Feliz 2012!


E como este é um blog político, tudo tem uma razão de ser. Vejam que o clip tem uma participação especial de José Serra, aos 2:43, o que nos faz lembrar que ainda somos quase 44 milhões e que o fim não está próximo. O futuro é que está. Beijo no coração!

Atualizando pra quem não viu o Serra no vídeo, abaixo o frame onde ele aparece...

No TCU, Ana Arraes, ex-deputada do PSB, vai analisar o rombo da transposição do São Chico. Obra é de ministério do PSB.

O ministro Bezerra e a ministra Ana Arraes, nos tempos do PSB. TCU aparelhado vai julgar obra mais cara do PAC.

Está nas mãos da ministra Ana Arraes, recentemente eleita para o Tribunal de Contas da União, avaliar o aumento do preço de contratos de obras da transposição do Rio São Francisco. Ana é mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Estado beneficiado pelo projeto. Campos foi líder do PSB na Câmara, o mesmo partido ao qual é filiado o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, seu afilhado político e responsável pela obra de R$ 6,9 bilhões. 

No início da semana, Bezerra informou que negociava com o TCU um reajuste acima dos 25% do limite legal para pelo menos um dos contratos. Alegou que haveria prejuízo com a desmobilização de grandes máquinas de cavar túneis no lote 14 do eixo norte, que contabiliza avanço de apenas 27,1% no contrato. Obra mais cara bancada com dinheiro dos impostos, a transposição do São Francisco prevê o desvio de parte das águas do rio por mais de 600 quilômetros de canais de concretos construídos em quatro Estados do Nordeste: Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. 

Na ocasião, o tribunal registrou falhas também na fiscalização da obra, assim como a assinatura de acréscimos em contratos independentemente do esclarecimento de irregularidades ou atrasos "injustificáveis" nos lotes. Conforme informou o ministro Fernando Bezerra esta semana, vários contratos da transposição serão rescindidos e o saldo de obras será objeto de duas novas licitações, de valor estimado em R$ 1,2 bilhão, a serem lançadas no início de 2012. O governo avalia que o lançamento das obras da transposição, em 2007, foi feito de forma apressada, antes do detalhamento do projeto executivo da obra. Esse seria o principal motivo da explosão do custo das obras, que passou de R$ 5 bilhões para uma estimativa de R$ 6,9 bilhões. (Do Estadão)

O TCU informou, por meio da assessoria, que o assunto está aos cuidados da ministra Ana Arraes, a quem coube relatar uma auditoria do tribunal sobre acréscimos de preços na obra, os chamados "aditivos". Ontem, o Estado não obteve resposta ao recado deixado no celular da ministra. Ao tomar posse, em outubro, Ana Arraes fez discurso contrário à paralisação de obras sob suspeita de irregularidade. Entre as prerrogativas do tribunal está recomendar a paralisação ou mandar suspender pagamentos. 

Em apenas um dos lotes, o relatório do ministro Augusto Sherman Cavalcanti encontrou prejuízo ao contribuinte de R$ 8,6 milhões. Esse mesmo lote já havia sido objeto de um acréscimo de preço de 15%.Uma das falhas identificadas pelos auditores foi a construção de um trecho do canal de concreto em desacordo com alternação de traçado feita pelo projeto executivo da transposição. Como resultado, a obra de terraplenagem custou R$ 3 milhões a mais. (Do Estadão)

Sem projeto para erradicar a miséria, Dilma dá mais dinheiro na Bolsa Família.

Segundo a Folha de São Paulo, o desembolso com o programa chegou a R$ 17,1 bilhões, contando o dinheiro usado na transferência de recursos e em sua gestão - R$ 3,2 bilhões a mais do que no ano passado. Se descontada a inflação, o aumento foi de 15,7%, o segundo maior crescimento real desde que o programa começou a ser executado, em 2004, perdendo apenas para a evolução entre 2005 e 2006. O número de famílias que recebem dinheiro por meio do Bolsa Família também cresceu e chegou a 13,3 milhões, outro recorde.Se o Programa Brasil Sem Miséria não existisse apenas na mídia, os repasses deveriam dminuir. O aumento das doações em dinheiro vivo são a prova mais concreta e cabal de que o Bolsa Família não passa de um subsídio à pobreza.

Com a palavra o Pastor César Maia.

Maior responsável pela cisão do DEM, o derrotado César Maia lança o filho para prefeito e vira candidato a vereador, em anúncio messiânico. O Pastor César Maia viu a luz!

Muitos analistas políticos se surpreenderam com a decisão do ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) de tentar em 2012 uma vaga como vereador da cidade que governou por três mandatos. Após candidaturas frustradas ao governo estadual e ao Senado, isso foi considerado uma derrota política. Em seu "ex-blog" -mala direta que envia a assinantes- ontem, porém, Maia revelou sua inspiração. Divulgou um vídeo de autoajuda, com mensagem religiosa, para justificar sua escolha. 

Baseado na vida das águias -"um dos animais mais majestosos que Deus foi capaz de criar", segundo o vídeo-, o ex-prefeito indica que a Câmara será um "dolorido processo de renovação". O filme de quase cinco minutos mostra que a ave, após anos de caça, passa a ser incapaz de capturar as presas. "Na metade da sua vida, [a águia] tem que tomar uma séria e difícil decisão. Nessa idade, suas unhas estão compridas e flexíveis, não permitindo mais que ela agarre com facilidade às presas (...). O seu bico alongado e pontiagudo, se curva. Suas penas, envelhecidas e pesadas pela gordura do tempo, dificultam o seu voo", diz o narrador.

Para superar as dificuldades, diz o vídeo, as águias se isolam em penhascos no alto de montanhas. Destroem o próprio bico, aguardam um novo nascer e, com ele, renovam as penas e as garras. Em seguida, o narrador faz uma analogia da história da ave com percalços da vida humana: "Em nossas vidas, por muitas vezes temos que nos resguardar por algum tempo para começar um difícil processo de renovação". Procurado para comentar o vídeo, ele não respondeu até a conclusão desta edição. A intenção em 2012 é ser um puxador de votos para a bancada do DEM se fortalecer na Câmara. O candidato da sigla à prefeitura do Rio será o filho de Maia, o deputado federal Rodrigo Maia.(Da Folha de São Paulo)

Desprestigiada, Marta Suplicy faz chantagem emocional com Dilma.

Hoje Marta Suplicy rasga elogios para Dilma, em artigo da Folha de São Paulo, depois de ler um livro que saiu sobre a vida da presidente. Elogia especialmente o fato de "ela ser da política". Lá pelas tantas, a desprestigiada petista, que foi preterida na candidatura petista à prefeitura de São Paulo mesmo tendo dez vezes mais intenções de voto que Haddad, falando da primeira reunião de formação do ministério de Lula, escreve: 

Lembro da primeira reunião no Torto, à qual compareci como prefeita de São Paulo. Discutia-se a formação do ministério. Eu insistia na nomeação do meu secretário de finanças, João Sayad, e no aumento no número de mulheres na Esplanada. Por que não aquela do Sul, que trabalha com Olívio Dutra, e da qual falam tão bem? À primeira sugestão, não deram a menor bola, com razão, e à segunda, Lula já havia decidido quando ela foi na primeira reunião com os craques de energia e deu um show. O resto é história. 

Marta quer ser ministra ou continuar como vice-presidente do Senado. Sem cacife político, apela para a chantagem emocional. Tipo: "eu sou mulher e indiquei você, Dilma!"

Novo líder do PT na Câmara será deputado do dólar na cueca ou deputado da grana dos perueiros.

O PT deve escolher nas próximas semanas o sucessor de Paulo Teixeira (SP) na liderança do partido na Câmara. Até agora, existem dois candidatos: Jilmar Tatto (SP) e José Guimarães (CE). Para os esquecidos, Guimarães está intimamente ligado ao advento de uma vertente da corrupção que até hoje faz a alegria dos humoristas: o carregamento de dólares na cueca. Um assessor do deputado foi preso quando lançava a moda, em 2005. Os 100 000 dólares, concluiu o Ministério Público, tinham origem em desvios no Banco do Nordeste. Se Guimarães tem um histórico desabonador, o concorrente também não é dos mais inocentes: Tatto já respondeu a processo por irregularidades em licitações na prefeitura de São Paulo, onde era secretário de Marta Suplicy. E foi acusado, dentre outras coisas, de receber 500 000 reais para favorecer um grupo de perueiros ligados ao PCC. Segundo o site Excelências, Tatto é alvo de dois inquéritos: STF - Inquérito nº 3033 - apura crimes previstos na lei de licitações eTRF-1 Seção Judiciária do Distrito Federal - Processo nº 0031294-51.2004.4.01.3400 - ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal. Já Guimarães é alvo de ação de improbidade administrativa por envolvimento com desvio de recursos públicos, no Ceará.(Com informações da Veja)

Vai pra casa, Padilha. Ministro recebeu 145 diárias de janeiro a novembro.

O ministro Padilha "pousa", como diria Emir Sader, alegremente com os "blogueiros progressistas"
 
Chega dar uma peninha do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele passa mais da metade do tempo longe do ministério e longe de casa. É o que indica o valor recebido até novembro em diárias, mais de R$ 80.000,00. Um total de 145 diárias. Sem dúvida alguma, mantendo a média, o Padilha vai atingir 160 diárias em 2011.

Não esquecer, também, que o ministro Padilha é muito ativo. Ele foi, por exemplo,  o grande incentivador dos eventos da esgotosfera. No dia 21 de maio de 2011, segunda-feira, o ministro Padilha reuniu-se com "blogueiros progressistas" na sede do Ministério, em São Paulo.  No Portal da Transparência consta crédito de três diárias para o ministro, entre 19 (quinta) e 22 de maio (segunda)no valor de R$ 1.535,26, referente a uma viagem ao Rio Grande do Sul Nada fala do evento em São Paulo. Deve ter sido esquecimento.

Ministra e ministro diaristas.

Se temos a presidente faxineira, também temos o ministro e a ministra diaristas. Alexandre Padilha, ministro da Saúde, faturou R$ 80.161,64 em diárias até novembro. Anna Maria Buarque de Hollanda, ministra da Cultura, auferiu 79.275,78. Antônio Patriota, ministro das Relações Exteriores, recebeu menos de R$ 10.000,00.

Aberta a temporada de bobagens eleitorais.

Hoje o Globo publica uma matéria em que "especialistas" questionam a falta de uma marca na gestão de Eduardo Paes (PMDB) na prefeitura do Rio. E que ele terá que usar o prestígio do governador Sérgio Cabral (PMDB) para a sua reeleição. Se existe um prefeito com duas marcas fortes, o nome dele é Paes. E as marcas são Copa 2014 e Rio 2016. Além de tudo, nenhuma capital reflete tanto um estado quanto o Rio de Janeiro. Portanto, os benefícios das UPPs e outras iniciativas de apelo popular são automáticos, ainda mais com prefeito e governador sendo do mesmo partido. Além disso, o Ibope dá Eduardo Paes com um índice de intenção de voto que nem a soma de todos os adversários alcança, além da menor rejeição entre todos. Mantidas as mesmas condições de temperatura e pressão, Paes será reeleito. E no primeiro turno, apesar dos "especialistas".

Mais de R$ 1,5 trilhão em impostos.


Os brasileiros já desembolsaram mais de R$1,5 trilhão em impostos neste ano, como registrou ontem, às 17h, o "impostômetro", painel eletrônico mantido pela Associação Comercial de São Paulo e que informa, em tempo real, a arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais. A entidade prevê que o total em 2011 chegue a R$1,51 trilhão, o que representará um aumento nominal de 17,1% e real (descontada a inflação do período) de 11%, ante 2010.

Trairagem tucana.

Da coluna do Ilimar Franco, em O Globo: 

Pela tangente. Questionado sobre as reclamações de José Serra, na reunião da Executiva do PSDB, a respeito de suposto fogo amigo nas denúncias contra ele no livro “Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Filho, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) preferiu sair pela tangente: “Eu não estava lá”.Perguntado se não fora informado por aliados, que teriam feito sua defesa no encontro, ele insistiu: “Eu não estava lá.”

Dilma cancela Plano Nacional de Redução de Homicídios. Segundo ela, 50.000 mortes por ano são problema dos estados.

O governo suspendeu, por tempo indeterminado, a elaboração de um plano de articulação nacional para a redução de homicídios, um dos pilares da política de segurança pública anunciada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no início do ano. A decisão surpreendeu e irritou integrantes do Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp), que acompanham a escalada da violência no país. O Brasil é o país com o maior índice de homicídios do mundo em termos absolutos — quase 50 mil por ano, 137 por dia — e o sexto quando o número de assassinatos anuais é comparado ao tamanho da população.

Em janeiro, ainda embalado pelo ritmo da campanha do ano passado, Cardozo anunciou que buscaria um pacto com os governadores, inclusive com os oposicionistas, para preparar um grande plano de combate à violência. Em maio, depois de longos meses de discussões internas, um representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública chegou a apresentar o esboço do plano numa reunião do Conasp. A proposta seria enviada ao Palácio do Planalto e, depois, anunciada formalmente como o plano do governo federal para auxiliar governos estaduais a reduzirem crimes de sangue. Leia mais aqui.

2012: sem força nas capitais, PT "peita" partidos da base.

Do Rio Grande do Sul até o Rio de Janeiro, o PT não elegerá nenhum prefeito de capital. Porto Alegre reelege PDT ou emplaca PCdoB. Florianópolis reelege PMDB ou, remotamente, pode eleger PSD. Curitiba pode reeleger PSB, mas tudo indica que o prefeito será do PDT. São Paulo, se os tucanos acordarem, ficará com um candidato da aliança PSD-PSDB. Rio de Janeiro reelege PMDB disparado. E vai assim Brasil a fora. Por isso, a matéria abaixo da Folha de São Paulo é pura balela petista.

Ao mesmo tempo que espera a recuperação e a volta do ex-presidente Lula às articulações para montagem dos palanques municipais, o PT vai começar 2012 pressionando aliados a apoiar candidatos da legenda nas principais capitais. O aperto começa por São Paulo, onde a eleição do ministro Fernando Haddad é considerada prioritária. De acordo com o presidente do PT-SP, o deputado estadual Edinho Silva, o partido pensa que uma possível vitória na capital muda a correlação de forças em todo o Estado e é fundamental para a reeleição da Dilma em 2014. 

Em São Paulo, a pressão recairá principalmente sobre PC do B e PMDB, que lançaram Netinho de Paula e Gabriel Chalita, respectivamente. O PT também pretende cobrar uma posição do PSB, que, embora esteja nacionalmente na aliança de Dilma, fechou compromisso com o PSD do prefeito Gilberto Kassab de apoio mútuo em 2012. Para a cúpula do PT, o acordo com Kassab é a maior demonstração, até aqui, de que o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos (PE), pensa seriamente em um projeto político descolado do PT em 2014. 

O PT espera também reforçar seu palanque em outras capitais consideradas fundamentais, como Goiânia e Fortaleza, que governa hoje e onde está perto de obter apoio dos aliados federais. O problema começa quando chega na hora da contrapartida. O PC do B já admite internamente apoiar Haddad, mas gostaria de contar com o PT em cidades como Aracaju -onde tem a prefeitura- e Porto Alegre, onde lançou a deputada Manuela D'Ávila. Na capital gaúcha, o PT já lançou seu candidato, Adão Villaverde, e em Sergipe, a despeito da aliança histórica entre os dois partidos, ensaia fazer o mesmo. 

É justamente nesse ponto que Lula -em tratamento contra tumor na laringe- pode atuar a partir de março, esperam alguns petistas. Antes do diagnóstico do câncer, no fim de outubro, o ex-presidente conseguiu convencer o PT a abrir mão da cabeça de chapa no Rio de Janeiro para apoiar a reeleição de Eduardo Paes (PMDB). A doença o surpreendeu antes de repetir a fórmula em outras capitais, como Porto Alegre. O PT já indicou o deputado estadual Adão Villaverde, mas Lula deve insistir em acordo pela reeleição de José Fortunati (PDT). 

Em Belo Horizonte, Lula pregava o apoio à reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB), sem o PSDB na chapa. Os tucanos se anteciparam, e o PT agora enfrenta um motim do diretório mineiro contra a manutenção da aliança. O ex-presidente planeja apoiar o ex-tucano Gustavo Fruet (PDT) em Curitiba, também contra a vontade de parte da militância petista. Em Florianópólis (SC), a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) tenta costurar acordo com o PMDB do prefeito Dario Berger. A intenção é quebrar a aliança histórica do PMDB catarinense com forças de oposição ao PT, como o PSDB e o PSD.O presidente nacional da legenda, Rui Falcão (SP), estima em 14 as capitais nas quais o PT já tem candidatos próprios, mas admitiu problemas a serem resolvidos. 

Entre os casos críticos está Recife. Lá, o atual prefeito, João da Costa, e o antecessor, João Paulo, ambos do PT, se enfrentam numa guerra que se arrasta desde 2009. Com isso, aliados locais ameaçam voo próprio. O ministro Fernando Bezerra (Integração) e o senador Armando Monteiro (PTB) ensaiam se lançar na disputa. Principal aliado federal, o PMDB até agora não conta com nenhuma deferência especial do PT, além do Rio. O sinal inverso -PMDB apoiando candidatos do PT- também não ocorre.

Aberta a temporada de caça.

Em tempos da Comissão da Verdade de um lado só, os terroristas, assaltantes de banco, sequestradores, asssassinos a serviço do comunismo internacional iniciam a caça. A Revista de História, do Arquivo Nacional, acaba de publicar uma relação de "torturadores" confeccionada pelo comunista Luiz Carlos Prestes, um homem que odiava a liberdade e a democracia. Sem prova alguma. Leia aqui. É hora de quem morreu pelo Brasil mostrar o outro lado.

Haddad não paga R$ 500 milhões do FIES. Universitários podem ficar sem matrícula em 2012.

Instituições de ensino superior afirmam que há um atraso no repasse de cerca de R$ 500 milhões por parte do Ministério da Educação (MEC), referentes ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). A verba é referente a 2010 e 2011. O Fies é o programa do Ministério da Educação (MEC) para financiar a graduação no ensino privado. Os alunos devem atender a uma série de requisitos para entrarem no programa e terem as mensalidades pagas parcial ou totalmente pelo governo.As informações foram antecipadas ontem pelo jornal Folha de S. Paulo. 

As instituições escolhem entre receber verbas do MEC diretamente ou como isenção fiscal. "A dívida ultrapassa R$ 500 milhões, com certeza. Pensamos que seja um problema de gestão do processo, porque sabemos que há dinheiro disponível", afirma a presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pacios. "Há demora no repasse e isso coloca em risco a saúde financeira das instituições." Ela estima que 80% das instituições inscritas no Fies e cerca de 250 mil alunos são prejudicados pela lentidão no repasse.

As instituições vão realizar, em janeiro, um fórum em que será discutido o assunto. Nele, será emitida uma recomendação para faculdades e universidades continuarem ou restringirem a participação do Fies. Participam do Fies 989 entidades mantenedoras de 1.436 instituições. De 2010 até agora, 219.903 novos contratos foram firmados - 144 mil em 2011. O MEC confirma que há atraso no repasse das verbas e afirma que o problema pode estar ligado à ampliação do programa, que ocorreu em 2010, quando o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a operar o Fies e os juros caíram para 3,4% ao ano. (Do Estadão)

Dilma paga de novo a transposição do São Chico: custo sobe R$ 1,9 bilhão e não se sabe quando e se a obra termina.


Recordando o vídeo do Exilado, sobre a obra.

O governo Dilma Rousseff lançará duas novas licitações no valor total de R$ 1,2 bilhão para terminar trechos da transposição do Rio São Francisco já entregues a consórcios privados, informa a repórter Marta Salomon. Iniciado em 2007, o projeto já consumiu R$ 2,8 bilhões, mas tem trechos parados e outros que precisarão ser refeitos. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, calcula que o custo inicial da obra saltou de R$ 5 bilhões para R$ 6,9 bilhões. As novas licitações foram a forma encontrada por Bezerra para driblar um problema: os consórcios não conseguiriam terminar o trabalho mesmo que o valor aumentasse 25%, limite legal para aditivos em contratos. "Vimos que teríamos de fazer aditivos de até 60%", disse o ministro, que admitiu erros no projeto, como a número insuficiente de sondagens de solo. Leia mais aqui.

O câncer da corrupção propriamente dito.

Projeto ambicioso do Ministério da Saúde, a construção de um campus integrado para o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, orçado em R$496 milhões, empacou por conta de um sobrepreço de R$47,9 milhões na licitação para as obras. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que a instituição republique em 15 dias edital corrigindo irregularidades e reinicie a concorrência para escolher a empresa executora dos serviços. Os auditores analisaram 44 itens das obras, comparando os valores do orçamento com os de sistemas usados como referência pelo governo. As diferenças nos preços alcançaram R$46,09 milhões.

Para o TCU, a quantidade de serviços e materiais também estava exagerada, gerando um prejuízo potencial de mais de R$1 milhão. As conclusões do TCU coincidem com as da Controladoria Geral da União (CGU), que apurou sobrepreço de R$44 milhões. O vice-diretor do Inca, Luiz Augusto Maltoni, disse que o acompanhamento do TCU e da CGU foi solicitado pela própria instituição, devido à complexidade do projeto. Segundo ele, as correções já foram encaminhadas ao tribunal. (O Globo)

Ainda faltavam 25 anos para o Dr. Souza virar desembargador, mas o TJSP pagou licença-prêmio a ele. Por relevantes serviços não prestados.

O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu a 22 desembargadores licenças-prêmio referentes a períodos em que eles trabalharam como advogados, anteriores ao ingresso no serviço público. Em dois casos, o benefício referente ao período em que atuaram por conta própria chegou a um ano e três meses -ou 450 dias. O pagamento das licenças-prêmio está sob investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e foi anulado pelo próprio tribunal um dia depois de o conselho iniciar uma devassa na folha de pagamento da corte paulista, no último dia 5. 

A atuação do CNJ divide o mundo jurídico desde que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello concedeu liminar impedindo que o conselho abra por iniciativa própria investigação contra juízes (leia entrevistas na pág A8). A corte possui 353 desembargadores e, segundo a lei, um quinto de seus membros deve ter origem na advocacia ou no Ministério Público. São os pagamentos feitos a parte dos desembargadores que entraram no tribunal pela cota reservada aos advogados que agora estão sendo analisados pelo CNJ. 

A licença-prêmio é um benefício concedido a todos os servidores. A cada cinco anos de trabalho, eles têm direito a três meses de licença. O tribunal pode converter a licença em pagamento em dinheiro. Cada 30 dias do benefício corresponde a um salário -o dos desembargadores é de R$ 24 mil. As concessões sob análise começaram a ser pagas em julho de 2010, na gestão do desembargador Antonio Carlos Viana Santos, morto em janeiro, e continuaram sob a administração do atual presidente, José Roberto Bedran. As maiores licenças-prêmio referentes ao período de exercício da advocacia (450 dias) foram concedidas aos desembargadores José Reynaldo Peixoto de Souza e Hugo Crepaldi Neto. 

O cálculo do benefício para Souza teve como marco inicial o ano de 1976, quando atuava como advogado. Ele só ingressou no tribunal 25 anos depois, em 2001. A licença-prêmio de Crepaldi Neto foi contada de 1983 a 2010, quando ele foi escolhido para compor o tribunal. Segundo o presidente da Associação Paulista de Magistrados, Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, o pagamento tem como base uma interpretação da Loman (Lei Orgânica da Magistratura). A lei permite que magistrados contem, para fins de aposentadoria, até 15 anos do tempo em que atuaram como advogados. Porém, a Loman não trata da licença-prêmio. O TJ-SP deverá julgar o caso após o recesso de janeiro. A corte também é investigada pelo CNJ por supostos pagamentos de verbas relativas a auxílio moradia de forma privilegiada. O conselho apura ainda possíveis casos de enriquecimento ilícito.(Folha de São Paulo)

Aprendendo a desensinar.

Não são os cursos de Pedagogia que são péssimos no Brasil. São os pedagogos e a ideologia socialista babaca e fracassada que eles transmitem. Por isso, basicamente são os alunos mais limitados que optam pela carreira. Aqueles que viram massa de manobra para sindicatos e militantes dos partidos de esquerda. Nem na China, que é comunista, os pedagogos misturam política com aprendizado, conforme mostrou, recentemente, uma matéria da revista Veja. Leiam, abaixo, noticia de O Globo. Mais uma matéria que não tem a coragem de ir à essência do problema.

O Brasil terá de correr contra o tempo para conseguir atingir a meta de zerar o déficit de professores no país em 2020. De 2005 a 2009, o país até conseguiu atrair mais alunos para os cursos de Pedagogia e formação de professor de educação básica, mas mais da metade das turmas desistiram antes do fim do curso. O problema, dizem os especialistas, é a falta de valorização do professor. O salário - o piso nacional é de R$1.187,14 - equivale em média a 60% do que ganha outro profissional do mesmo nível no mercado. Segundo dados do Conselho Nacional de Educação, com base em números do IBGE, enquanto o salário de um professor no Distrito Federal fica em média em R$3.472, outros profissionais com formação similar ganham 28% a mais. Em Pernambuco, a diferença é de 48%.

- É um grande desafio, mas estou confiante que podemos alcançar a meta até mesmo antes de 2020 - afirma Luiz Cláudio Costa, secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC). Segundo dados do MEC, em 2005 o país tinha 440.279 matriculados em cursos de Pedagogia ou licenciatura. Quatro anos depois, 118.376 se formaram e nada menos do que 55,36% deles (65.534) em cursos à distância. Na avaliação de Costa, a maioria das pessoas que procura pelos cursos à distância já dava aula, mas não tinha concluído curso algum ou lecionava em disciplina diferente da qual tinha se formado. O número de estudantes que concluiu os cursos presenciais de pedagogia ou de formação de professor de educação básica está em queda. Em 2005, 103.626 se formaram. Em 2007, 79.196. Em 2009, foram 52.842.

Segundo dados do Boletim da Educação no Brasil, publicado pela Fundação Lemann em 2009, boa parte dos estudantes que decidem seguir a carreira tem educação básica fraca. "... Os dados do Enem mostram que 30% dos que ingressam nos cursos de Pedagogia e licenciatura estão entre os piores alunos do ensino médio. Além disso, mesmo entre os graduandos dos cursos de formação docente, 20% afirmam que a carreira de professor é uma segunda opção nos seus planos profissionais", diz o documento. - O desafio é reduzir a evasão. Pessoas ingressam, mas quando olham a valorização de outros profissionais, mudam de área. O Brasil tem avançado, mas na formação de professores estamos aquém dos planos que temos para o país - diz o secretário.

Câncer de Chávez chega ao cérebro.

O ditador da Venezuela, Hugo Chávez, qualificou nesta quarta-feira como "muito estranha" a sucessão de diagnósticos de câncer de vários políticos da América Latina, e levantou a possibilidade de alguém ter desenvolvido "uma tecnologia para induzir" a doença. Em um ato de promoção de militares transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão, Chávez inclusive recomendou cuidados extras a Evo Morales, presidente da Bolívia, e a Rafael Correa, do Equador. A mais nova teoria da conspiração da fantasiosa mente de Chávez surgiu depois do anúncio de que sua colega argentina, Cristina Kirchner, tem um tumor na glândula tireóide O ditador, que também se recupera de um câncer, considerou "muito difícil explicar o que está acontecendo". O venezuelano frisou que "não quer lançar nenhuma acusação temerária", mas questionou: "Seria estranho que tivessem desenvolvido uma tecnologia para induzir o câncer e ninguém saiba até agora e se descubra isto apenas dentro de 50 anos?". Leia mais aqui.

PSDB: juventude unida, jamais será vencida.

A Turma do Chapéu corrigiu a Carta de Goiânia, às 12:58:04 desta data, deixando-a igual ao documento publicado no site da Juventude do PSDB, incluindo o voto distrital PURO e a "transformação da corrupção em crime hediondo E SEM PRESCRIÇÃO". Leia aqui.   

Este post é continuidade do publicado logo abaixo.

PSDB: juventude rachada?


Ontem, no twitter, vários membros da Juventude Tucana, questionaram o post publicado a respeito de mais um racha no PSDB, desta vez sobre a adoção do voto distrital puro. O Blog estava baseando a sua afirmação no fato de que a nova geração do partido, reunida recentemente em Goiânia, assim como instâncias parlamentares do partido, havia abdicado da defesa do voto distrital puro como bandeira (escolheram meia entrada para jovens até 24 anos, maioridade penal aos 16, corrupção como crime hediondo, fim do alistamento militar e primárias para escolha de candidatos) e que isto estaria refletindo um domínio de Aécio Neves (PSDB-MG), que defende o voto distrital misto.

O Blog estava considerando a carta publicada pela Turma do Chapéu, grupo de apoio à candidatura presidencial de Aécio Neves, que é a "infantaria" da Juventude Tucana estando, inclusive, correndo o Brasil com o patrocínio do PSDB. Vejam abaixo o trecho da carta, onde é citada a defesa do VOTO DISTRITAL. Basta clicar sobre a imagem para ampliar.






Pelo twitter oficial, a Juventude do PSDB enviou um novo endereço onde o texto é diferente e a defesa é do VOTO DISTRITAL PURO. Cliquem sobre a imagem abaixo para ler.





Não é uma diferença pequena. É uma enorme diferença. Há, nitidamente, a manipulação de um documento oficial do partido. Ou pode ter sido esquecimento? O voto distrital puro é defesa histórica do PSDB. O voto distrital é genérico e dá guarida ao voto distrital misto, defendido por Aécio Neves (PSDB-MG).

Outro detalhe chama atenção nas duas cartas e fica para a reflexão. O site da Turma do Chapéu cita como bandeira "transformação da corrupção em crime hediondo" , enquanto o site da Juventude do PSDB inclui um " e sem prescrição". Qualquer benefício a Eduardo Azeredo e a integrantes do que ficou conhecido como Mensalão Mineiro pode ser precipitada. Ou não. A verdade é que existem duas cartas dos jovens do PSDB. Uma oficial, no site oficial do partido. A outra que parece ser oficial, mas é da campanha de Aécio Neves.

UNE recebe R$ 44,6 milhões e não presta contas. Onde está o dinheiro?

Hoje a Folha de São Paulo informa que o governo federal está pagando a última parcela dos R$ 44,6 milhões presenteados por Lula para a reconstrução da sede da UNE, queimada "pela ditadura". Até hoje a entidade estudantil não prestou contas dos valores recebidos. E já recebeu R$ 30 milhões. Só foi mostrado o projeto e Lula lançou a pedra fundamental, há um ano atrás. Como é dinheiro público, é obrigação da entidade estudantil mostrar onde está aplicando os recursos. Ainda existe Ministério Público Federal no Brasil? Ainda existe o dinheiro?

Com FHC, um a cada dez "cargos de confiança" eram petistas. Alguma surpresa?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não só abriu mais espaço que seu antecessor, o tucano Fernando Henrique Cardoso, a militantes partidários nos cargos comissionados como privilegiou o PT na distribuição dessas vagas, preenchidas sem concurso público. Já os filiados a partidos de oposição não tiveram lugar entre os comissionados no governo Lula. Pesquisa da cientista política Maria Celina D'Araujo, da PUC-RJ, mostra que, na gestão de Lula (2003-2010), 12,6% dos ocupantes de cargos de Direção de Assessoramento Superior (DAS) eram filiados a partidos políticos, proporção quase duas vezes maior que os 6,5% da administração tucana (1995-2002). Na elite dos cargos comissionados, os DAS-6, a proporção de filiados chegou a 38% no governo do petista, ante 20% do tucano.

Para Maria Celina, a presença de servidores filiados a partidos políticos não é, por si só, um ponto negativo. "O que faz a diferença é como os governantes e os dirigentes a quem a burocracia se reporta vão usar a máquina pública. É deles a responsabilidade. No governo Fernando Henrique houve preocupação em mandar apurar irregularidades. O presidente Lula teve uma posição de contemporizar com os malfeitos, que a presidente Dilma não tolera", disse ela. Segundo o Ministério do Planejamento, há 22 mil ocupantes de cargos DAS no governo. A elite da categoria são os 1.050 funcionários DAS-5, com salário de R$ 20.266,73 mensais, e os 217 DAS-6, que ganham R$ 22.801,67. Há ainda 53 cargos de natureza especial (NES), com salário mensal de R$ 22.801,67.

Entre os comissionados com filiação partidária do governo Lula, 40% eram do PT. Na gestão Fernando Henrique, 20% dos comissionados com filiação partidária eram do PSDB e a mesma proporção era do PMDB, partido que pertencia à base do tucano, migrou para o governo Lula e agora ocupa a Vice-Presidência com Dilma Rousseff. Não havia filiados ao PSDB entre os comissionados do governo Lula, ao passo que, no governo FHC, 10% de ocupantes desses cargos de confiança eram petistas.

"De maneira explícita nota-se uma distribuição mais equilibrada entre os partidos da base no governo FHC. O PT, na oposição, teve uma fatia de cargos de confiança semelhante à de partidos da base como o DEM e o PP. O dado confirma nossa hipótese de que no governo do PSDB não houve uma política de exclusão partidária, pelo menos entre os partidos eleitoralmente mais expressivos naquela ocasião. No governo Lula, a concentração de filiados ao PT foi alta entre as nomeações para os cargos de dirigentes públicos ou para o ministério", diz Maria Celina no estudo "PSDB e PT e o Poder Executivo", publicado pelo Departamento de Sociologia da PUC.

A pesquisadora comparou a lista de comissionados com a relação de filiados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em estudo anterior, publicado no ano passado, Maria Celina mostrou que 46% dos ocupantes de cargos DAS no governo Lula eram filiados a sindicatos. A professora ainda não concluiu a comparação com a gestão FHC.  O estudo divulgado agora apontou também a presença significativa de servidores públicos entre os filiados do PT, o que não se repete entre os militantes tucanos. "O PT já está dentro da máquina pública, é o partido de referência dos funcionários públicos. O PSDB é mais ligado às elites", afirma a professora. A proximidade do PT com o funcionalismo público, onde são altos os índices de sindicalização e partidarização, é uma das razões para a presença maciça de petistas nos quadros federais.

Em entrevista a Maria Celina, FHC afirmou que "o PSDB não se caracteriza como um 'partido demandante', ou como um partido de militância, o que permitiu ao seu governo ter mais margem de ação para empreender uma administração cooperativa com os demais partidos".  Na avaliação de Maria Celina, "a maior concentração de petistas no governo de Lula derivaria desse aspecto militante e mobilizador do PT, que historicamente foi bem-sucedido na aproximação com os movimentos sociais e com os servidores públicos". Segundo ela, o Brasil "tem o melhor funcionalismo da América Latina". (Do Estadão)

Máquina pública devorará R$ 203 bi em 2012.

Se os custos com a máquina pública fossem reduzidos pela metade, cada brasileiro que trabalha receberia mais R$ 1.000,00 por ano, em média. Com uma máquina deste tamanho não há PIB que aguente.
A presidente Dilma Rousseff saiu vitoriosa na queda de braço com servidores do Judiciário e do Legislativo que queriam reajustes aprovados no Orçamento da União de 2012. Mas, mesmo sem novos reajustes, os gastos com pessoal e encargos sociais dos três Poderes no ano que vem ultrapassarão a barreira dos R$200 bilhões. O volume chega a R$203,24 bilhões, contra R$199,7 bilhões de 2011. O governo informa que os gastos com pessoal representam 8,9% de toda a despesa prevista para 2012. A gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma explosão de aumentos. O plano de Lula foi de concessão de reajustes por categorias, numa política de valorização de carreiras de Estado.

Descontada a chamada Contribuição Patronal Para Seguridade do Servidor (CPSS) - que a União coloca no regime previdenciário do servidor - o gasto direto em 2012 fica em cerca de R$188 bilhões. A folha de 2011 ainda foi elaborada com o impacto de algumas das parcelas dos aumentos iniciados em 2008. Somente agora, em 2012, a nova presidente elaborou uma proposta orçamentária dentro de uma nova ótica, de dar um freio nos gastos com pessoal. Para 2012, a previsão é de essas despesas representem 4,15% do PIB. O discurso da presidente Dilma tem sido de que é preciso ter cautela com gastos diante da crise internacional. Mas a promessa é retomar discussões com as categorias ao longo de 2012.

Sem nenhum aumento, os gastos com o Poder Judiciário serão de R$23,38 bilhões. A mensagem ainda fixou em R$7,1 bilhões as despesas de pessoal do Poder Legislativo; R$3 bilhões do Ministério Público da União (MPU) e R$169,5 bilhões as despesas do Poder Executivo. O valor inclui vencimentos, encargos sociais e pagamentos de sentenças judiciais. Segundo a Comissão Mista de Orçamento, levando em conta os valores da mensagem presidencial, o Executivo representará 27,42% (quando seu limite é 40,2%); o Judiciário ficará com 3,78% (quando seu limite é 6%); o Legislativo terá 1,16% (quando seu limite é 2,5%) e o Ministério Público da União terá 0,49% (quando seu limite é 0,6%). (O Globo)

TSE pode cassar governador petista.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a cassação dos mandatos do governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), e de seu vice, Jackson Barreto, por abuso de poder econômico. O recurso do MPE é contra a decisão do TRE de Sergipe que manteve o mandato do governador. Os dois foram acusados de publicidade ilegal três meses antes da eleição de 2010. Déda é acusado ainda de usar a residência oficial em campanha. (O Globo)

Aécio domina o PSDB, rasga o estatuto do partido e abandona o voto distrital puro.

José Serra (PSDB-SP) defende a introdução do voto distrital nas eleições municipais no ano que vem. Para ele, seria a chance de introduzir o voto distrital para a escolha de vereadores nos 80 municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores. Essas cidades somam hoje, aproximadamente, 47 milhões de eleitores – algo em torno de 38% do eleitorado brasileiro. Para Serra, seriam verdadeiros agentes de uma nova política.

Já Aécio Neves (PSDB-MG)  defende o voto distrital misto, aquele em que o partido apresenta um candidato em cada distrito eleitoral (área de um estado demarcada como região eleitoral) e também uma lista de candidatos. Metade das vagas é ocupada pelos candidatos distritais e a outra metade pelos candidatos apresentados na lista. 

Como sempre, o mineiro fica em cima do muro, quando tem que defender alguma idéia mais arrojada. No entanto, nos bastidores, age para boicotar o voto distrital dentro do partido. O domínio financeiro que exerce sobre a Juventude Tucana fez com a mesma, em recente encontro, não transformasse o voto distrital em bandeira. Preferiram defender o fim do alistamento militar obrigatório. Agora, da Pernambuco de Sérgio Guerra, presidente do partido, vem o novo líder do PSDB na Câmara Federal, que informa que o voto distrital  puro não é mais bandeira dos tucanos. Como podemos ver, o PSDB virou mesmo o Partido da Traição. Até mesmo da própria história e do próprio estatuto.

PSDB e PT são unha e carne em Minas Gerais. Isto explica muita coisa.

Tentem achar uma foto destas com o José Serra levantando braço de petista....tipo o consultor Fernando Pimentel...

Estão chegando as eleições municipais e não será diferente. PSDB e PT estarão novamente unidos, trocando favores em Minas Gerais. Os petistas entregam o estado para os tucanos. Os tucanos garantem a vitória dos petistas nas eleições presidenciais, entregando o país como em 2002, 2006 e 2010. De brinde, negociam Belo Horizonte. É assim que Aécio reina por lá.

Querem a prova? Nas eleições municipais de 2008, o PT foi cabeça de chapa com o apoio do PSDB em 33 municípios. Venceu em 21 cidades. Já o PSDB foi cabeça de chapa em 58 cidades com o apoio dos petistas, vencendo em  30 localidades. No total, PT e PSDB estiveram unidos em 91 municípios de Minas Gerais.

Como agora o PSDB de Minas Gerais resolveu meter o bedelho em São Paulo, está criticando Gilberto Kassab, do PSD, por fazer alianças com o PT em algumas cidades, como se isso fosse coisa do outro mundo. Como se não fosse uma prática consagrada nas terras mineiras. 

O objetivo é minar a candidatura do PSD em São Paulo, com o objetivo de impor a José Serra a sua candidatura, eliminando-o da corrida presidencial. Os tucanos mineiros são muito previsíveis. Resta saber se os tucanos paulistas são tontos para não enxergarem uma jogada tão furreca.
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Estão pensando no DEM?

Pois o DEM de Minas Gerais foi cabeça de chapa coloigado com o PT em 33 prefeituras. Venceu em 16. Em duas cidades a coligação era a mais esquisita do mundo: prefeito do DEM, vice do PT e ninguém mais. Obviamente, perderam.

E o PT coligado com o DEM? Sim, também estiveram amaziados em 27 cidades mineiras, sendo que o PT elegeu 17 prefeitos com o apoio dos Democratas.

Seis indicadores do fracasso do Haddad.

Um levantamento da Veja mostra o quanto a gestão de Fernando Haddad no Ministério da Educação foi catastrófica para a educação brasileira. Clique aqui e conheça.

Melhores 2010 da Veja: nenhum deputado petista, nenhum senador tucano.

A Veja elaborou um ranking para classificar deputados federais e senadores com base no seu ativismo legislativo em favor de um Brasil mais moderno e competitivo. O trabalho foi realizado em conjunto com o Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ (IESP-UERJ). Entre os 30 deputados federais, nenhum petista e 15 tucanos. O melhor classificado, com nota 10, foi Eduardo Barbosa, do PSDB de Minas Gerais. Entre os 15 senadores, nenhum tucano e 4 petistas. O melhor colocado foi Francisco Dornelles, do PP do Rio, com média 7,3.Dornelles, com 76 anos, é tio do jovem e moderno senador Aécio Neves (PSDB-MG), que não apareceu no Senado e, obviamente, não fez parte do ranking.

Um ano de Dilma e nada a comemorar.

O governo Dilma completa seu primeiro ano. O que pode ser dito sobre sua gestão até aqui? De forma resumida, o governo não parece à altura dos desafios que o país enfrenta. A sensação que fica é que a presidente deseja empurrar os problemas com a barriga, na expectativa de que cheguemos logo em 2014. Durante as eleições, foi vendida a imagem de que Dilma era uma eficiente gestora que atuava nos bastidores. Deve ser uma atuação muito discreta mesmo, pois os resultados custam a aparecer. O que vimos foi uma série de atrasos em importantes obras públicas, além do corte nos investimentos como meio para atingir as metas fiscais, já que o governo foi incapaz de reduzir os gastos correntes. A privatização dos caóticos aeroportos nem saiu ainda!
 
A economia perdeu força e chega ao fim do ano com crescimento pífio. O Ibovespa cai quase 20%. A inflação deve romper o topo da já elevada meta, com o setor de serviços subindo mais de 9%. Trata-se do resultado dos estímulos estatais do modelo "desenvolvimentista", que olha apenas o curto prazo. O BNDES, com seu "orçamento paralelo", tenta compensar a ausência das reformas que dariam maior dinamismo à economia. O país vive em um verdadeiro manicômio tributário, não apenas pela magnitude dos impostos, como por sua enorme complexidade. O que o governo fez? Tentou resgatar a CPMF. A receita tributária sobe sem parar, fruto da gula insaciável do governo. Para piorar, há sinais de incrível retrocesso protecionista, como na elevação do IPI para carros importados.
 
Nossas leis trabalhistas são ultrapassadas, distribuindo privilégios demais aos que possuem carteira assinada à custa daqueles na informalidade. As máfias sindicais vivem do indecente "imposto sindical". O que fez o governo para reverter este quadro? A demografia brasileira ainda permite algum tempo para reformar o sistema previdenciário antes de uma catástrofe nos moldes da Europa, lembrando que lá os países ao menos ficaram ricos antes de envelhecerem. Mas o Brasil, mesmo com população jovem, apresenta um rombo previdenciário insustentável. Onde está a reforma?
 
A educação pública no Brasil continua de péssima qualidade, e a presidente resolveu manter Fernando Haddad no ministério mesmo depois de seguidos tropeços. O MEC está cada vez mais ideologizado. Nada de concreto foi feito para enfrentar o corporativismo no setor e impor maior meritocracia. Alguns podem argumentar que existe "vontade política", mas a necessidade de preservar a "governabilidade" não permite grandes mudanças. Ora, foi o próprio PT quem buscou este modelo de poder! O presidente Lula teve oito anos para lutar por uma reforma política, mas o "mensalão" pareceu um atalho mais atraente. O governo ficou refém de uma colcha de retalhos sem nenhuma afinidade programática. Tudo se resume à partilha do butim da coisa pública.
 
O resultado está aí: "nunca antes na história deste país" tivemos tantos escândalos de corrupção em apenas um ano de governo. Seis ministros já caíram por conta disso, e outro está na corda bamba. E aqui surge o grande paradoxo: a popularidade da presidente segue em patamar elevado. A classe média parece ter acreditado na imagem de "faxineira" intolerante com os "malfeitos". Se a gestora eficiente não convence mais em uma economia em franca desaceleração, então ao menos se tem a bandeira ética como refúgio.

Mas esta não resiste a um minuto de reflexão. Todos os escândalos foram apontados pela imprensa, e a reação do governo sempre foi a de ganhar tempo ou proteger os acusados. O caso mais recente, do ministro Fernando Pimentel, que prestou "consultorias" milionárias entre um cargo público e outro, derruba de vez a máscara da "faxina". O caso se assemelha bastante ao de Palocci, e a própria presidente Dilma declarou que este só saiu porque quis.

Não há intolerância alguma com "malfeitos". Ao contrário, este é um governo envolto em escândalos, cuja responsabilidade é, em última instância, sempre da própria presidente, que escolhe seus ministros. É questão de tempo até a maioria perceber que esta "faxina ética" não passa de um engodo. O governo Dilma, em seu primeiro ano, não soube aproveitar o capital político fruto da popularidade elevada: não apresentou nenhuma reforma relevante; não cortou gastos públicos; reduziu os investimentos; ressuscitou fantasmas ideológicos como o protecionismo; não debelou a ameaça inflacionária; e entregou fraco crescimento. Isso tudo além dos infindáveis escândalos de corrupção. Um começo medíocre, sendo bastante obsequioso.

Artigo de Rodrigo Constantino, intitulado "Um começo medíocre", publicado hoje em O Globo.

A crise chegou.

As vendas em shoppings centers cresceram apenas 5,5%. Com inflação de 6,5%, a queda é de 1%. No comércio em geral, estima-se um crescimento de 2,5%, o que indica uma queda de 4%. Tudo em relação a 2010. A receita petista de 2008 e 2009 não funcionou, com mais crédito e mais subsídios. O melhor termômetro para verificar a extensão e o tamanho de uma crise é o popular balcão. O brasileiro comprou menos. O brasileiro está com medo de perder o emprego. O brasileiro está endividado. Não dá para entender o que Dilma Rousseff está fazendo de barriga pra cima numa praia da Bahia. Deveria estar montando um gabinete de crise. Trabalhando 24 horas por dia. Nós a pagamos para isso. Não queremos, como disse Guido Mantega, ministro da Fazenda, esperar 20 anos para ter um padrão europeu de vida. Nós temos PIB, que é o resultado do suor de cada um de nós, para alcançar o primeiromundismo antes disso. Mas não será com uma presidente em férias que vamos conseguir. Já para o trabalho, Dilma Rousseff!

Voto de cabresto.


A foto, de maio passado, mostra Aécio Neves(PSDB-MG) consolando o choroso e magoado deputado Jorginho Mello (PSDB-SC), que disputa a liderança do partido no estado com Leonel Pavan, ex-governador catarinense, que tem o apoio de José Serra (PSDB-SP). Mello foi um dos quatro deputados tucanos que votou a favor da CPI do Protógenes. Precisa desenhar?

Querem impor a mordaça.

Não é novidade a forma de agir dos donos do poder. Nas três últimas eleições presidenciais, o PT e seus comparsas produziram dossiês, violaram sigilos fiscais e bancários, espalharam boatos, caluniaram seus opositores, montaram farsas. Não tiveram receio de transgredir a Constituição e todo aparato legal. Para ganhar, praticaram a estratégia do vale-tudo. Transformaram seus militantes, incrustados na máquina do Estado, em informantes, em difamadores dos cidadãos. A máquina petista virou uma Stasi tropical, tão truculenta como aquela que oprimiu os alemães-orientais durante 40 anos.

A truculência é uma forma fascista de evitar o confronto de ideias. Para os fascistas, o debate é nocivo à sua forma de domínio, de controle absoluto da sociedade, pois pressupõe a existência do opositor. Para o PT, que segue esta linha, a política não é o espaço da cidadania. Na verdade, os petistas odeiam a política. Fizeram nos últimos anos um trabalho de despolitizar os confrontos ideológicos e infantilizaram as divergências (basta recordar a denominação "mãe do PAC").

A pluralidade ideológica e a alternância do poder foram somente suportadas. Na verdade, os petistas odeiam ter de conviver com a democracia. No passado adjetivavam o regime como "burguês"; hoje, como detém o poder, demonizam todos aqueles que se colocam contra o seu projeto autoritário. Enxergam na Venezuela, no Equador e, mais recentemente, na Argentina exemplos para serem seguidos. Querem, como nestes três países, amordaçar os meios de comunicação e impor a ferro e fogo seu domínio sobre a sociedade. Mesmo com todo o poder de Estado, nunca conseguiram vencer, no primeiro turno, uma eleição presidencial. Encontraram resistência por parte de milhões de eleitores. Mas não desistiram de seus propósitos. Querem controlar a imprensa de qualquer forma. Para isso contam com o poder financeiro do governo e de seus asseclas. Compram consciências sem nenhum recato. E não faltam vendedores sequiosos para mamar nas tetas do Estado. 

O panfleto de Amaury Ribeiro Junior ("A privataria tucana") é apenas um produto da máquina petista de triturar reputações. Foi produzido nos esgotos do Palácio do Planalto. E foi publicado, neste momento, justamente com a intenção de desviar a atenção nacional dos sucessivos escândalos de corrupção do governo federal. A marca oficialista é tão evidente que, na quarta capa, o editor usa a expressão "malfeito", popularizada recentemente pela presidente Dilma Rousseff quando defendeu seus ministros corruptos.
Sob o pretexto de criticar as privatizações, focou exclusivamente o seu panfleto em José Serra. O autor chegou a pagar a um despachante para violar os sigilos fiscais de vários cidadãos, tudo isso sob a proteção de uma funcionária (petista, claro) da agência da Receita Federal, em Mauá, região metropolitana de São Paulo. Ribeiro - que está sendo processado - não tem vergonha de confessar o crime. Disse que não sabia como o despachante obtinha as informações sigilosas. Usou 130 páginas para transcrever documentos sem nenhuma relação com o texto, como uma tentativa de apresentar seriedade, pesquisa, na elaboração das calúnias. Na verdade, não tinha como ocupar as páginas do panfleto com outras reportagens requentadas (a maioria publicada na revista "IstoÉ").

Demonstrando absoluto desconhecimento do processo das privatizações, o autor construiu um texto desconexo. Começa contando que sofreu um atentado quando investigava o tráfico de drogas em uma cidade-satélite do Distrito Federal. Depois apresenta uma enorme barafunda de nomes e informações. Fala até de um diamante cor-de-rosa que teria saído clandestinamente do país. Passa por Fernandinho Beira-Mar, o juiz Nicolau e por Ricardo Teixeira. Chega até a desenvolver uma tese que as lan houses, na periferia, facilitam a ação dos traficantes. Termina o longo arrazoado dizendo que foi obrigado a fugir de Brasília (sem explicar algum motivo razoável).

O panfleto não tem o mínimo sentido. Poderia servir - pela prática petista - como um dossiê, destes que o partido usa habitualmente para coagir e tentar desmoralizar seus adversários nas eleições (vale recordar que Ribeiro trabalhou na campanha presidencial de Dilma). O autor faz afirmações megalomaníacas, sem nenhuma comprovação. A edição foi tão malfeita que não tomaram nem o cuidado de atualizar as reportagens requentadas, como na página 170, quando é dito que "o primo do hoje candidato tucano à Presidência da República..." A eleição foi em 2010 e o livro foi publicado em novembro de 2011 (e, segundo o autor, concluído em junho deste ano).

O panfleto deveria ser ignorado. Porém, o Ministério da Verdade petista, digno de George Orwell, construiu um verdadeiro rolo compressor. Criou a farsa do livro invisível, isto quando recebeu ampla cobertura televisiva da rede onde o jornalista dá expediente. Junto às centenas de vozes de aluguel, Ribeiro quis transformar o texto difamatório em denúncia. Fracassou. O panfleto não para em pé e logo cairá no esquecimento. Mas deixa uma lição: o PT não vai deixar o poder tão facilmente, como alguns ingênuos imaginam. Usará de todos os instrumentos de intimidação contra seus adversários, mesmo aqueles que hoje silenciam, acreditando que estão "pela covardia" protegidos da fúria fascista. O PT não terá dúvida em rasgar a Constituição, se for necessário ao seu plano de perpetuação no poder. O panfleto é somente uma pequena peça da estrutura fascista do petismo.

Artigo de Marco Antonio Villa, publicado hoje em O Globo.

Se Agripino tivesse tido com a Dilma a coragem que tem contra o PSD...

Não há a mínima dúvida que o maior artíficie do poste não foi Lula. Foi José Agripino Maia, senador pelo DEM, quando não sustentou as suas afirmações a respeito de Dilma Rousseff, sendo por ela calado e humilhado dentro do Senado. Não teve coragem para a tréplica. Viu ali enterrada a sua chance de ser o vice de José Serra, pois aquele momento de covardia destruiria a campanha. Mais tarde, na cisão do DEM, que deu origem ao PSD, Agripino ficou até a última hora, até a undécima hora, escolhendo de que lado estaria. Sem chance de protagonismo no novo partido, ficou com o DEM e virou presidente da legenda. A partir daí, moveu uma furiosa perseguição contra o PSD, primeiro tentando inviabilizá-lo juridicamente, posteriormente comandando uma rede de mentiras e, finalmente, assumindo uma posição agressiva e infantil,  tentando manchar reputações, enquanto o seu partido mingua e desaparece. Abaixo, a "corajosa" entrevista do "corajoso" Agripino, publicada pelo Estadão.

Depois de perder 17 de seus 43 deputados federais, um de seis senadores e um dos dois governadores eleitos em 2010 - a maioria para o PSD do prefeito paulistano, Gilberto Kassab -, o DEM quer recuperar espaço nas eleições municipais de 2012 e se fortalecer para 2014, incluindo a hipótese de voo solo para a sucessão presidencial. Para o senador José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM, o partido perdeu em número de quadros, mas não na essência. Mantendo o discurso crítico ao PT e a defesa de políticas como as privatizações, Agripino afirma que o apoio a um candidato do PSDB em 2014 "não é compulsório". "Se crescermos nas eleições municipais, é evidente que teremos condições de disputar uma eleição presidencial", afirmou. O senador disse que as relações com os ex-correligionários que hoje estão no PSD "são civilizadas, mas é eles para lá e nós para cá".

A criação do PSD foi o mais duro golpe dado contra o DEM? 
Eu não diria isso. Foi um golpe que nos atingiu numericamente, mas não na nossa essência. As figuras emblemáticas do partido ficaram todas. O partido perdeu aqueles que fizeram uma clara opção pelo seu interesse pessoal. Os que tinham consciência partidária, aqueles que guardam a história do partido, esses ficaram todos.

O sr. assumiu o partido diante de uma crise interna sem precedentes. Algo poderia ter sido feito para evitar essa debandada? 
Eu poderia ter feito algo se concordasse com a desfiguração do partido. Em um dado momento, ficou claro que não haveria perda numérica se nos anexássemos a uma outra agremiação ou se mudássemos a orientação do partido. Isso aí nem eu nem os que ficaram concordavam.

Alguns sugeriram que o DEM poderia ser incorporado ao PSDB. Essa possibilidade existe? 
Essa hipótese não está nas nossas conjecturas. O DEM é um partido que, se perdeu as eleições, a ele está reservado o papel de oposição. A democracia é governo e oposição.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o PSDB perdeu, até certo ponto, o rumo. O sr. também pensa assim? 
O PSDB não está sem rumo. Ele está precisando se reencontrar. O PSDB é outro partido que, como nós, tem história. O que é preciso é o partido se reencontrar com sua história. O PSDB tem de se reencontrar com a formulação programática que deu os ganhos que o Brasil teve com o governo Fernando Henrique Cardoso/Marco Maciel.

E o que fez o PSDB se desencontrar?
Fica difícil fazer uma avaliação crítica de um parceiro, mas vamos lá. Nas campanhas eleitorais, o PSDB - e isso é uma crítica feita de modo geral - permitiu que transformassem o processo de privatização em uma coisa demonizada, quando na verdade foi importante. O PSDB intimidou-se da necessidade de defender a modernidade frente à caridade defendida pelo PT.

Quem é hoje o maior inimigo do DEM? É o PT ou o PSD?
São as ideias atrasadas. O tamanho gigante da máquina pública, o gasto público desmesurado, a carga de impostos incivilizada, esses são nossos grandes inimigos. E é claro que o PT defende isso tudo. O PT pratica isso. O PT e todos aqueles que dão guarida ao PT.

Como ficaram as relações do partido com os ex-filiados que migraram para o PSD?
São civilizadas, mas eles para lá e nós para cá.

Há a hipótese de o DEM fazer alianças regionais ou nacionais com o PSD?
O PSD é um partido feito por pessoas que não têm uma história. O DEM tem uma história. Na hora que fizermos uma aliança com o PSD, nós estaremos emprestando nossa história a quem não tem história.

Então não há possibilidade de o DEM apoiar em São Paulo uma aliança que inclua o PSD?
Não posso falar sobre fatos que vão ocorrer no ano que entra, mas não está nos planos.

Como o DEM pretende recuperar o espaço perdido nas eleições municipais de 2012? 
O DEM não tem hoje nenhum prefeito nas capitais, mas temos candidatos fortes em Aracaju, Campo Grande, Salvador, Recife e Fortaleza. Nós entramos na disputa de 2012 com uma chance de sermos maiores do que somos hoje. A expectativa para as eleições municipais, considerado o quadro que existe hoje, é de franco crescimento.
Os partidos de oposição falharam no primeiro ano de gestão da presidente Dilma Rousseff? 
Eu acho que não falharam. Toda administração em começo de governo é muito forte. A oposição tem feito seu papel. Agora, infelizmente, nós não temos mais um número suficiente de parlamentares para instalarmos CPIs. E o governo federal tem conseguido, apesar de tudo, com o número que dispõe, evitar processos efetivos de investigação. As demissões ministeriais têm ocorrido por pressão da imprensa, da oposição e da opinião pública, nunca por iniciativa do governo. Essa história de faxina é para inglês ver.

O DEM leva a sério a hipótese de candidatura própria em 2014? 
É claro que é para valer. Um partido com a história do DEM não pode perder de vista a perspectiva de participar de eleições presidenciais. A meta, de forma muito pragmática, é crescer em 2012. Se crescermos, é evidente que teremos condições de disputar uma eleição presidencial. Nossa interlocução preferencial é com o PSDB, mas não é compulsória. Temos a obrigação de buscarmos os caminhos do nosso crescimento e, mais na frente, vamos avaliar as conveniências partidárias para termos alianças ou não.

O sr. considera desgastada a polarização entre PT e PSDB?
Os fatos estão mostrando que, dentro da própria base do governo federal, há o surgimento de pretensões novas. A aliança do PSB com o PSD em torno do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a posição do PMDB de luta por hegemonia mostram claramente que esses partidos têm pretensões e que, na hora certa, essas pretensões vão ser colocadas na mesa.

Mercadante acha a carga tributária brasileira exagerada e dá dinheiro para estudantes comprarem laptop no exterior.

Segundo o Painel da Folha, por limitação de tempo, a primeira leva de bolsistas do Ciência sem Fronteiras seguirá para o exterior sem o laptop que o governo federal prometeu entregar a cada participante do programa. Quando já estiverem em sua universidade de destino, eles receberão o dinheiro para comprar o equipamento.Na verdade, o ministro da Ciência e Tecnologia, futuro ministro da Educação, Aloisio Mercadante, está reconhecendo que a carga tributária brasileira é muito alta e que é mais vantagem comprar melhor e mais barato lá fora. Azar da indústria e do comércio nacional.

Não caia nessa, Serra.

Mesmo sabendo que José Serra (PSDB-SP) não é candidato, a não ser nos sonhos de Aécio Neves (PSDB-MG), a Band e o Ibope mostram o tucano na liderança para a prefeitura paulistana. E afundam Afid, do PSD. Entenderam a jogada?

O ex-prefeito e ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) lidera a intenção de voto para as eleições municipais de 2012 na capital paulista. Os dados constam de pesquisa encomendada pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação e divulgada nesta segunda-feira pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística). O tucano aparece à frente de Netinho de Paula (PC do B) nos dois cenários em que ambos aparecem juntos.

Em um dos cenários, Serra aparece à frente com 20% das intenções de voto, contra 14% de Netinho de Paula. Em seguida aparece Paulinho da Força (PDT), com 8%; Soninha (PSB), somando 6%; Gabriel Chalita (PMDB), chegando a 5%; Fernando Haddad (PT), com 4%; e Guilherme Afif Domingos (PSD), com 3%. Dos entrevistados, 29 votariam em branco ou nulo e 9% estão indecisos.

No outro cenário opondo Serra e Netinho, mas com Paulo Skaf no lugar de Chalita, o tucano lidera com 18%, contra 15% do adversário. Paulinho da Força, Soninha e Afif mantêm a mesma porcentagem da projeção anterior, enquanto Haddad atinge 5% e Skaf 4%. Do total, 30% votariam em branco ou nulo, enquanto 9% estariam indecisos.

Nas demais projeções, em que o PSDB aparece com outros candidatos, Netinho de Paula está à frente, com Paulinho em segundo lugar.

Outras avaliações

Na pesquisa que avalia o potencial de voto, 15% dos entrevistados afirmam que votariam com certeza em Serra, enquanto 11% afirmaram que votarão em Netinho. Em seguida, aparece Paulinho da Força, com 6%, e Gabriel Chalita, com 5%. Soninha, Paulo Skaf e Fernando Haddad aparecem com 4%.

Na pesquisa espontânea, Serra também aparece à frente de Netinho, com 5%. Netinho de Paula e Marta Suplicy aparecem com 3%.

Netinho de Paula aparece com a maior rejeição entre os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo. Na pesquisa de potencial de voto, 48% afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum, contra 44% de Paulinho da Força e 39% de José Serra.

Para a realização da pesquisa, forma entrevistadas 612 pessoas entre os dias 3 e 6 de dezembro deste ano.
 

Verônica Serra desmonta os mercadores de reputações.

Leiam, abaixo, a nota oficial de Verônica Serra, perseguida pela esgotosfera e pelos bandidos a serviços de petistas e de um certo tipo de tucano que coloca o seu projeto pessoal acima de qualquer coisa, inclusive da lei:

Nos últimos dias, têm sido publicadas e republicadas, na imprensa escrita e eletrônica, insinuações e acusações totalmente falsas a meu respeito. São notícias plantadas desde 2002 — ano em que meu pai foi candidato a presidente pela primeira vez — e repetidas em todas as campanhas posteriores, não obstantes os esclarecimentos prestados a cada oportunidade. Basta lembrar que, em 2010, fui vítima de quebra ilegal de sigilo fiscal, tendo seus autores sido indiciados pela Polícia Federal. E, agora, uma organizada e fartamente financiada rede de difamação dedicou-se a propalar infâmias intensamente através de um livro e pela internet. Para atingir meu pai, buscam atacar a sua família com mentiras e torpezas.

    1. Quais são os fatos?

    - Nunca estive envolvida nem remotamente com qualquer tipo de movimentação ilegal de recursos.

    - Nunca fui ré em processo nem indiciada pela Polícia Federal; fui, isto sim, vítima dos crimes de pessoas hoje indiciadas.

    - Jamais intermediei nenhum negócio entre empresa privada e setor público no Brasil ou em qualquer parte do mundo.

    - Não fui sócia de Verônica Dantas, apenas integramos o mesmo conselho de administração.

Faço uma breve reconstituição desses fatos, comprováveis por farta documentação.

    2. No período entre Setembro de 1998 e Março de 2001, trabalhei em um fundo chamado International Real Returns (IRR) e atuava como sua representante no Brasil. Minha atuação no IRR restringia-se à de representante do Fundo em seus investimentos. Em nenhum momento fui sua sócia ou acionista. Há provas.

    3. Esse fundo, de forma absolutamente regular e dentro de seu escopo de atuação, realizou um investimento na empresa de tecnologia Decidir. Como conseqüência desse investimento, o IRR passou a deter uma participação minoritária na empresa.

    4. A Decidir era uma empresa “ponto.com”, provedora de três serviços: (I) checagem de crédito; (II) verificação de identidade e (III) processamento de assinaturas eletrônicas. A empresa foi fundada na Argentina, tinha sede em Buenos Aires, onde, aliás, se encontrava sua área de desenvolvimento e tecnologia. No fim da década de 90, passou a operar no Brasil, no Chile e no México, criando também uma subsidiária em Miami, com a intenção de operar no mercado norte-americano.

    5. Era uma empresa real, com funcionários, faturamento, clientes e potencial de expansão. Ao contrário do que afirmam detratores levianos, sem provar nada, a Decidir não era uma empresa de fachada para operar negócios escusos. Todas e quaisquer transações relacionadas aos aportes de investimento eram registradas nos órgãos competentes.

    6. Em conseqüência do investimento feito pelo IRR na Decidir, passei a integrar o seu Conselho de Administração (ou, na língua inglesa, “Board of Directors”), representando o fundo para o qual trabalhava.

    7. À época do primeiro investimento feito pelo IRR na Decidir, o fundo de investimento Citibank Venture Capital (CVC) – administrado, no âmbito da América Latina, desde Nova Iorque – liderou a operação.

    8. Como o CVC tinha uma parceria com o Opportunity para realizar investimentos no Brasil, convidou-o a co-investir na Decidir, cedendo uma parte menor de seu aporte. Na mesma operação de capitalização da Decidir, investiram grandes e experientes fundos internacionais, dentre os quais se destacaram o HSBC, GE Capital e Cima Investments.

    9. Nessa época, da mesma forma como eu fui indicada para representar o IRR no Conselho de Administração da Decidir, a Sra. Veronica Dantas foi indicada para participar desse mesmo conselho pelo Fundo Opportunity. Éramos duas conselheiras (e não sócias), representando fundos distintos, sem relação entre si anterior ou posterior a esta posição no conselho da empresa.

    10. O fato acima, no entanto, serviu de pretexto para a afirmação (feita pela primeira vez em 2002) de que eu fui sócia de Verônica Dantas e, numa ilação maldosa, de que estive ligada às atividades do empresário Daniel Dantas no processo de privatização do setor de telecomunicações no Brasil. Em 1998, quando houve a privatização, eu morava há quatro anos nos Estados Unidos, onde estudei em Harvard e trabalhei em Nova York numa empresa americana que não tinha nenhum negócio no Brasil, muito menos com a privatização.

    11. Participar de um mesmo Conselho de Administração, representando terceiros, o que é comum no mundo dos negócios, não caracteriza sociedade. Não fundamos empresa juntas, nem chegamos a nos conhecer, pois o Opportunity destacava um de seus funcionários para acompanhar as reuniões do conselho da Decidir, realizadas sempre em Buenos Aires.

    12. Outra mentira grotesca sustenta que fui indiciada pela Polícia Federal em processo que investiga eventuais quebras de sigilo. Não fui ré nem indiciada. Nunca fui ouvida, como pode comprovar a própria Polícia Federal. Certidão sobre tal processo,  da Terceira Vara Criminal de São Paulo, de 23/12/2011, atesta que “Verônica Serra não prestou declarações em sede policial, não foi indiciada nos referidos autos, tampouco houve oferecimento de denúncia em relação à mesma.”

    13. Minhas ligações com a Decidir terminaram formalmente em Julho de 2001, pouco após deixar o IRR, fundo para o qual trabalhava. Isso ressalta a profunda má fé das alegações de um envolvimento meu com operações financeiras da Decidir realizadas em 2006. Essas operações de 2006 – cinco anos após minha saída da empresa – são mostradas num fac-símile publicado pelos detratores, como se eu ainda estivesse na empresa. Não foi mostrado (pois não existe) nenhum documento que comprove qualquer participação minha naquelas operações. Os que pretendem atacar minha honra confiam em que seus eventuais leitores não examinem fac-símiles que publicam, nem confiram datas e verifiquem que nomes são citados.

    14. Mentem, também, ao insinuar que eu intermediei negócios da Decidir com governos no Brasil. Enquanto eu estive na Decidir, a empresa jamais participou de nenhuma licitação.

Encerro destacando que posso comprovar cada uma das afirmações que faço aqui. Já os caluniadores e difamadores não podem provar uma só de suas acusações e vão responder por isso na justiça. Resta-me confiar na Polícia e na Justiça do meu país, para que os mercadores da reputação alheia não fiquem impunes.