisão do presidente do Google Brasil, Fabio José Silva Coelho, e a suspensão do sites Youtube e Google em Campo Grande por 24 horas pelo crime de desobediência à ordem judicial que mandava a empresa retirar do ar vídeo com críticas ao candidato do PP na capital do Mato Grosso do Sul, Alcides Bernal. 

Em nota, o Google disse que recorreu da decisão e que "não é responsável pelo conteúdo postado em seu site", por ser apenas uma plataforma de divulgação do vídeo. O advogado da empresa argumentou, no pedido de liminar, que a "prisão é manifestamente ilegal, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo".
A liminar foi negada, porém, pelo juiz Amaury da Silva Kuklinski (foto). "[A prisão] é aplicável diante do fato de que o cumprimento do decisão está sendo protelado diante das medidas tomadas pela Google, não obstante ter sido advertida do ônus que lhe acarretaria, daí a plena justificação da manutenção da ordem judicial, que não se mostrou ilegal e nem ofensiva".

Ao negar a liminar, Kuklinski confirmou decisão anterior, do juiz Flávio Saad Peren da 35ª Zona Eleitoral do Mato Grosso, que já havia determinado à prisão do presidente do Google. A companhia ainda não tinha sido notificada, e também não cumpriu, outra ordem do TRE-MS para retirar vídeo com supostas ofensas ao candidato da Coligação Mudança de Verdade, Gerson Garcia (PSB), no município de Nioaque (MS). (Valor Econômico)

Ibope: Haddad passa Serra.

Russomanno 34. Haddad 18. Serra 17. É o que corre na rede. Mas o que corre mesmo é que o Ibope negociou com o PT. Os trackings mostram Serra com 21 e Haddad com 15. Amanhã tem Datafolha. Vamos conferir se os mensaleiros aloprados estão jogando pesado mesmo. Dinheiro público pra torrar não lhes falta.

Atualizando com noticia do Estadão... abaixo:

O candidato Celso Russomanno (PRB) caiu um ponto porcentual e registrou 34% das intenções de voto na pesquisa Ibope/TV Globo divulgada nesta terça-feira, 25. Já o candidato Fernando Haddad (PT) subiu 3 pontos porcentuais e teve 18% das citações, enquanto José Serra (PSDB) caiu 2 pontos e obteve 17%.

Em eventual segundo turno entre Russomanno e Serra, o primeiro venceria por 51% a 23% se a eleição fosse hoje. Se o adversário do líder fosse Haddad, o placar seria 48% a 24%. O representante do PT venceria o do PSDB por 39% a 29% no confronto direto.

Foram entrevistados 1024 pessoas entre os dias 24 e 25 de setemebro. A pesquisa está registrada no TRE-SP com o número SP-01138/2012.

Aprovado o novo Código Florestal.

Acaba de ser aprovado o novo Código Florestal. O campo brasileiro volta a ter segurança jurídica. Este campo que é a riqueza deste Brasil verde-amarelo. Agora resta saber se Dilma é uma democrata ou se é refém do totalitarismo verde que infernizou este país durante anos, nas mãos de Marina Silva. Parabéns, Kátia Abreu, pela sua liderança. Viva o Agro!

Novo ministro do STF não responde, não garante e não promete nada

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O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), suspendeu na tarde desta terça a reunião em que sabatina o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Teori Zavascki, indicado pela presidente Dilma Rousseff para compor o Supremo Tribunal Federal (STF). Eunício disse que cumpria a previsão do regimento interno do Senado segundo o qual, com o início da sessão de votação em plenário, os trabalhos das comissões temáticas da Casa têm de ser obrigatoriamente encerrados. Eunício disse que a retomada da sabatina ainda nesta terça dependerá do ritmo de votação do plenário, que tem de analisar a polêmica medida provisória do Código Florestal.
 
No rápido tempo que esteve disponível para os questionamentos, Teori Zavascki não quis responder às perguntas sobre se vai participar do julgamento do processo do mensalão. No entender de Zavascki, se ele comentar se votará na ação penal do mensalão estaria automaticamente impedido. "Eu vou pedir licença para me escusar de responder", afirmou. Na sua fala, o ministro ressaltou que esse questionamento tem lhe deixado "muito desconfortável". (Estadão)

Atualizando por Lauro Jardim, da Veja:

"A sabatina de Teori Zavascki no Senado acaba de ser adiada para depois das eleições. A decisão tomada por José Sarney atende aos argumentos da oposição que desconfiava da nomeação repentina do novo ministro do Supremo. A sabatina tinha sido interrompida hoje e seria retomada amanhã."