Toca fogo!

O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antônio Pagot, fez uma declaração surpreendente em uma reunião com prefeitos do oeste do Paraná. Os prefeitos se queixavam que um trecho da Rodovia Federal 277, que está sob concessão, não foi duplicado pela empresa. “Não tem mais o que discutir não, tem que duplicar. Se a empresa não duplicar, tira e põe outra. Entendeu? Não tem, sabe, acabou, então, entendeu? Qualquer coisa vamos queimar as praças de pedágio, vamos tocar fogo nas coisas, entendeu? É desse jeito, só pode ser. Só vale para o Rio Grande do Sul isso? Só vale para o Ceará isso? Vamos, espera minha gente, chega, vamos dar um basta, entendeu? Tem que ser. A hora é de ousadia, já perdeu muito tempo, já ficamos muito pra trás. Veja o que acontece em outras regiões brasileiras, outros estados menos desenvolvidos que conseguiram muito mais do que nós aqui”. (JN)

Ibama jogando para a torcida.

Que o Ibama é instituição incompetente e eivada de corrupção todo o Brasil sabe. Agora a Folha Poder publica uma notícia de que o órgão acaba de multar a Madeireira Bel Monte, de Nova Ipixuna, no Pará. Na verdade, esta empresa já havia sido multada em 2007, em Goiás, tendo sido oficiada para apresentar defesa apenas no dia 15 de março de 2011. De 2007 a 2011, nada aconteceu e a empresa até de estado mudou. E é a mesma madeireira, com o mesmo CNPJ 63.808.794/0001-34. Aqui o Edital de Notificação da multa de 2007. Aqui a notícia de hoje da Folha Poder. É o Ibama tentando mostrar serviço.

Vá se queixar para o bispo.

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a sentença de primeeira instância que condenou o jornalista Paulo Henrique Amorim, da TV Record, a indenizar em R$ 30 mil por danos morais o diretor de jornalismo da TV Globo, Ali Kamel. O jornalista havia dito em seu site que Kamel é racista. No dia 19 de abril, a 1ª Câmara Cível da mesma corte já havia condenado o blogueiro a indenizar em R$ 200 mil o banqueiro Daniel Dantas, por abuso do dever de informar. Em seu blog, Amorim criticou Ali Kamel pela autoria do livro Não Somos Racistas. Uma reação aos que querem nos transformar numa nação bicolor: "Racista é o Ali Kamel"; "Ali Kamel, aquele que escreveu um livro racista para dizer que não há racismo no Brasil".Leia mais aqui.

Código Florestal: petista vai descontar o que desmatou no Acre no lombo dos pequenos produtores de todo o Brasil?

Jorge Viana(PT-AC) não gosta só de helicópteros. Ele também gosta de motosserras. Nos seis primeiros anos da sua gestão como governador do Acre, o seu estado desmatou quase 5.000 km2. Mais de três cidades de São Paulo. O desmatamento aumentou 42% no período. Em apenas seis anos, Jorge Viana (PT-AC) foi o governador responsável por 30% de todo o desmatamento da história do Acre. Com ele, o Acre perdeu 5% das suas florestas. É ele, o amigo da Marina Cara de Mogno, que vai relatar o Código Florestal. Ele já promete mudar o que a Câmara decidiu por ampla maioria. Se isso acontecer será uma vergonha para o Senado da República. Será uma vergonha para o Parlamento. Agora que os madeireiros e grandes frigoríficos do Acre já foram favorecidos no governo Viana, é inaceitável que ele venha descontar o desmatamento que  promoveu, como governador,  em cima dos pequenos agricultores do país. O Senado não pode permitir que Viana, da turma da Marina, cobre do produtor rural brasileiro a compensação por tudo que devastou na Amazônia, quando era governador. O Brasil não tem a obrigação de recompor a Reserva Legal do Acre, destruída por Viana.

Marina Silva emplaca senador amigo dos Esquilos na relatoria do Código Florestal.

O senador Jorge Viana (PT-AC) é um velho amigo da Marina Silva. Ele será o relator do Código Florestal na Comissão de Meio Ambiente no Senado. Já o senador J N V M N não é amigo da lei.  Está sendo investigado, em segredo de Justiça, pelo STF, por "Crimes Previstos na Legislação Extravagante - Crimes na Lei de Licitações" . 

Recentemente, a Procuradoria Geral da República pediu a quebra de sigilo bancário e telefônico do senador Jorge Viana (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), com relação aos indícios de superfaturamento na compra do helicóptero Esquilo, da Helibras, pelo Governo do Estado do Acre. A investigação tem dois vieses: o primeiro é um inquérito civil público pedindo o ressarcimento dos recursos supostamente gastos além do preço real da aeronave. O segundo é o inquérito policial, que apura a responsabilidade pela venda do helicóptero.  Até então o senador, que foi presidente do Conselho de Administração da Helibras, -- quando aconteceu a aquisição -, não era citado no âmbito do inquérito. Agora, por se tratar de um senador da República, Jorge Viana só pode ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal, já que tem foro privilegiado.

Nada mais apropriado que um senador amigo da Marina Silva e dos Esquilos para relatar o Código Florestal.  O Brasil merece!

Lindberg Farias quer ser governador do Rio a qualquer custo, nem que para isso arrase com a agricultura do Brasil.

Em busca da candidatura ao governo do Rio de Janeiro em 2014,  o senador Lindberg Farias (PT-RJ) grudou em Marina Silva, virando mais um arauto do fim do mundo em relação ao Código Florestal. Com isso, o politiqueiro irresponsável quer promover uma aliança com os verdes, já que o Rio deu para a Rainha do Mogno Perdido nada mais, nada menos do que 31,5% dos votos, sendo o colégio eleitoral onde ela teve o melhor desempenho no país. É mais um motivo para que Sérgio Cabral, governador do Estado, faça valer o peso do PMDB,apoiando e aprovando o Código Florestal e tirando esta bandeiras das mãos do oportunista.  O que está em jogo é o seu futuro político em termos de Brasil, seja em 2014, seja em 2018. Leia mais aqui.

Serra acusa o golpe.

Nunca José Serra(PSDB-SP) tratou de assuntos político-partidários pelo twitter. Críticas pontuais ao governo, cinema, futebol, dicas de artigos são o conteúdo das suas 4.620 tuitadas para ansiosos 708.270 seguidores. Sobre o futuro, nada. Sobre liderar a oposição, nada. Hoje, para espanto de muitos, Serra tentou explicar  os reflexos da convenção do último sábado que, queira ou não queira, o colocaram para escanteio dentro do partido. "O esmagamento de grupos do PSDB por outros grupos do PSDB só existe no mundo virtual. Se não fosse virtual, seria vitória de Pirro", disse ele no microblog. "Tenho insistido muito nisso: é um erro grave trazer as eventuais disputas de 2014 para 2011. Para a oposição, é o popular 'tiro no pé'", continuou. "Não podemos deixar a mentira e a intriga prosperarem, nos dividirem. Quem faz isso trabalha pelos adversários." Como diz o ditado, agora Inês é morta. Durante seis meses, quase 44 milhões de eleitores ficaram esperando que ele assumisse o papel de líder da oposição. Não assumiu. Enfiou a cabeça no buraco. A fila andou.

PMDB troca Dilma por Lula até no programa de TV.

Assim como foi Lula quem veio apagar o incêndio da crise entre o PMDB e o PT, é  Lula quem vai aparecer no programa partidário dos peemedebistas, agradecendo o apoio do partido durante os três governos petistas. Sim, os três, pois está incluindo o de Dilma, que não foi chamada para gravar. Ou se foi, não quis ir. O programa vai ao ar na quinta, dia 2 de junho, em rede nacional. Leia mais aqui.

Agora presidenciável, Aécio acaba aquela velha parceria com o PT em Minas.

Novos tempos. Pensando apenas no seu projeto pessoal, Aécio Neves (PSDB-MG) sempre manteve as melhores relações com o PT mineiro, incentivando o voto Lulécio em 2006 e o voto Dilmasia em 2010. Agora que desponta como o presidenciável tucano está prestes a romper a aliança com o PT em Belo Horizonte, que depois de eleger o petista Fernando Pimentel agora mantém no poder Marcos Lacerda, do PSB. O PSDB deve ter candidato próprio à prefeitura em 2012.

Se Palocci cair, o governo cai junto?

Não há mais dúvidas de que há crime. E crime feio. E crime escancarado. E crime contra os cofres públicos.
  • Por que motivo um ministro do Estado não entrega informações completas à Procuradoria Geral da República sobre a sua evolução patrimonial? A única expicação é que está exercendo o direito constitucional de não produzir provas contra si. 
  •  Por que a Controladoria Geral da União, órgão do governo federal, cujo papel é investigar possíveis danos ao patrimônio público no âmbito interno do governo, usa um truque vagabundo para não fazê-lo, qual seja a de que Antônio Palocci não teve a sua nomeação como Coordenador da Equipe de Transição publicada no Diário Oficial? O motivo só pode ser um: não incriminá-lo definitivamente.
  •  Por que o Ministro da Justiça nega que as estranhas movimentações financeiras de Antônio Palocci tenham sido encaminhadas à Polícia Federal pelo COAF, quando é óbvio que foram, pois isto é automático, bastando que elas passem de determinado limite? Só por uma razão: impedir que seja aberta uma investigação policial contra Palocci. 
Estes três fatos, somados, saem da evidência para a contundência. Há uma blindagem construída em torno de um único nome, com antecedentes criminais na área, envolvendo todo o Governo Federal. A proteção ao ministro Palocci vem de todos os lados. Ela se dá não mais no campo da ética, mas no espaço que só favorece aos bandidos: as brechas legais.  A única coisa que podemos concluir é: se o ministro Palocci for investigado e incriminado, cai o Governo Dilma? Seria Palocci apenas o operador de um esquema muito maior? A impressão é esta. Impressão que, a cada dia, caminha mais para a certeza.

Uma boa luta.

Não deixem de ler este post  publicado ontem à noite sobre a rede de mentiras que está sendo construída em torno do Código Florestal, com o apoio de grande parte da imprensa brasileira, cooptada pelo discurso mentiroso da quadrilha de ongs internacionais que tomou o Brasil de assalto. O artigo de Aldo Rebelo, reproduzido no post, trata do tema e, pedimos, seja repercutido por todos que, antes de qualquer ideologia, militam em primeiro lugar no Partido Brasil, como é o caso deste blog.

Dilma dá um gelo em Kassab. Bom para o Kassab.

Gilberto Kassab acaba de calar a boca da imprensa por linhas tortas. Vítima de um intenso ataque midiático quando decidiu liderar a formação do PSD, foi transformado em adesista, dilmista, governista, joguete dos interesses do Palácio do Planalto. Não é o que parece. No episódio da denúncia contra Antônio Palocci, por enriquecimento súbito e misterioso, até agora não explicado, a acusação de vazamento de dados recaiu sobre a Prefeitura Municipal de São Paulo, por intermédio de um secretário que seria aliado de José Serra. O Planalto pediu investigação. Kassab emitiu uma nota oficial informando que os dados de Palocci, quando manipulados, foram a pedido da própria empresa de Palocci, como mostravam os registros internos. E não abriu investigação alguma, o que desagradou Dilma Rousseff que, na oportunidade e na única vez em que se manifestou sobre o escândalo, sugeriu que a denúncia era meramente política.Contava, para isso, com um estardalhaço promovido em torno de São Paulo, para jogar a culpa em cima dos tucanos e seus aliados.

Hoje Dilma Rousseff reúne governadores e prefeitos para tentar fazer as obras da Copa do Mundo saírem do papel e da terraplenagem. Antes, mandou um recado para Kassab de que ele seria "persona non grata" na reunião. Uma atitude típica de uma presidente que perdeu a liderança do próprio governo e que busca, desesperadamente, formas de mostrar alguma autoridade. Kassab está mandando a vice-prefeita que é do PMDB. E o secretário de esportes que é do PCdoB. Com o PMDB a Dilma não se mete. A última vez que tentou foi praticamente demitida do cargo, tanto pelo vice-presidente quanto pelo ex-presidente.Seria bom incluir um vigésimo-nono remédio no receituário prescrito à presidenta doenta: Lexotan.

Suplicy informa que Palocci ganhou R$ 1 milhão para assessorar uma fusão.

A pergunta que fica é: para que duas empresas que estão promovendo uma fusão precisariam dos préstimos de um deputado federal? A não ser que estas duas empresas dependessem de alguma coisa no governo federal. Quando Suplicy tenta ser advogado de defesa acaba fornecendo ainda mais provas contra o acusado. No caso de Palocci, deu valores, informou o objeto do contrato, só não forneceu os nomes. Virou testemunha da acusação em futura acareação. Leia mais aqui.

O PMDB está podendo.

O quadro nunca foi tão favorável ao PMDB. O  PT sangra Palocci por todos os poros, vítima de fogo amigo, sem liderança política e com um poste na presidência. O PSDB está ostensivamente rachado e dividido, sendo obrigado a criar uma nova instância partidária para acomodar o seu maior nome em termos eleitorais. O DEM está esfacelado e extirpado pelo surgimento do PSD. O protagonismo do PMDB na condução politica e na conexão com o eleitorado foi o ponto alto da votação do Código Florestal, mostrando um partido diferente daquele tido como fisiológico, corrupto e venal. Para não perder o bonde da história, é hora de varrer o Sarney, assim como ele acaba de varrer o impeachment de Collor no "túnel do tempo" do Senado. É hora de impedir que meia dúzia de honoráveis bandidos negociem por meia dúzia de cargos esta possibilidade do PMDB voltar a ser o protagonista da política nacional, deixando de ser mero coadjuvante. A bala de prata do PMDB se chama Michel Temer.O PMDB pode voltar a ser um partido de verdade. Afinal de contas, aquele capital eleitoral de 44 milhões de votos está sem dono, depois da cisão tucana e do esfacelamento dos democratas. É o voto anti-PT. Que o PMDB acorde para isso.

Michel Temer, o Zagalo da política, pode dizer ao PT: "vão ter que me engolir".

É nítida a irritação dos políticos petistas causada pelo vazamento do bate-boca entre Michel Temer e Antônio Palocci, que fazia as vezes de Dilma Rousseff. Foi uma intervenção arrogante, prepotente e que não tem remendo, perfeitamente vocalizada pelo grande homem com pequeno cérebro, Cândido Vacarezza, petista líder do governo na Câmara, quando disse que a Casa estava sob ameaça por contrariar a Presidente. Na sequência, a intervenção golpista de Lula, passando sobre a presidente eleita e todas as instâncias partidárias, mostrou um partido transformado em fantoche, quando estava acostumado e tratar assim o seu maior aliado, o PMDB. Michel Temer, jogado para o lado desde a transição, visivelmente colocado na geladeira, assumiu para si a coordenação política, de forma natural, mostrando força e unidade no seu partido. O PMDB acordou para a grande vantagem competitiva de ser um partido autêntico, que vota unido e vence unido. O PT entendeu o fato em toda a extensão, coisa que os dois neurônios dílmicos ainda não decodificaram: vão ter que engolir Michel Temer, o formiguinha de ouro da política brasileiro, o Zagalo do Planalto. Temer, agora com a ficha limpa, jogou para o time e é o grande vencedor deste início de governo.

Timeco.


O Estadão publica uma análise bondosa sobre o "time político" de Dilma. Além de Antônio Palocci, o Rico Súbito, temos Luiz Sérgio, o Ficus, tidos como cartas fora do baralho. O jornal poupa Fernando Pimentel, o Rei dos Dossiês, que é um peixe fora d'água, que também tem consultoria e que está sendo processado em Minas Gerais por episódios pouco recomendáveis, enquanto prefeito de Belo Horizonte. Tido como em alta,  José Eduardo Cardozo, o Banana, que nem de longe chega aos pés de um Márcio Tomaz Bastos ou mesmo de um Tarso Genro, em termos de movimentação política. Por fim, lá está Paulo Bernardo, o Marido da Loura, que tem uma esposa muito melhor do que ele, em franca atividade no Senado. Certamente, a publicação será motivos de ai, ai, ais e ui, ui, uis pelos corredores do Planalto, pois não citou Gilberto Carvalho, o Coveiro.

PMDB pede a cabeça de Palocci.

Do Estadão:

O PMDB quer mudanças na articulação política do Palácio do Planalto e duvida da sobrevivência no cargo do chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. O diagnóstico, que atinge em cheio o núcleo político do governo, começou a ser propalado ontem por líderes do partido como efeito colateral do desgaste provocado pelas cobranças ásperas do Planalto ao partido depois da derrota na votação do Código Florestal. A cúpula peemedebista avalia que houve quebra de confiança na relação com o PT e a presidente Dilma Rousseff.Foi neste clima que Michel Temer reuniu ontem a bancada do PMDB no Senado para um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência. Dos 18 senadores do partido, apenas Jarbas Vasconcelos (PE) avisou que não compareceria. Pela manhã, a presidente entregou o cargo interinamente a Temer antes de viajar para o Uruguai. Havia sido combinado que os dois fariam da ocasião um momento de armistício entre o PMDB e o governo após os sucessivos desencontros de articulação política da semana passada, mas a foto oficial divulgada pela Presidência mostra uma tentativa de um abraço distante. Leia mais aqui.

Este é um blog de prestação de serviços a um partido chamado Brasil. Abaixo, mais uma prova disso.

Ontem, na madrugada, lendo a recém publicada edição online do Estadão, fiquei pasmo com uma matéria tendenciosa e mentirosa a respeito do Código Florestal. Em poucos minutos de pesquisa, desmanchei toda a mentira ali escrita.  Quem não leu o post, poder ler aqui.  Ressalto, abaixo, uma frase que escrevi:

O Estadão deve ter gente melhor para falar de um tema tão complexo. Gente que pelo menos saiba ler e pesquisar, o que faço aqui, às 02:22 de um domingo, em meia hora de internet.

Hoje o relator do Código Florestal, deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) publicou um artigo contundente, onde cita o mesmo fato que, dentro de um contexto de conspiração midiática, também tenho denunciando diturnamente neste blog. Vejam o que ele afirma: 

No último domingo, o Estado de S. Paulo abriu uma página para reportagem assinada pelas jornalistas Afra Balazina e Andrea Vialli com a seguinte manchete: “Novo Código permite desmatar mata nativa em área equivalente ao Paraná”. Não há, no próprio texto da reportagem, uma informação sequer que confirme o título da matéria. 

Aldo Rebelo, no artigo, informa que a ofensiva midiática internacional que vem sendo movida contra o Brasil pelas ongs internacionais foi uma decisão tomada dentro de um botequim, em Brasília, logo depois da derrota da turma da Marina e do Zequinha Sarney na Câmara. Abaixo, o artigo na íntegra: 

O Código Florestal e a quinta coluna

 Conta a lenda que, ao cercar Madri durante a Guerra Civil Espanhola, o general Emilio Mola Vidal, ao ser questionado sobre qual das quatro colunas que comandava entraria primeiro na cidade sitiada, respondeu: “A quinta coluna”. Mola referia-se aos seus agentes, que, de dentro, sabotavam a resistência republicana. Durante a Segunda Guerra Mundial, a expressão tornou-se sinônimo de ações contra o esforço aliado na luta para derrotar o eixo nazi-fascista. A quinta coluna disseminava boatos, procurava enfraquecer e neutralizar a vontade da resistência e desmoralizar a reação contra o inimigo.

Após a votação do Código Florestal, no último dia 24, um restaurante de Brasília acolheu os principais “cabeças” das ONGs internacionais para um jantar que avançou madrugada adentro. A Câmara acabara de aprovar, por 410 x 63 votos, o relatório do Código Florestal e derrotara de forma avassaladora a tentativa do grupo de pressão externo de impedir a decisão sobre a matéria. O ambiente era de consternação pela derrota, mas ali nascia a tática da quinta coluna moderna para pressionar o Senado e o governo contra a agricultura e os agricultores brasileiros. Os agentes internacionais recorreriam à mídia estrangeira e espalhariam internamente a idéia de que o Código “anistia” desmatadores e permite novos desmatamentos. 

A sucessão dos fatos ilumina o caminho trilhado pelos conspiradores de botequim. No último domingo, o Estado de S. Paulo abriu uma página para reportagem assinada pelas jornalistas Afra Balazina e Andrea Vialli com a seguinte manchete: “Novo Código permite desmatar mata nativa em área equivalente ao Paraná”. Não há, no próprio texto da reportagem, uma informação sequer que confirme o título da matéria. É evidente que o projeto votado na Câmara não autoriza desmatamento algum. O que se discute é se dois milhões de proprietários que ocupam áreas de preservação permanente (margem de rio, encostas, morros) devem ser expulsos de suas terras ou em que proporção podem continuar cultivando como fazem há séculos no Brasil, à semelhança de seus congêneres em todo mundo. 

No jornal O Globo, texto assinado por Cleide Carvalho procura associar o desmatamento no Mato Grosso ao debate sobre o Código Florestal, e as ONGs espalham por seus contatos na mídia a existência de relação entre o assassínio de camponeses na Amazônia e a votação da lei na Câmara dos Deputados. O Guardian de Londres publica artigo de um dos chefetes do Greenpeace com ameaças ao Brasil pela votação do Código Florestal. Tratam-nos como um enclave colonial carente das lições civilizatórias do império. 

As ONGs internacionais consideram toda a área ocupada pela agropecuária no Brasil, passivo ambiental que deve ser convertido em floresta. Acham razoável que milhões de agricultores sejam obrigados a arrancar lavoura e capim e plantar vegetação nativa em seu lugar, em um país que mantém mais de 60% de seu território de áreas verdes. 

A “anistia” atribuída ao relatório não é explicada pelos que a denunciam, nem a explicação é cobrada pela imprensa. Apenas divulgam que estão “anistiados” os que desmataram até 2008. Quem desmatou até 2008? Os que plantaram as primeiras mudas de cana no Nordeste e em São Paulo na época das capitanias hereditárias? Os primeiros cafeicultores do Pará, Rio de Janeiro e São Paulo no século 18? Os colonos convocados pelo governo de Getúlio Vargas para cultivar o Mato Grosso? Os gaúchos e nordestinos levados pelos governos militares para expandir a fronteira agrícola na Amazônia? Os assentados do Incra que receberam suas terras e só tinham acesso ao título de propriedade depois do desmatamento? 

É importante destacar que, pela legislação em vigor, são todos “criminosos” ambientais submetidos ao vexame das multas e autuações do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização. Envolvidos na teia de “ilegalidade”, estão quase 100% dos agricultores do país por não terem a Reserva Legal, que a lei não previa, ou mata ciliar, que a legislação de 1965 estabelecia de cinco a 100 metros e, na década de 1980, foi alterada para 30 até 500 metros. 

Reconhecendo o absurdo da situação, o próprio governo, em decreto assinado pelo presidente Lula e pelo ministro Carlos Minc, suspendeu as multas em decorrência da exigência “legal”, cujo prazo expira em 11 de junho e que provavelmente será reeditado pela presidente Dilma. 

O governo e o País estão sob intensa pressão da desinformação e da mentira. A agricultura e os agricultores brasileiros tornaram-se invisíveis no Palácio do Planalto. Não sei se, quando incorporou à delegação da viagem à China os suinocultores brasileiros em busca de mercado no gigante asiático, a presidente tinha consciência de que quase toda a produção de suínos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná está na ilegalidade por encontrar-se em área de preservação permanente. 

A Câmara dos Deputados, por grande maioria, mostrou estar atenta aos interesses da preservação ambiental e da agricultura, votando uma proposta que foi aceita por um dos lados, mas rejeitada por aqueles que desconhecem ou precisam desconhecer a realidade do campo brasileiro. O Senado tem agora grande responsabilidade e o governo brasileiro precisa decidir se protege a agricultura do País ou se capitulará diante das pressões externas que em nome do meio ambiente sabotam o bem-estar do nosso povo e a economia nacional. 

Peço aos leitores que copiem este artigo de Aldo Rebelo e enviem para toda e qualquer pessoa. O nosso país enfrenta uma conspiração internacional. Se nós, que formamos opinião, não fizermos alguma coisa, mais uma batalha será perdida. Participe pelo menos uma vez. Copie este artigo e envie para a sua lista de email, para a sua rede social. Faça isso. Nosso partido, antes de mais nada, é o Brasil.

É um acinte o que a CGU está fazendo para proteger Palocci.

Do Estadão:

A Controladoria-Geral da União (CGU) negou hoje que Antonio Palocci tenha participado da equipe de transição do governo Dilma Rousseff para reafirmar que não investigará o crescimento do patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil, conforme noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo na edição de hojeA CGU apegou-se ao fato de a nomeação para coordenar a equipe de transição não ter sido publicada no Diário Oficial para não seguir orientação do decreto editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2005 e abrir sindicância patrimonial para apurar se o aumento dos bens é compatível com a renda de Palocci. Palocci foi indicado coordenador do governo de transição em 30 de outubro de 2010. A partir de novembro, passou a despachar no Centro Cultural do Banco do Brasil e na casa da presidente eleita. Comandava um equipe de nomeados. Mas, formalmente, não era considerado um "agente público", alega a Controladoria.

Do Dilma na Web:
O vídeo abaixo mostra uma reunião da equipe de transição em 18 de novembro. Dilma, Temer e Palocci estão na cabeceira da mesa principal. Precisa nomeação no Diário Oficial? É muita cara de pau!

Imprensa procura desesperadamente.

Quem vendeu o apartamento e o escritório para o ministro que enriqueceu da noite para o dia? Terá sido um grupo mineiro envolvido em negócios pra lá de estranhos? Terá sido alguém com sérios problemas na Justiça? O fato é que o ministro da riqueza súbita também não revela de quem comprou os imóveis. A imprensa procura desesperadamente. Companheiros do fogo amigo! Contem aqui para o nosso blog, nós prometemos espalhar.

Sarney, Collor, Itamar e Lindberg...

José Sarney (PMDB-AP) acaba de inaugurar um "túnel do tempo" do Senado. Tirou fora a renúncia de Fernando Collor de Mello, hoje senador pelo PTB de Alagoas, ocorrida em 1992, para evitar o impeachment. Fez uma revisão histórica a la Stalin. Que ironia. Quem assumiu em lugar de Collor foi o atual senador Itamar Franco, do PPS de Minas Gerais. Já o movimento da opinião pública para punir Collor foi comandado por outro senador, Lindberg Farias, do PT, então presidente da UNE. Foi ele que liderou os "caras pintadas". A renúncia vergonhosa e covarde de Collor, para evitar o impeachment, está mais viva do que nunca no Senado. Os principais personagens estão lá. É a história. Só mesmo José Sarney, o morto-vivo, o zumbi, a assombração, é que não quer deixar ver. Leia mais aqui.

A verde amarelou.

Ela nunca quis debate. O que ela gosta é de fazer discurso e de dar entrevista para jornalista amigo. A verde amarelou e fugiu do Roda Viva. Ora, tendinite! Cagacite! Veja notícia da Folha Poder:

A ex-senadora pelo Acre e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PV) cancelou nesta segunda-feira sua participação no programa "Roda Viva", da TV Cultura, por causa de uma inflamação nos tendões do braço direito. As informações são de sua assessoria de imprensa. Marina teria começado a sentir dores no braço direito na última quinta-feira (26). Em uma consulta médica no sábado (28), foi diagnosticada uma inflamação nos tendões da ex-ministra e um gesso provisório foi colocado em seu braço. Nesta segunda-feira, às 14h, Marina esteve no Hospital Sara Kubitschek para uma nova consulta. Segundo a sua assessoria, Marina afirmou que houve um rompimento muscular e um edema no mesmo local. Os detalhes, divulgados na tarde desta segunda-feira por assessores, só serão confirmados pelo médico de Marina, Álvaro Nomura, na manhã da terça-feira, quando a ex-senadora fará a troca do gesso provisório por outra forma de imobilização. A data de sua entrevista no programa da TV Cultura, que terá como tema o novo Código Florestal, ainda não foi redefinida.

OAB pede demissão imediata de Palocci.

Da Folha Poder:

O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, defendeu nesta segunda-feira (30) o afastamento imediato do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) do cargo. Segundo o presidente da entidade, a medida "soaria muito bem" até que o ministro desse as devidas explicações sobre o crescimento do seu patrimônio nos últimos anos. Em entrevista divulgada pela assessoria de imprensa da OAB, Cavalcante criticou a decisão da CGU (Controladoria Geral da União) de não abrir uma investigação sobre as denúncias. "O pedido de afastamento é algo que soaria muito bem no âmbito da sociedade; é algo que deixaria o governo Dilma muito mais tranquilo", disse. O presidente da OAB também disse ser favorável a uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Congresso para investigar as suspeitas sobre o ministro da Casa Civil. "A CPI é um instrumento democrático e que está posto para a sociedade na Constituição. De modo que não tenho qualquer dúvida de que a CPI seria algo que poderia ser utilizado."Leia mais aqui.

Marina Silva já botou milhares na miséria com a Raposa Serra do Sol. Vai conseguir o mesmo com milhões de produtores rurais?

Em 19 de abril de 2010, Marina Silva, esta mesma Marina Silva que hoje desrespeita a democracia em conchavo com ongs internacionais, espalhando inverdades contra o Código Florestal aprovado pela maioria da Câmara, comemorava o primeiro ano da implantação da Reserva Raposa Serra do Sol. Vejam parte do artigo que ela publicou, cuja íntegra pode ser acessada aqui.

Foi a primeira vez que um índio fez uma defesa na mais alta corte do país. Ao final, os índios saíram vitoriosos em última instância, o que garantiu a conquista definitiva da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
Talvez não fique claro para muitas pessoas a importância emblemática dessa vitória. Por que usar toda essa estrutura do poder público para garantir que “apenas” cerca de 20 mil índios vivam em um território que é doze vezes maior que o da cidade de São Paulo?
A resposta é que essas pessoas – para serem como são, produzirem como produzem, consumirem como consomem, pensarem como pensam e viverem como vivem – precisam desse território. É parte da identidade delas, de quem elas são. Foi lá que amadureceram uma cosmovisão, uma ciência e um mistério que é só delas. Esse território e elas são parte do mesmo corpo, não existem separadamente. Quando você subtrai o território, essa significação também desaparece.
Ainda assim, você pode estar se perguntando agora: em que isso pode ajudar o Brasil? Esse desejo de preservar não seria apenas uma atitude romântica para barrar o progresso e manter as coisas como elas são, sem benefício real para o país? A resposta é que nós temos muito a ganhar, enquanto sociedade, com um Estado que não apenas tolere, mas respeite e saiba identificar o valor do imenso patrimônio sociocultural e ambiental que ainda temos.
Existem muitos benefícios, inclusive práticos, em ter acesso ao conhecimento ancestral desses povos, mas o grande benefício de proteger esses territórios, reconhecendo e assegurando a sobrevivência de tudo o que existe nele hoje, é que continuaremos sendo uma nação múltipla e rica em suas diferenças. Seremos um país onde existe São Paulo, da forma como é, do tamanho que é, com suas virtudes e problemas, e existe também Raposa Serra do Sol, da forma como é, do jeito que os índios vivem lá. E isso é o Brasil.

Agora leiam o post de Reinaldo Azevedo, publicado em cima de uma reportagem publicada pela revista Veja desta semana, um ano depois que Marina Silva escreveu o que está acima, já em plena campanha eleitoral. A Reserva Raposa Serra do Sol, dois anos depois, gerou somente miséria, fome e desdita. Para agricultores e para indígenas. Apenas quem saiu lucrando foi esta especuladora ambiental chamada Marina Silva e a camarilha de ongs internacionais que a suporta. 

Agora assistam ao vídeo onde Marina Silva ataca Aldo Rebelo, que era contra a demarcação contínua da reserva. Quem tinha razão? Quem tem razão no Código Florestal? O Brasil vai cometer mais um crime contra o seu povo para atender aos interesses internacionais defendidos por Marina Silva?

É dando que se recebe.

Lula está nas Bahamas, dando uma palestra para o Grupo Elektra, dono do popular Banco Asteka, do magnata mexicano Eduardo Salinas. A marca chegou ao Brasil em 2008 e já tem 20 agências em Pernambuco. À época, Lula foi ao Recife  para a inauguração. Salinas nem precisou fazer a defesa do seu empreendimento. A propaganda "gratuita", no seu estado natal, ficou por conta do então presidente da República:

"Eu já passei na frente (do prédio), é um prédio simples, mas eu penso que é uma outra inovação porque aqui no Brasil os prédios de bancos são muito poderosos, ostentam muito, quando, na verdade, a única coisa que deveria ser bem segura no banco é o cofre", disse Lula em discurso no Fórum Empresarial Brasil-México, poucas horas antes da inauguração da loja/banco.

As Bahamas são conhecidas como o grande paraíso fiscal dos magnatas globais. Lá o dinheiro de qualquer origem fica bem seguro no cofre. Se Lula vai deixar os U$ 200 mil que deve faturar pela palestra por lá, isso ninguém sabe.Afinal de contas, todo o petralha que faz palestra e dá consultoria faz questão de incluir cláusulas de confidencialidade nos seus polpudos contratos, sempre obtidos com empresas que, de uma forma ou outra, dependeram do governo para alguma coisa.

Hasta la vista!

Michel Temer prometeu uma foto sorridente, como prova de reconciliação. Não rolou. Temos aí dois bicudos que não se beijarão mais. Bom para o Brasil. A foto é de hoje pela manhã, quando Dilma embarcou para o Uruguai. Neste momento, Temer coordena uma reunião, como presidente em exercício, sobre os assassinatos ocorridos nos últimos dias, em conflitos entre madeireiros e ativistas sociais na região Norte. Sem a presença de Palocci, o pato manco.

2014? Vai que é tua, Aécio Neves!

Tem muita gente falando de 2014. Como não há certeza sobre nada, vamos colocar algumas dúvidas? Aí todo mundo pode elaborar, maquinar, discutir, opinar e "futurolizar". O jogo abaixo não é para ser jogado com o fígado. É com a  cabeça. Não adianta botar emoção, porque este sentimento só existe no discurso. Abaixo, um quadro imaginário para 2014. O que você acha?

  1. Se Dilma fizer um bom governo, bafejada pela sorte que Lula teve, quem poderá ameaçar a sua reeleição, embalada pela Copa do Mundo, por exemplo?
  2. Se Dilma fizer um mau governo, alguém duvida que o candidato petista será o Lula e que  não existe adversário para derrotá-lo,mantendo-se a atual base de apoio ao governo?
  3. Na conjugação da hipótese 1 com a 2,alguém imagina outro tipo de anúncio que não seja aquele para gerar comoção nacional, informando o quanto Dilma sofreu em silêncio durante quanto anos, com a saúde em frangalhos, dando o seu melhor pelo Brasil? E que isto será feito por Lula, chorando, ao lançar a sua candidatura, dizendo: " deixa a mulher descansar"
  4. Diante do quadro descrito na hipótese 3,  a aliança de partidos que sustentam o governo será alterada ou mantida? Alguém duvida que Lula costurará a mesma aliança de 2010?
  5. Por outro lado, é possível pensar que o PT, tendo em vista a ditadura da minoria que vem praticando no Congresso e no Governo, possa ficar isolado, tendo que enfrentar uma frente de partidos, sem tempo de TV e fragilizado, mesmo com Lula? Existe a possibilidade de uma rebelião da base aliada?
  6. Na hipótese 6, alguém tiraria a cabeça de chapa do vice Michel Temer, que emergeria como o líder da rebelião? Em dobradinha com quem? Eduardo Campos?
  7. Alguém, em sã consciência, imagina que o PSD vai arriscar vôos maiores, sacrificando nomes, em vez de construir uma bancada federal forte, tanto na Câmara quanto no Senado, visando, especialmente, o fundo partidário e o tempo de TV para 2016 e 2018?
  8. Alguém acha que o PSD, que surgiu porque Aécio Neves explodiu o DEM, vai apoiar o seu maior inimigo?
  9. E o PSDB? Se para derrotar o PT é necessário, como premissa, um racha na base aliada, por que um partido derrotado em três eleições uniria os demais partidos em torno de uma candidatura própria, estando ele próprio dividido? Alguém duvida que, neste caso, a cabeça de chapa será do PMDB, que teria um nome chamado Michel Temer?
  10. Aécio Neves, que refugou ser vice de Serra, seria o vice de Michel Temer? E Temer preferiria o mineiro em vez de um vice nordestino forte como Eduardo Campos?
Divirtam-se. Criem novas hipóteses. O quadro está aberto. Vejam que dentro dele não foi citado nem Serra e nem Alckmin. Talvez a grande esperteza de ambos foi concluir que 2014 não será, novamente, a vez dos tucanos. Vai que é tua, Aécio Neves!

O derrotado Tasso está de volta e diz: "não houve derrotados na convenção do PSDB"

Depois de ser derrotado na sua campanha no Ceará, onde tentava a reeleição para o Senado, Tasso Jereissatti foi eleito para presidir o poderoso Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, um órgão com autonomia, credibilidade e verba. Ele havia, após a derrota nas urnas, informado que abandonaria a vida política. Não abandonou. Aliou-se a Aécio Neves para tirar a posição que José Serra ambicionava no partido. Bem sucedido no empreendimento político, foi delegado a ele o papel de dar uma entrevista, após a convenção de sábado, para dizer que não houve derrotados na reunião que escancarou o racha que existe no PSDB.

Estadão:O formato do Conselho Político deixa Serra confortável? Tasso Jereissatti: Essa história de deixar São Paulo ou deixar o Ceará confortável é uma linguagem um pouco antiquada, que pressupõe donos e coronéis no partido. O Serra é, sem dúvida, uma das maiores lideranças de São Paulo e do Brasil e ninguém deixa de reconhecer isso. A questão não é São Paulo. É o Serra que, por sua personalidade, liderança e história, tem que ter uma posição importante, de deliberação. O Conselho formaliza essa senhorialidade que ele tem naturalmente dentro do partido

P: Apesar dos discursos em nome da união, as divisões internas não desapareceram.
R: Você conhece algum partido que não tenha disputa interna, seja no Brasil ou no exterior? As primárias nos EUA são o exemplo clássico disso. A disputa entre a Hillary e o Obama foi duríssima. Aqui não chegou nem perto disso. Foi bom ver um partido que está querendo viver, participar, ter seu lugar nessa política sufocante de governo. Esse governo tem uma base fisiológica gigantesca que procura sufocar a minoria de oposição que está fora dessa órbita. 

Leia a íntegra aqui no Estadão.

CGU: truque jurídico para não investigar Palocci e entrar na "operação abafa".

Duas semanas depois de revelada a vultosa evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, o que gerou suspeitas sobre tráfico de influência, a Controladoria-Geral da União (CGU) se recusa a abrir sindicância para avaliar o caso, apesar de decreto presidencial vigente determinar a investigação a partir de notícia ou de indícios de enriquecimento ilícito e evolução patrimonial incompatível de agentes públicos.Para não investigar o caso, a CGU alega que Palocci não era "agente público" na época em que recebeu os pagamentos feitos à empresa Projeto Consultoria Financeira e Econômica Ltda., que prestou serviços de consultoria a bancos, montadoras e indústrias. A consultoria foi aberta em 2006 e em 2010 Palocci mudou o objeto social da empresa, que se transformou em administradora de imóveis. A maior parte dos rendimentos, porém, ocorreu no final de 2010, período em que o ministro adquiriu um apartamento de luxo avaliado em R$ 6,6 milhões. Leia mais no Estadão.

Temer tem "respeito político" por Dilma. E diz que reunião com Lula foi "proveitosa".

Entrevista com Michel Temer, publicada hoje em O Globo, feita pelo colunista Jorge Bastos Moreno: 

A crise entre a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer quebrou várias regras elementares da política e, pelo menos, uma do jornalismo, curiosamente, a fundamental - a definição do que é notícia. Coube ao mestre Luiz Garcia a mais resumida delas: “Notícia é a quebra da rotina”. Pois bem, um ato mais do que rotineiro no dia a dia de Brasília, e que se banalizou nas gestões FH e Lula, está sendo divulgado, pelas duas partes, como o fato mais solene que marcará a reconciliação entre Dilma e seu sucessor imediato: a foto da transmissão de cargo hoje de manhã, na Base Aérea, de onde ela embarca para uma viagem ao Uruguai. Ato normalmente restrito ao público interno, e que vem se tornando dispensável justamente pela rotina em que se transformou, será aberto à imprensa, com direito a fotos e imagens. Com direito, não. Com a exigência. - Fotos, muitas fotos e imagens - pediu um assessor palaciano, ao organizar o evento.

Quem quiser poderá transmitir ao vivo os abraços sorridentes da reconciliação. A antinotícia fala por si, mas não resolve a crise política. Notícia seria, sim, se, na reunião de Dilma com a bancada do PMDB no Senado, nesta quarta-feira, estivessem os nove dissidentes do partido, principalmente o ícone deles, o senador Jarbas Vasconcelos (PE). Era o que prometia Michel Temer. Mas no início da noite de ontem, o senador pernambucano avisou que não estará presente porque trata-se de uma encontro da presidente Dilma com a base de apoio no Senado, e ele não integra o grupo.

Em entrevista ao GLOBO, na qual tenta esclarecer a sua briga com o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, Temer nega ter usado a expressão “ministério de merda!”, em referência à pasta da Agricultura, ocupada pelo seu afilhado político Wagner Rossi - o primeiro a quem Palocci ameaçou de demissão, em represália à votação do Código Florestal com anistia para desmatadores.

ÁSPERA

Michel Temer reconhece, porém, que a conversa foi áspera. Quem a testemunhou, também, o ministro Moreira Franco, confirma: “O Michel, realmente, não usou palavrão, mas, se usasse, teria sido menos grave do que o que realmente disse, educadamente”. Eis a entrevista.

O GLOBO: O senhor teve várias conversas ásperas com o ministro Antônio Palocci num intervalo de 24 horas, que terminaram com um encontro no qual ele pediu desculpas. O senhor poderia historiar este incidente, esclarecendo a causa ou as causas?
MICHEL TEMER: Na verdade, o que houve foi uma conversa num tom mais elevado. Nada mais do que isso. Tanto que logo mais nos entendemos.

P: O senhor é conhecido também por ser um dos políticos mais educados e pacientes do país. Por isso todos estranharam o fato de, numa dessas conversas, o senhor ter usado a expressão “ministério de merda”, referindo-se à pasta ocupada pelo seu afilhado político, Wagner Rossi. Quem ouviu a conversa ouviu mal?
R: Ouviu muito mal. E foi maldoso ao dar a informação. Você sabe que eu não uso expressões dessa natureza em hipótese alguma. Ademais, o Ministério da Agricultura é importantíssimo para o desenvolvimento do país. 

P: A passagem do ex-presidente Lula por Brasília agitou o meio político. Foi proveitosa?
R: Foi muito proveitosa. Ele conversou com várias lideranças, ouviu e fez sugestões. Estive com ele na reunião com o presidente Sarney e os líderes do Senado.

P: Falta articulação política ao governo? Não seria também essa uma das funções do vice-presidente da República, que conhece o Congresso como poucos?
R: Não creio que falte articulação política. Muitas vezes há necessidade de ajustes, que são feitos paulatinamente. Quando sou convocado, colaboro na relação com o Congresso Nacional. O caso típico foi o do salário-mínimo, tema importante para o Governo.

P: O senhor, nesta semana, conseguiu um feito extraordinário: unir todas as correntes do PMDB. Foi o instinto de sobrevivência que falou mais alto? Ou é apenas uma trégua?
R: Desde muito tempo tenho buscado a unidade absoluta do PMDB, que vem sendo obtida com a colaboração de todos os peemedebistas.

P: Como está a sua relação com a presidente Dilma Rousseff?
R: Excelente e com muito respeito político.

P: Nesta segunda-feira, o senhor brinda no Palácio Jaburu a união do PMDB. E, na quarta, tem o encontro da bancada do Senado com a presidente da República. O senhor vai convidar os dissidentes?
R: Em busca da unidade, não falamos em dissidentes. São todos colegas e estarão comigo, nesta segunda-feira, debatendo os rumos do partido. Na quarta, o convite é da presidente Dilma à bancada do Senado Federal. Todos.

P: Como o senhor avalia o resultado da votação do Código Florestal? Foi derrota do governo?
R: Não. Foi uma decisão da Câmara dos Deputados. Mas há, ainda, um longo caminho a percorrer. Passará pelo Senado Federal e, afinal, pela apreciação da Senhora Presidente da República, para sanção ou veto.

COM DILMA
Antes de embarcar, a presidente Dilma Rousseff terá um encontro reservado com o vice-presidente, Michel Temer, na Base Aérea de Brasília. Será o primeiro encontro com o vice depois do enfrentamento dele com o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, quando este transmitiu ao peemedebista a ameaça de demitir o ministro da Agricultura se o PMDB não desistisse de aprovar a anistia a desmatadores no Código Florestal. Segundo interlocutores do Planalto, neste primeiro encontro os dois “vão tirar a pintura de guerra”, ou seja, tentarão apaziguar os ânimos entre governo e PMDB . A estratégia é ambos aparecerem sorridentes na passagem do cargo.

Escândalo do PT de Campinas: um novo mensalão?

Clique e amplie a matéria do Estadão para ler.

PSDB rachado.

Do Blog do Villa, em quatro posts intitulados "A Convenção do PSDB":
  • Se é possível falar de um ganhador, certamente foi o senador Aécio Neves. Articulou a permanência de Sérgio Guerra na presidência e manteve a secretaria-geral com um aliado. Os outros cargos são pura perfumaria. O mais estranho (e bizarro) é que perdeu as 3 últimas eleições presidenciais no seu estado mas dá a impressão de ser um vencedor. Faz este papel porque não encontra quem queira realmente "peitá-lo".Para o governo foi um resultado excelente. Sabe que Aécio é oposição light, que tem receio do embate, do enfrentamento.
  • O grande derrotado tem um nome: José Serra. Ele perdeu feio. Não conseguiu ser presidente do partido, não conseguiu colocar um aliado na secretaria geral, não (outro não) teve força política para ser eleito presidente do Instituto Teotônio Vilela (cargo de pouca relevância para um candidato que teve 44 milhões de votos e que ele desdenhou em fevereiro). Neste caso, o curioso foi que nos últimos dias ele lutou pelo ITV. E perdeu o Instituto para Tasso Jereissati (que- lembram-se? - , tinha encerrado a carreira política em outubro passado após ser derrotado para o Senado). Restou presidir o inexistente Conselho Político. Todo mundo sabe que este Conselho é para tucano ver, não vai existir. Não passou de uma manobra (primária) para dar a impressão que todos ganharam, inclusive Serra.
  • Geraldo Alckmin também perdeu. O estranho é que não estava no centro da mesa, onde os fotógrafos e cinegrafistas dirigem a atenção. O governador do estado mais populoso e importante da federação, onde o PSDB governa desde 1995, e que nas 3 últimas eleições presidenciais derrotou o candidato do PT, não mereceu aparecer nos registros das imagens do evento. Foi posto de lado. Por quem? Por Aécio Neves, o derrotado nas 3 últimas eleições presidenciais em Minas. Foi um claro sinal de que para ele (Alckmin) as portas estão fechadas para um eventual vôo nacional em 2014.
  • O maior vencedor foi o governo. O partido está rachado e continuará rachado. Desta forma, não será adversário hoje ou em 2014. Tudo pode mudar, óbvio, mas a convenção foi um desastre. Isto se pensarmos na tarefa histórica de liderar a oposição. Do jeito que as coisas vão, a liderança do PSDB não lidera nem o seu próprio partido.Em um momento de grave crise para o governo, o resultado da convenção do PSDB foi um sinal de alento. É o Brasil, triste Brasil.

FHC não é para nós o que Lula é para eles.

Reinaldo Azevedo acaba de postar uma análise sobre a entrevista desastrosa de FHC, em defesa  da legalização da maconha e de outras drogas, publicada em post abaixo. Leiam o post aqui. FHC não é uma santidade, aliás o que errou não foi pouco. Mesmo assim, FHC é um marco na história da República, um verdadeiro operário no poder, pois foi quem construiu e arrumou toda a casa. Lula, o pelego que nunca trabalhou,  só comprou a mobília nova, em suaves prestações, com o suor do antecessor. Mas isto é outra história. Como disse o tucano abaixo, corram lá no Reinaldo, fujam deste blog, vão logo ver o que aquele petralha está falando sobre o FHC.

Governo dá um basta a si mesmo.

Vejam a pérola da nota oficial publicada pelo secretário-geral da Presidência, Giberto Carvalho, e pela ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, depois do assassinato de um líder de ONG, em Rondônia, logo após a morte de outro casal de ambientalistas no Pará:

"Adelino era uma liderança reconhecida na Região Norte. Há três dias o Brasil se chocou com a execução de duas lideranças em circunstâncias semelhantes, no Pará. Hoje, mais uma morte provavelmente provocada pela perseguição aos movimentos sociais. Essas práticas não podem ser rotina em nosso país e precisam de um basta imediato".

Como o governo federal tem à sua disposição a Policia Federal, o Exército e até mesmo a Força de Segurança Nacional, sendo que os mortos vinham sendo ameaçados há anos, a responsabilidade é sua. Ou seja: os dois ministros fizeram uma nota indignada repudiando a si mesmos. Faz sentido.

Coronel petralha.

Comentário recebido de um anônimo como eu:

Ai gente ! vejam o post do Reinaldo Azevedo dizendo que ontem na CONVENÇÃO do PSDB foi o PSDB de São Paulo E O SERRA que ganharam !....saiam desse blog aqui que é petista disfarçado de oposição !! Esse blog aqui passa o dia inteiro malhando o PSDB !! CAIAM FORA DESSE BLOG !

Já haviam chamado este pobre blogueiro de tudo, mas de petralha foi a primeira vez. Merece o registro.
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Atualizando! Achei legal reproduzir um diálogo que tive ontem, no twitter, com o senador Álvaro Dias, do PSDB, logo após a Convenção do partido. Não foi uma nem duas vezes que discordamos e que, aqui neste blog, fiz críticas duras ao senador. Bem, os textos falam por si, explicam tanto a forma sincera do senador quanto do blogueiro verem a política, este terreno onde ninguém é dono da verdade.


Hospital diz que estado de saúde de Dilma é "ótimo", em resposta à revista Época.

A matéria de capa desta semana, da Revista Época, mostra o coquetel de 28 remédios que Dilma Rousseff toma contra pneumonia, diabetes, tireóide, obesidade e por aí vai. Leia aqui. O hospital Sírio-Libanês, responsável pelo atendimento médico da presidente, emitiu a seguinte nota: 

"Por solicitação da Exma. Presidenta da República, Sra Dilma Vana Rousseff, o Hospital Sírio-Libanês emite o presente relatório médico. No início de 2009 a Presidenta Dilma Vana Rousseff foi submetida a avaliação clínica por seu cardiologista, Professor Dr. Roberto Kalil Filho, quando foram indicados exames de rotina, incluindo uma angiotomografia de coronárias, realizada em 20 de março de 2009 no Hospital Sírio-Libanês. Neste exame foi detectado um nódulo axilar esquerdo, com 2,3 cm. de diâmetro e características suspeitas. Uma biópsia excisional deste gânglio foi realizada no dia 3 de abril de 2009, e o diagnóstico final foi de Linfoma Difuso de Grandes Células do tipo B, CD20 positivo. Exames de estadiamento incluíram PET-CT e biópsia de medula óssea, sem achados adicionais. O estadiamento final foi IA. 

De abril a julho de 2009, a Sra. Presidenta recebeu tratamento específico para seu tipo de linfoma, incluindo 4 ciclos de R-CHOP (Rituximab, Ciclofosfamida, Vincristina, Doxorrubicina e Prednisona). Durante o tratamento a paciente apresentou miopatia por corticóides e neutropenia transitória. Como complementação ao tratamento quimioterápico, foi indicada e realizada radioterapia envolvendo a axila e fossa supra-clavicular esquerdas. Após o término do tratamento, a paciente foi considerada em remissão completa, passando a acompanhamento de rotina. 

Em 23 de dezembro de 2009 a Presidenta Dilma veio a este hospital com sintomas de vias aéreas superiores, acompanhados de febre baixa, sendo diagnosticada com Influenza A (H1N1), por técnica de PCR no swab nasal, tendo sido tratada com Oseltamivir, com resolução completa do quadro.
Em 20 de março de 2010, a Sra. Presidenta apresentou um edema na região cervical. Nesta mesma data, optou-se pela retirada do cateter venoso central (port-a-cath) com resolução quadro clinico.

Na noite de 30 de abril de 2011, a Sra. Presidenta deu entrada no Hospital Sírio-Libanês com sintomas de tosse, febre e mal-estar geral. Foram realizados exames completos que incluíram sorologias, hemoculturas, exames gerais e tomografia de tórax. O diagnóstico final foi de uma broncopneumonia. A Sra. Presidenta foi tratada com os antibióticos Ceftriaxona e Azitromicina, com resolução completa dos sintomas. Os exames sorológicos específicos e culturas não identificaram o agente etiológico. Na mesma data, foram realizados exames de imagem e de sangue para controle do linfoma, todos com resultados negativos. A Presidenta Dilma continua em remissão completa do linfoma, e não há nenhuma evidência de deficiências imunológicas, associadas ou não ao tratamento do linfoma realizado em 2009. 

Em 21 de maio de 2011 a Sra. Presidenta realizou tomografia de tórax de controle, mostrando resolução completa do quadro de pneumonia detectado no mês anterior. Do ponto de vista médico, neste momento a Sra. Presidenta apresenta ótimo estado de saude. 

As equipes que assistem a Sra. Presidenta são coordenadas pelos Profs. Drs. Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Yana Novis, David Uip, Raul Cutait, Carlos Carvalho e Milberto Scaff, Julio Cesar Marino."

Código Florestal: produção de alimentos x especulação ambiental.

O artigo (clique na imagem para ampliar e ler) de Xico Graziano, no Estadão, mostra de forma cristalina a agenda positiva aberta pelo novo Código Florestal. Ele é político, mas antes de tudo é um agrônomo.
 

E o que mostra, abaixo, o artigo do ongueiro Roberto Smeraldi? A decepção de quem gostaria que o Código Florestal trouxesse uma obrigação de subsídio governamental para o reflorestamento em áreas já cultivadas, o que seria uma barbada, gerando bilhões e bilhões para os bolsos da máfia ambientalista. E leiam com atenção a expressão "mecanismos de mercado que possibilitem a troca de ativos florestais"... É o reluzente mercado dos créditos de carbono, onde Marina Silva, seus financiadores internacionais e as ONGS como a dele pretendiam nadar de braçada. 

Um Lula golpista.

Não há como negar. O que Lula fez com Dilma na semana que passou foi praticamente um golpe de estado. Ou estava tudo combinado e ela é o que muita gente afirma: uma esquenta-cadeira para a volta do velhaco em 2014. Lula chegou em Brasília, fez reunião política, deu ordens, disparou telefonemas e mostrou que ainda manda. Foi recebido de braços abertos e com sorrisos largos, tanto pelo PMDB quanto pelo PT. Continua sendo o cara. Dilma, o poste. A matéria abaixo é de O Globo.

A intensa e inusitada movimentação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aportou em Brasília no auge de uma crise provocada pela completa desarticulação política e pelo agravamento da situação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, deixou aliados que têm projetos próprios para 2014 preocupados. Parlamentares e cientistas políticos avaliam que a presidente Dilma Rousseff deu os primeiros sinais de que não tem apetite ou fôlego para disputar um segundo mandato. A constatação geral é que, ao pedir socorro ao seu antecessor e criador na primeira crise, Dilma encerrou a semana muito fragilizada.

- Independentemente das motivações de Lula, o fato é que, na primeira crise, Dilma precisou de apoio externo. O presidencialismo tem um aspecto decisório muito forte. O sinal que se tem é que o projeto dela não é de longo fôlego, e 2014 não está em seu horizonte. Esta não era uma crise tão forte e nem motivo para pedir ajuda externa. O recado que ela deu foi: "Olha, bola dividida para mim é complicado, e Lula é craque nisso" - avalia o cientista político Luiz Werneck Viana, da PUC-Rio.

Na oposição, a leitura é que essa fragilidade política revelada pela presidente Dilma em nada ajuda uma volta de Lula em 2014, justamente porque ele é seu avalista, foi para a TV e para as ruas propagandear suas qualidades. A comparação concreta é com o caso do ex-prefeito Celso Pitta, cria do ex-prefeito Paulo Maluf, que fracassou na gestão e levou junto seu criador. O líder do DEM na Cãmara, deputado ACM Neto (BA), diz que Dilma demonstrou não ter capacidade para conduzir politicamente o governo e precisou de uma bengala. - Isso a longo prazo para a oposição é ótimo. Quando Lula volta dando ordens e querendo ocupar espaço, mostra que ele ainda é o cara que manda. Isso esbarra no questionamento da autoridade de Dilma. Não vejo como isso pode dar em coisa boa - diz ACM Neto.

O lider do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), exalta a grande experiência de Lula, adquirida com três derrotas e o enfrentamento de graves problemas em seu governo, em contraponto com a presidente Dilma, que está começando agora seu governo. E minimiza:

- Não se pode cobrar dela a experiência que Lula tem. Dilma ainda não adquiriu em tão pouco tempo a perfeição dessa conduta política. Temos que ter paciência e tolerância - diz Henrique Alves, explicando que não enxerga nessa movimentação de Lula uma tentativa de ocupar espaço para ser opção em 2014. - Lula faz isso para ajudar Dilma, não para diminuí-la. E nosso projeto, do PMDB, daqui a quatro anos, é Dilma e Michel de novo na reeleição. Estamos nesse projeto para valer e vamos torcer para dar certo a longo prazo.

Apesar de elogiarem o "freio de arrumação" que Lula deu na descoordenação política do governo Dilma, alguns aliados não escondem que a repercussão, ao fim, foi muito negativa e arranhou profundamente a autoridade da presidente Dilma. Alguns alertam que, se Lula investir no enfraquecimento de Dilma, pode pagar um preço alto por isso. Um desses aliados com cargo no governo contou que semana passada, num encontro com empresários, era geral o clima de perplexidade com a agressividade de Lula intervindo no governo. - Dilma saiu com sua autoridade arranhada, e isso também não é bom para Lula. Se der errado o governo dela, ele também está morto, porque é seu avalista. Se Dilma for mal, quem vai capitalizar é a oposição. Lula foi para a TV dizer que Dilma era o máximo. E agora? Vai morar no Alvorada e ser babá da presidente o tempo todo? - diz um desses aliados.

FHC, o velhinho transviado, apóia os maconhódromos e a maconha feita em casa. E chama líder do PT de avançado.

É uma irresponsabilidade, no mínimo, um ex-presidente da República, num país com mais de um milhão de dependentes químicos, dos quais nem 1% tem o tratamento adequado por falta de dinheiro, instalações e ações do governo, pregar a legalização das drogas. É o que FHC está fazendo, no seu lamentável canto do cisne. Veja uma das respostas da sua entrevista para aquela colunista que espalhou a notícia do aborto de Dona Mônica Serra (aliás, na mesma resposta, FHC paga a prenda à jornalista, malhando José Serra pela questão do aborto), onde ele elogia o deputado Paulinho da Maconha e Tarso Genro, último ministro da Justiça, em cuja gestão o contrabando de crack tomou proporções gigantescas no Brasil:

Mônica Bergamo: Debates sobre costumes são sempre interditados no Brasil. A campanha de 2010 mostrou isso, com o aborto.

FHC: Eu fui contra aquilo. Esses assuntos não são de campanha eleitoral. E, se você não tiver coragem de ficar sozinho, não é um líder. Mas no Brasil tem uma vantagem: a proposta mais avançada no Congresso sobre drogas é do líder do PT, o deputado Paulo Teixeira. Ele esteve na minha casa, com o Tarso Genro [governador do Rio Grande do Sul], discutindo essa questão. Nossa posição é parecida. Uma parte da sociedade vai ser sempre contra, mas não estamos defendendo coisas irresponsáveis. A droga faz mal, eu sou contra o uso da droga, tem que fazer campanha para reduzir o consumo. Agora, a guerra contra ela fracassou. Tá aumentando o consumo, tá tendo um resultado negativo, tá danificando as pessoas e a sociedade. Vamos ver se tem outros caminhos. No filme, não estamos dando receitas, e sim abrindo os olhos.

Aqui, a entrevista na íntegra, publicada pela Folha de São Paulo.
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A propósito, estou torcendo por um vermelho e azul de Reinaldo Azevedo. 
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Na resposta acima, quem faz oposição ao PT fica particularmente chocado com o fato de que FHC recebeu Tarso Genro em sua casa para falar sobre drogas. Em sua casa, na intimidade do seu lar.  Em janeiro de 1999, o petista fez um artigo golpista na Folha de São Paulo pedindo o impeachment de FHC, que é tido pelos historiadores como o marco da campanha que derrubou os tucanos do poder: o "Fora, FHC!" Não há dúvida alguma que FHC é magnânimo demais para ser de oposição. O que ele quer é um lugar na história. Vai ter.

Palocci quebrou o sigilo do Governo para faturar R$ 10 milhões em dois meses.

Da Folha de São Paulo:
O período em que a empresa de consultoria Projeto ganhou mais dinheiro, cerca de R$ 10 milhões, foi quando o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) tinha poder para acessar dados reservados e planos de investimentos do governo federal. Metade dos R$ 20 milhões de faturamento da empresa em 2010, revelado pela Folha, se deve ao período entre novembro e dezembro. Nesses meses, Palocci acumulou a atividade empresarial com a coordenação da equipe de transição da presidente Dilma Rousseff. Um coordenador da transição pode solicitar qualquer documento do governo. Além disso, já no início de novembro, Palocci teve acesso a informações sobre contratos a cumprir, lista de projetos e programas pendentes do governo Lula.

Duas leis obrigam os titulares dos órgãos a fornecer as informações solicitadas pelo coordenador da equipe de transição. Basta um ofício. Ontem, a revista "Veja" revelou que o apartamento em que o ministro vive em São Paulo, que é alugado, tem valor de mercado estimado em R$ 4 milhões. Com quatro suítes e três salas, o imóvel teria 640 m2 e condomínio de R$ 4.600 mensais. Segundo administradoras de imóveis ouvidas pela revista, o valor médio de locação no prédio é de R$ 15 mil. Com o condomínio e impostos, as despesas do ministro chegam a 83% de seu salário.

O advogado José Roberto Batochio, que defende Palocci, disse não haver problema em seu cliente ter feito parte da equipe de transição e, ao mesmo tempo, ser sócio da Projeto. Segundo Batochio, não há impedimento legal. Ele disse que, quando Palocci foi para a campanha, alterou o contrato social da empresa, da qual ficou só como sócio. O ministro avaliou que permanecer na administração da firma poderia gerar questionamentos, afirmou. Sobre o aluguel do apartamento, a Casa Civil informou que o ministro não comentará o assunto e que já havia dito que ele vivia em um imóvel alugado em São Paulo.

Michel Temer "assume" a Casa Civil, a Articulação Política e a falta de governo.

Na prática, depois de mandar Palocci calar a boca e se colocar no seu devido lugar, Michel Temer assume o comando da Casa Civil. O ministro consultor virou um pato manco e, diga-se de passagem, com as patinhas bem sujas. Leia, abaixo, a alegria e ironia do vice-presidente da República, em matéria da Folha de São Paulo.

Ao confirmar que teve uma áspera discussão com o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) na semana passada, o vice-presidente Michel Temer disse ontem, depois de telefonar à presidente Dilma Rousseff, que "a situação agora é tranquilíssima". Temer contou que acertou três encontros com Dilma para esta semana: amanhã de manhã, na Base Aérea, "para tirar uma foto sorridente", uma conversa na terça-feira, de preferência a sós, e um almoço no Alvorada na quarta com senadores do PMDB, incluindo os considerados "rebeldes", que costumam votar contra o governo.

O motivo da tensão foi o que Temer chamou de "ameaça velada" feita por Palocci, em nome de Dilma.
Na semana passada, ele teria ligado ao vice-presidente dizendo que demitiria ministros do PMDB em caso de derrota -que de fato ocorreu- do governo na votação do Código Florestal na Câmara.Temer negou ter falado palavrões, mas contou que na conversa com Palocci o clima esquentou: "A conversa foi tensa, admito que subi o tom, falei alto mesmo, mas quem me conhece sabe que não sou de falar palavrões".

No telefonema de ontem para Temer, Dilma reclamou sobre a divulgação do confronto e disse que "essa história toda é muito ruim e precisa acabar logo com isso". Temer respondeu que está disposto a "ajustar os ponteiros" e que tem conversado bastante com Palocci. Para ele, o episódio chegou à imprensa superdimensionado: "há muita intriga de ambos os lados [PT e PMDB]".

O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, reconheceu a gravidade da crise com o PMDB. A desavença ocorre num momento de fragilidade do governo. Palocci está sob investigação do Ministério Público depois que a Folha revelou que ele multiplicou seu patrimônio por 20 de 2006 a 2010. O ministro, que atuou como consultor de empresas, não detalhou como agia. A expectativa de Carvalho é que ele se manifeste publicamente nesta semana. "O pior que pode acontecer agora é o governo parar." O esforço a partir de agora é de pacificação para a votação do Código Florestal e para evitar a instalação de uma CPI no Senado para apurar o crescimento do patrimônio de Palocci. A dissidência do PMDB pode ser decisiva.

Mal na foto.


O Conselho Político que será presidido por José Serra(PSDB-SP) é tão importante, mas tão importante, que é secreto. Não aparece no quadro dos "eleitos" do partido, onde aparecem até os ex-presidentes, como pode ser visto na foto (clique e amplie) do Gabriel Azevedo, da JPSDB, tirada lá dentro da Convenção. No site do PSDB, até o presente momento, nenhuma linha a respeito. Dizem que o Serra terá inclusive poder de veto. Que o Conselho Político será deliberativo. Só se for deliberar e vetar secretamente, pois não terá o mais importante em política: vitrina. Aliás, na mídia também não saiu uma só linha neste sentido. Ao contrário, dão a derrota de Serra para Aécio. O poder de veto de José Serra no PSDB acabou ontem. Ele acabou ontem. Afinal de contas, depois de 44 milhões de votos, a única coisa que Serra conseguiu produzir foram frases de 140 toques no twitter, um site meia boca e elogios para a capacidade de enriquecimento súbito de Antônio Palocci.Não brigou pelos eleitores que esfalfaram-se por ele, tratando-os como meros coadjuvantes a serem convocados de quatro em quatro anos. Não botou a cara para bater, não liderou, preferiu encontros com Tarso Genro e Rui Falcão. Está tendo, politicamente, o que bem merece. Virou presidente do Conselho Secreto do PSDB.
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Um aviso aos tucanos traíras: este blog é de oposição, mas é independente. Serra está tendo aqui um tratamento justo, na proporção do que este blog fez pela campanha dele, com 3 milhões de acessos no período eleitoral. O seu desempenho pós-eleitoral e a derrota ovina na convenção partidária não merecem clemência. Este blog não é contra o PSDB. Existe muita gente boa lá, que mais acerta do que erra.  O  senador Álvaro Dias. O ex-deputado Gustavo Fruet. Este novo líder na Câmara, Duarte Nogueira. O outro senador de São Paulo, Aloyzio Nunes. O próprio Geraldo Alckmin e o próprio Fernando Henrique Cardoso, no atacado. Este blog não é contra José Serra, apenas está reconhecendo, talvez antes que outros, que ontem ele acabou politicamente. Este blog é contra o PSDB do Aécio Neves e do Leonel Pavan. Estes sempre foram inimigos na trincheira, traidores da oposição. Para estes, o tacão e o bico do Coturno. E para os seus militantes que estão vindo gastar dedo e tempo na área de comentários para atacar o blogueiro, a tecla del é a serventia da casa.

"Sargenta" Dilma.

Clique sobre a imagem para ampliar e leia a coluna de Dora Kramer, neste domingo, no Estadão.

Estadão faz mais uma matéria mentirosa e tendenciosa contra o Código Florestal.

Sabem qual é a base da matéria? Um "pesquisador" da USP afirma que o Código Florestal permitirá que o equivalente a um Paraná de mata nativa seja desmatada. Sabem qual é este Paraná? É o equivalente a Reserva Legal, já ocupada pela agricultura, que não terá mais que ser reflorestada, uma decisão óbvia, pois protege plantações ali feitas há dezenas, às vezes centenas de anos, quando não havia lei alguma que proibisse a ocupação. O "pesquisador" da USP, assim, conta como a ser desmatado o que não será reflorestado, pois já está ocupado pela agropecuária. Outra informação mentirosa, sugerida pela matéria, é que a agropecuária tenha sido culpada pelos deslizamentos de encostas no Rio de Janeiro, que mataram 900 pessoas, quando todo mundo sabe que ali havia mata nativa, nunca antes agriculturada. Leia aqui. 

O mais revoltante é que este mesmo Dr. Gerd Spavorek, em entrevista concedida a uma ONG, há exatamente um ano atrás, afirmava que o Código Florestal em vigor permitia desmatar e pregava a mudança da legislação. O Código Florestal aprovado corrigiu estas distorções. O discurso de hoje, um ano depois, mudou, foi alugado, nitidamente, para pressionar o governo federal.Assistam ao final do vídeo a afirmação de que a legislação atual, aquela de antes, permtitir desmatar.


Agora leiam, abaixo,  o que o doutor aí escreveu sobre o tema, em junho de 2010. E vejam se tudo isso não está contido no texto do novo Código Florestal. O Estadão deve ter gente melhor para falar de um tema tão complexo. Gente que pelo menos saiba ler e pesquisar, o que faço aqui, às 02:22 de um domingo, em meia hora de internet.

O pode ser feito para conciliar a conservação da vegetação natural e o desenvolvimento da agropecuária?
 
Duas ações são necessárias. A primeira é repensar o Código Florestal visando a) melhorar sua eficácia, b) resolver o problema dos passivos já existentes e com isto viabilizar sua aplicabilidade, e c) garantir que ele seja cumprido no futuro. A segunda é criar o fato novo, o gatilho que desencadeie uma nova forma das cosias acontecerem, uma vez que 104 Mha de vegetação natural não estão protegidos mesmo com a aplicação total do Código Florestal, uma enorme área que ainda pode ser desnecessariamente desmatada.

Repensar o Código Florestal não é um exercício fácil e a principal dificuldade é a diversidade de situações existentes. Nenhuma regra geral aplicada a todo o território nacional será eficiente. Apenas como exemplo, uma das alternativas de revisão do Código Florestal é considerar a compensação de RL utilizando as áreas de APP. Ou seja, se o Código prevê 20% de RL na propriedade, as áreas de APP preservadas ou recuperadas poderiam ser contabilizadas no cálculo da RL. Este mecanismo faz sentido nas regiões em que há déficit de ambos RL e APP. Nestes casos pode estimular as ações de recuperação das APP e assim contribuir para a preservação dos recursos hídricos. Estimulando a recuperação, abres-se um caminho saudável e benéfico para a adequação das propriedades rurais saírem de uma situação de não conformidade.

No entanto, esta regra aplicada em regiões em que ambos, APP e RL, estão conservados aumenta o estoque de terras que podem ser legalmente desmatadas. Na conta final da aplicação desta regra de compensação em todo Brasil o balanço das áreas que podem ser legalmente desmatadas aumentaria de 104 parta 169 Mha, ou seja, algo que resolve problemas em uma situação pode criar problemas em outra. O mesmo raciocínio pode ser feito com todas as alternativas de criar uma regra nacional, seja ela a redução da área de RL, ou sua compensação em bacias hidrográficas e biomas. O que pode fazer sentido numa região pode não fazer em outra. Regionalizar as possíveis revisões do Código Florestal, e fazer esta discussão sobre uma base física de dados confiável parece ser o único caminho de uma discussão imparcial sobre o tema.

Agora, apenas um fato novo pode proteger os atuais 104 Mha de áreas de vegetação natural que ainda podem ser desmatados. Provavelmente a única forma de garantir isto seja uma agenda em torno de Desmatamento Zero. A agropecuária não precisa destas terras para seu desenvolvimento. Há alternativas também para outros setores que se beneficiam do desmatamento como, por exemplo, o parque siderúrgico que ainda utiliza parte de seu carvão vindo de desmatamento. No caso do parque siderúrgico a opção é o plantio florestal, sentido no qual o setor já está se movendo. Os produtos de origem florestal como a madeira também podem ser substituídos em parte por plantios florestais ou por florestas naturais manejadas. Há opções viáveis para tudo isto, falta um fato novo para que as coisas se movam mais rapidamente neste sentido.

A idéia da revisão da legislação, ou sua complementação com novos mecanismos, não deve evitar o desenvolvimento, mas sim criar mecanismos para que ele ocorra de forma a não degradar desnecessariamente recursos naturais que, felizmente, ainda existem no Brasil. A vegetação natural tem elevado valor como está, prestando serviços ambientais, contribuindo para a conservação da biodiversidade e mitigando efeitos das elevadas emissões de gases de efeito estufa. Degradar áreas de vegetação natural sem necessidade é um caminho quase sem volta. A recuperação, além de ser uma operação cara e de difícil execução, é apenas parcial em temos de valor ecológico. Evitar a degradação e revisar o Código Florestal de maneira que ele possa melhorar sua eficiência nos parece ser o caminho, provavelmente não o mais fácil, mas certamente o mais responsável.

Foto do dia (de novo).

Há dez anos que vemos esta foto patética ser repetida, repetida, repetida nas convenções do PSDB. Alguém acha que a oposição tem alguma chance em 2014, com estes personagens?E já tiraram o chuchu da foto?

Algum mineiro ou brasileiro acha que o Aécio é novo como JK?

Vejam o cartaz que recebi do  impagável e insubstituível Ciro Siqueira, o blogueiro do Código Florestal, que só conheço de blogosfera e tuitosfera.  O cartaz mostra JK convocando o "lavrador" brasileiro a abrir novas fronteiras agrícolas. A verdade é que o governo federal, desde JK, pagou para o produtor rural transformar o Brasil neste potência agrícola de hoje. O que JK tem a ver com Aécio Neves? Nada. Se estivesse vivo, teria apoiado a aprovação do novo Código Florestal. Aécio, ao contrário, como primeira manifestação, repetiu o discurso do PT. Disse ele que vai ouvir os ex-ministros de meio ambiente e que os estados não têm condições de autorizar ou fiscalizar em relação ao meio ambiente. O mesmo discurso do Vaccarezza e do Paulo Teixeira. Tem gente que acha que o mineiro Aécio é o novo. O último novo que saiu de Minas está aí na foto, dizendo exatamente o contrário do que Aécio prega hoje.

Aqui não, violão.

Tem gente achando que Aécio Neves (PSDB-MG) é o novo que a oposição precisa. Com 51 anos  de idade, já foi tudo o que poderia ser na política e a sua única marca, fora das Gerais, é  sua forma mesquinha de trair o partido, a oposição e os brasileiros, em nome de um projeto pessoal. Nunca fez oposição ao PT. Aliás, com o PT só fez aliança. Inclusive contra o PSDB. Principalmente contra o PSDB. Portanto, aqui não, violão. De novo o Aécio não tem nada. Aliás, tudo o que ele tem é o jeito mais antigo e arcaico de fazer política: conchavando com inimigo e traindo amigo.

Tchau, Serra.

Serra acaba de aceitar ser apenas um conselheiro do PSDB. Ou seja: pendurou as chuteiras. Se José Serra não defende a si mesmo, com um capital de 44 milhões de votos, não há porque ser mais realista do que o rei. O PSDB é apenas uma confraria de interesses pequenos, que não tem a dimensão do seu eleitorado. Tchau, Serra. Leia aqui.

Querem deixar Serra sem um tostão furado.

Leia aqui, matéria da Folha Poder.

É uma humilhação para quem teve quase 44 milhões de votos. O Instituto Teotônio Vilela que não querem entregar para Serra tem verba para pesquisa, eventos, assessoria de imprensa e outras atividades. Tem parte do fundo partidário. O tal Conselho Politico é uma geringonça inventada de última hora para não funcionar. Como dizia um certo político, é um cargo "honorífero".  Nunca vai se reunir. O presidente vai convocar e ninguém irá às reuniões. O que Serra deve decidir, hoje, é se continua ou não no PSDB. Estão chutando um candidato com quase 44 milhões de votos porta à fora. Justamente aqueles que traíram a sua campanha: Sérgio Guerra, Aécio Neves e Tasso Jereissatti. Está na cara que o que existe é uma briga pelo poder, visando 2014. É bom que Geraldo Alckmin escolha o melhor adversário. Serra ele já conhece. Este é adversário. Aécio, não. Aécio é inimigo ou Alckmin esquece quantos votos fez em Minas em 2006?

Para jurista, Palocci fere código de ética.

Artigo do jurista Miguel Reale Júnior, hoje, no Estadão, comprova que, sim, Palocci deve informar quais são os seus clientes, em nome da Ética Pública:

O Código de Conduta da Alta Administração Federal, de cuja elaboração participei como membro da Comissão de Ética, timbra ter por finalidade que a sociedade possa aferir a lisura do processo decisório governamental, motivo pelo qual busca evitar conflitos entre interesses públicos e privados. Por isso estabelece o Código de Conduta que, além da declaração de bens, cabe ao administrador público dar informações sobre sua situação patrimonial que, real ou potencialmente, possa suscitar conflito com o interesse público. Saber, portanto, quais foram os clientes dessa empresa de consultoria financeira administrada e pertencente, em 99,99% da cotas, a um médico sanitarista, em serviços pagos quando já previsto como forte ministro, é essencial para se poder ter a transparência visada pelo Código de Conduta. Leia mais aqui.

Os ambientalóides não gostam de democracia.

Artigo publicado hoje, na Folha de São Paulo, pela senadora Kátia Abreu, intitulado "Política e ambiente":

O longo processo de votação do novo Código Florestal, que só em sua fase final se arrasta por um ano, serviu para tornar claras as diferenças entre os produtores rurais brasileiros e os políticos que se definem como ambientalistas.  Não seria impróprio reconhecer que, de um modo geral, os ambientalistas são conservadores em sua visão do mundo e autoritários na sua ação política.  Além disso, só levam em conta aspectos ambientais, fechando os olhos para a rica complexidade da vida moderna que nos obriga a tratar com equilíbrio os fatores econômicos, sociais e culturais.

Os produtores rurais são otimistas em relação ao futuro e desejam o aumento da produção e da renda como aspiração legítima da sociedade. Para atingir seus propósitos, acreditam nos mecanismos da democracia representativa.  Por imaginar que os recursos da terra chegaram ao limite de utilização, os ambientalistas defendem a contenção e a modificação imediata do consumo das pessoas.  Tornaram-se o que se pode chamar de conservadores da era pós-moderna. Para eles, o que importa é recriar ambientes naturais que existiam antes do capitalismo moderno.  No fundo, a atual luta dos ambientalistas contra os produtores brasileiros é apenas um capítulo de sua guerra contra as formas de viver e de produzir que a ciência e a tecnologia permitiram, e que os homens naturalmente escolheram.

Essa visão tem graves consequências éticas, uma vez que implica limitar o jogo do consumo quando a grande maioria da humanidade ainda vive com baixa qualidade de vida e bem-estar.  Os produtores do Brasil, e grande parte da sociedade que os apoia, filiam-se a uma tradição mais otimista na capacidade que tem o homem de adaptar-se às mudanças no mundo material.  Desde os primórdios, a história não tem sido uma narrativa de fracassos e de desastres, mas, pelo contrário, de adaptação criativa e de superação.  Apesar de alguns insucessos, a marcha geral da civilização, invariavelmente, é positiva. No caso brasileiro, a adaptação da produção agrícola à evidente finitude dos recursos naturais já vem ocorrendo há tempos.

Nas últimas três décadas, a produção de grãos no país passou de 47 milhões de toneladas para 159 milhões de toneladas, enquanto a área plantada cresceu apenas de 37 para 49 milhões de hectares, com elevação de 151% na produtividade.  Se, em 2010, tivéssemos a mesma produtividade de 1977, teriam sido necessários, para a mesma produção agrícola, uma área total de 122 milhões de hectares, 73 milhões de hectares a mais do que efetivamente utilizamos.  O que poupa recursos e preserva o mundo natural de utilização não são normas, burocratas e retórica ambiental, mas a ação dos produtores e o apoio do avanço científico. Na prática, a política ambientalista não confia nas instituições da democracia representativa.

Longe dos principais partidos, seus integrantes exilam-se em pequenas siglas, em que desfrutam da comodidade do pensamento único, dispensando-se das canseiras do debate e do convencimento.  Com o apoio financeiro de empresas que se apropriam da natureza como ingrediente de marketing, procuram influir na burocracia do Estado para impor à sociedade sua visão restrita do mundo. E fogem da luta parlamentar -não propõem emendas nem projetos alternativos. No Brasil, até aqui, tiveram êxito.  Há 46 anos, o Congresso vem sendo privado de votar normas ambientais. A legislação em vigor foi criada ou modificada por meio de decretos, de resoluções e de portarias, decididas sem transparência e longe dos olhos da sociedade.

Os produtores rurais dependem da democracia para viver, produzir e progredir. Por isso, sua arena é o Parlamento e suas razões precisam ser compartilhadas pela maioria.  Como se vê, estamos diante de duas visões de mundo e de dois modos de ação política. O que prevalecer vai ditar os próximos rumos da sociedade, da economia e da política brasileiras.

KÁTIA ABREU (DEM-TO), 49, senadora e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados, a cada 14 dias, neste espaço.